sexta-feira, 29 de abril de 2016

Adolescente é vítima de assédio sexual pela Internet em Pres. Prudente


Uma adolescente de 12 anos foi vítima de assédio sexual pela Internet, em Presidente Prudente. O caso foi relatado pela própria mãe da jovem, que procurou a Polícia Civil para registrar a ocorrência.

De acordo com o Boletim de Ocorrência elaborado na Delegacia Participativa nesta sexta-feira (22), a adolescente conversava em uma rede social pelo celular quando um indivíduo solicitou-lhe amizade, que foi aceita. O indivíduo passou a conversar com a jovem e disse-lhe que estava triste, pois havia terminado um relacionamento. Ele passou a envolvê-la na conversa, falando de sua intimidade.

O aliciador passou a dizer para a adolescente que possuía um perfil falso na rede social, em nome de mulher, em que tinha várias amigas da vítima. Caso a jovem não tirasse uma foto pessoal e lhe enviasse pela Internet, ele iria postar as conversas que estavam tendo naquele momento, segundo o BO.

Em princípio, a vítima tirou uma foto em que aparecia vestida com pijama e a enviou ao aliciador. No entanto, o homem passou a exigir fotos que mostrassem a jovem nua, sob a ameaça de divulgar na Internet suas conversar e a imagem em que aparecia de pijama. Após muita insistência e chantagens do indivíduo, a vítima, então, lhe enviou fotos em que se exibia nua e mostrando o seu rosto.

Ainda conforme o BO, a mãe contou à polícia que o aliciador passou a pedir para sua filha pegar uma cenoura, introduzi-la no ânus e enviar-lhe uma foto com a cena, mas a adolescente não atendeu ao apelo. Então, o aliciador ligou para a adolescente, através da rede social, e passou a insistir, dizendo que, se a jovem não fizesse o que lhe estava sendo pedido, ele iria postar as outras fotos nas redes sociais.

Nesse momento, conforme o relato apresentado no BO, a vítima chamou sua irmã mais velha, que tentou conversar com o indivíduo, mas ele não respondeu e desligou a ligação. A mãe bloqueou a filha na rede social e depois verificou que o perfil do indivíduo não estava mais cadastrado.

A mãe informou à polícia que as conversas e fotos foram salvas e que poderá oportunamente apresentá-las, caso seja necessário.

23/04/2016 11h59 - Atualizado em 23/04/2016 12h02

Fonte: http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/2016/04/adolescente-e-vitima-de-assedio-sexual-pela-internet-em-presidente-prudente.html

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Escola de São Paulo tem projeto contra cyberbullying


Uma rede paulistana de ensino está desenvolvendo um projeto pedagógico contra a prática de cyberbullying. Desde 2014, a Escola Soka do Brasil, tem um código de conduta digital para gestores, educadores, funcionários, alunos e pais.

O código detalha as regras de acesso durante o expediente e o comportamento esperado nas redes. Também alerta para os riscos que todos sofrem de serem alvos de abusos na internet. Define cyberbullying, dá elementos para facilitar sua identificação e orienta sobre como proceder no caso de agressões.

A metodologia foi desenvolvida no exterior e considera como “incidentes digitais”, ou cyberbullying, qualquer compartilhamento de informação que possa ser interpretado como intolerância de gênero, raça ou religião.

De acordo com Ana Paula Siqueira Lazzareschi de Mesquita, advogada e coordenadora do programa “Proteja-se dos prejuízos do cyberbullying”, a cartilha visa orientar o uso da tecnologia de forma ética e inclusiva, respeitando a Lei do Bullying (Lei nº 13.185/15). “É importante que cuidados sejam tomados para que a participação nas redes sociais, sites, blogs e aplicativos seja algo proveitoso e útil na construção de valores humanos”, disse.

A escola possui, ainda, uma rede própria de canais de comunicação para que quaisquer incidentes sejam reportados. E investe em campanhas de conscientização e treinamento. Tudo pelo respeito às diferenças.

Por: Luis Nassif

QUA, 27/04/2016 - 11:21
ATUALIZADO EM 27/04/2016 - 11:23
Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/escola-de-sao-paulo-tem-projeto-contra-cyberbullying


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Ansiedade, cyberbullying e pensamentos suicidas estão aumentando entre jovens alunos, indica relatório


Um número cada vez maior de jovens sofre com problemas de saúde mental como estresse e ansiedade, mas há uma séria falta de apoio fora do horário da escola, alerta um relatório.

As crianças de hoje têm de lidar com uma “gama extraordinária” de pressões — incluindo a tecnologia moderna —, e é preciso que haja disponibilidade de tratamento especializado.

O relatório, da Associação de Líderes de Escolas e Faculdades (ASCL, na sigla em inglês) e do National Children’s Bureau, ambas entidades britânicas, afirma que as escolas observam que mais crianças precisam de ajuda, mas muitas ainda têm dificuldade de obter ajuda para lidar com problemas de saúde mental.

Um levantamento realizado com 338 líderes escolares, muitos deles trabalhando em escolas secundárias, indica que mais da metade deles (55%) observou aumento significativo de estudantes sofrendo de ansiedade e estresse nos últimos cinco anos, enquanto mais de 40% disseram ter notado um grande aumento no cyberbullying.

Além disso, quase oito de cada dez entrevistados (79%) disseram ter visto um aumento de comportamentos de autoagressão ou pensamentos suicidas entre os alunos.

Quase dois terços (65%) disseram ter enfrentado desafios para obter ajuda de serviços especializados para jovens que precisam de atendimento especializado, enquanto 53% daqueles que procuraram os Serviços de Saúde Mental para Crianças e Adolescentes (CAHMS, na sigla em inglês) avaliaram o serviço como ruim ou muito ruim.

O relatório conclui: “Está claro que há serviços de aconselhamento muito bons e eficientes em várias escolas, mas as preocupações acerca do CAHMS refletem a necessidade de um apoio especializado de melhor qualidade além dos portões da escola”.

“Há um desejo manifesto dos líderes das escolas para expandir o serviço. Embora as escolas possam trabalhar no sentido de promover a boa saúde mental por meio de seus currículos e, em muitos casos, com serviços de aconselhamento, elas não podem fazer tudo sozinhas. Crianças e adolescentes precisam de intervenção especializada precoce além dos portões das escolas. E, quando ficam doentes, o Serviço Nacional de Saúde precisa oferecer os recursos adequados e tratamentos acessíveis.”

Em seu discurso para a conferência anual da ASCL, o secretário-geral interino da organização, Malcolm Trobe, afirma: “Embora as escolas façam um excelente trabalho oferecendo apoio em suas próprias dependências, nossa pesquisa aponta grandes falhas no serviços de saúde mental além dos portões.”

The Huffington Post UK | De Steven Hopkins
Publicado: 19/04/2016 09:34 BRT Atualizado: 19/04/2016 11:43 BRT

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/2016/04/19/saude-mental-e-cyberbully_n_9702740.html

terça-feira, 26 de abril de 2016

Universitário deve indenizar professora por ofendê-la em e-mail enviado à turma

Na mensagem, o aluno acusava a docente de "levar a vida com a barriga" e de "pilantra" por ter exibido filme durante a aula.


A 7ª câmara de Direito Privado do TJ/SP manteve sentença que condenou aluno a pagar indenização à professora por ofendê-la em um e-mail encaminhado à turma da faculdade. A reparação pelos danos morais foi fixada em R$ 10 mil.

O estudante encaminhou as mensagens aos colegas após a professora ter exibido um filme durante a aula. Na mensagem, o aluno afirmava que a professora "levava a vida com a barriga". Também que ela teria "surrupiado R$ 600 matando trabalho às custas de vocês" e que "não vale nem o sabonete, roupa, gasolina, etc... Pilantra!". Por conta da ocorrência, a professora deixou de lecionar para a turma.

Relator do recurso, o desembargador Rômolo Russo destacou em seu voto que o aluno cometeu "o ilícito civil e penal denominado injúria, transgredindo seu dever e qualidade de aluno e atingindo, não o conteúdo ou a forma do que lhe é ensinado, mas sim a honra e a imagem da educadora".

A votação foi unânime. Participaram do julgamento os desembargadores Luiz Antônio Costa e Miguel Brandi.

Fonte: TJ/SP | http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI238090,91041-Universitario+deve+indenizar+professora+por+ofendela+em+email+enviado

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Bullying no trabalho. Um antídoto para a falta de educação

A falta de educação no local de trabalho arruína o desempenho e cobra um preço pessoal a cada um. 


Quando eu tinha 22 anos, arranjei o que julgava ser o meu emprego de sonho. Mudei-me do gelado Midwest para a ensolarada Florida com um grupo de antigos colegas atletas, para ajudar uma marca global a lançar uma academia desportiva. Dois anos depois, tanto eu como muitos dos meus colegas tínhamos abandonado os empregos. Tínhamo-nos tornado vítimas de uma cultura de trabalho onde abundava o bullying, a grosseria e a falta de educação em geral, fomentada por um responsável ditatorial e alastrando daí a todos os escalões da organização. Os empregados estavam, na melhor das hipóteses, desmotivados; na pior, realizavam atos de sabotagem ou descarregavam a sua frustração em familiares e amigos. -

A experiência foi tão formativa que decidi passar a minha vida profissional a estudar a falta de educação no local de trabalho — e os seus custos e soluções. O comportamento grosseiro vai da maldade descarada e boicote intencional até ao simples facto de ignorar as opiniões dos outros e verificar o e-mail no decorrer de reuniões. A falta de educação no local de trabalho arruína o desempenho e cobra um preço pessoal a cada um. Em cenários de laboratório, apercebi-me de que, ainda que os sujeitos sejam meros observadores, as suas probabilidades de absorverem informação diminuem imenso. Ver ou experienciar comportamentos rudes prejudica a memória de curto prazo e, em consequência, a capacidade cognitiva. Provou-se que prejudica o sistema imunitário e exerce pressão sobre as famílias, além de outros efeitos negativos.

Infelizmente, a nossa resiliência em face da falta de educação está parcialmente fora do nosso controlo. As pesquisas demonstraram que respostas a ameaças, humilhação, perda ou derrota — todas geralmente associadas à falta de educação — são significativamente influenciadas pelo temperamento congénito. Assim, a maneira mais eficaz de reduzir os custos da má educação no local de trabalho, talvez seja construir uma cultura que a rejeita. Entretanto, como podem os indivíduos lidar com ela? A minha pesquisa desvendou algumas táticas que todos podem usar para minimizar a forma como a falta de educação afeta o desempenho e o bem-estar. 

AS RESPOSTAS HABITUAIS NORMALMENTE NÃO RESULTAM 

Muitas pessoas decidem lidar com a grosseria de frente — seja pela retaliação ou pela discussão. Outra resposta comum é tentar contornar o problema, evitando o ofensor o mais possível. Se bem que estas abordagens possam ter alguma utilidade, em geral não as recomendo.

Por vezes não temos alternativa e só nos resta colaborar com colegas mal-educados. O confronto pode ainda piorar a dinâmica. Confiar em soluções institucionais também raramente funciona. Poucas pessoas estão satisfeitas com a maneira como os seus chefes tratam a falta de educação mas, a verdade, é que as organizações muitas vezes não têm oportunidade de fazer nada: nas minhas pesquisas, mais de metade dos respondentes afirmam não comunicar as faltas de educação, normalmente por medo ou por acharem que não vale a pena. 

ABORDAGEM HOLÍSTICA 

Tal como a medicina está a mover o foco da cura da doença para a promoção da saúde, as pesquisas na minha área — comportamento organizacional — mostram que trabalhar para melhorar o bem-estar no escritório é o remédio mais eficaz para a falta de educação. Isto não significa que não se deva comunicar aos recursos humanos a má educação ou o bullying de um colega, ou tentar gerir o conflito diretamente. Mas uma forma mais sustentável de lidar com o mau comportamento é tornar-se imune ao mesmo. Para o concretizar, é bom fazer uma revisão daquilo que sabemos acerca do desenvolvimento pessoal — algo que, ao ser atingido, proporciona uma sensação de vitalidade e aperfeiçoamento que nos fortifica contra as vicissitudes da vida.

Na minha pesquisa, descobri que as pessoas desenvolvidas são mais saudáveis, mais resilientes e mais capazes de se concentrarem no trabalho. Têm amortecedores contra a distração, o stress e a negatividade. Se se encontra numa fase de desenvolvimento pessoal, é menos provável que se preocupe com uma ofensa ou que a leve a peito, e também estará mais imune às ondas de emoção que se seguem e mais concentrado em avançar rumo ao seu objetivo. Como podemos contribuir para o nosso desenvolvimento? Dando passos para prosperarmos a nível cognitivo, o que inclui crescimento, energia e aprendizagem contínua; e também para progredirmos afetivamente, mantendo-nos saudáveis e apaixonados na nossa vida pessoal e profissional. Estas duas táticas, muitas vezes, reforçam-se mutuamente — se tivermos energia, estaremos mais motivados para aprender, e a sensação de crescimento pessoal alimenta, por sua vez, a vitalidade. 

DESENVOLVER-SE COGNITIVAMENTE 

Se já lidou com um colega rude, sabe como pode ser difícil ultrapassar a situação. Os neurocientistas demonstraram que as memórias associadas a emoções fortes são mais fáceis de aceder e mais prováveis de ser revividas. Isto pode causar uma maior insegurança, menor autoestima e um maior sentimento de impotência. Incentivo as pessoas a, em vez disso, se concentrarem no crescimento cognitivo. O nosso cérebro consciente tem um limite de coisas sobre as quais pode pensar simultaneamente — e é bem melhor que se mantenha ocupado construindo conexões neurais e estabelecendo novas memórias. Podemos dar-nos permissão para nos sentirmos magoados ou indignados — mas apenas durante algum tempo. Identifique áreas para desenvolvimento e aproveite ativamente oportunidades de aprendizagem em cada uma delas. Estes esforços não têm de estar diretamente relacionados com o trabalho. Aprender uma nova capacidade, hobby ou desporto pode ter um efeito equivalente. O que acontece é que é mais difícil ser empurrado para baixo quando nos sentimos na mó de cima. Outra forma de promover o crescimento cognitivo é trabalhar de perto com um mentor. Estes conseguem ajudar os seus protegidos a desenvolver-se, desafiando-os e garantindo que não são apanhados no remoinho da improdutividade. 

DESENVOLVER-SE AFETIVAMENTE 

Pense no comportamento rude no local de trabalho como uma espécie de vírus. As suas defesas contra ele dependem de como conseguir gerir a sua energia. De facto, a minha investigação sugere que muitos dos fatores que ajudam a evitar doenças, como uma boa alimentação, sono e gestão do stress, também podem ajudar a manter-se imune aos efeitos nocivos da descortesia.

O exercício físico é outra maneira de nos protegermos das emoções negativas — raiva, medo e tristeza — que o comportamento rude provoca. Conservar a energia por outros meios, por exemplo, comendo saudavelmente, também nos ajudará a ficar em boa forma para responder tranquilamente a uma situação descortês.

Mas não é só do corpo que temos de tratar. O mindfulness — pensando bem nas coisas antes de ripostar — pode ajudar-nos a manter o equilíbrio num ambiente complicado. Ter uma sensação de propósito renovada acerca do nosso trabalho, também ajuda. Há provas de que as pessoas que estão empenhadas num trabalho que consideram significativo são mais produtivas em equipas descorteses do que os seus colegas. 

A falta de educação cobra um preço alto. Em casos extremos, poderá ser necessário mudar de empresa ou de secção para evitar o esgotamento e manter o bem-estar. Revendo a minha situação, sei que fiz bem em abandonar aquela academia desportiva na Florida. Contudo, se fosse hoje, teria uma melhor preparação para contrariar os efeitos da falta de educação. 

Se escolher o confronto: 

Se está a pensar em confrontar um colega que foi mal-educado, coloque a si próprio três perguntas: Sente-se seguro ao falar com essa pessoa? O comportamento foi intencional? Este comportamento só aconteceu dessa vez? 

Se respondeu não a alguma das perguntas, não discuta o incidente. Concentre-se na sua própria eficácia e, em confrontos futuros, seja Breve, Informativo, Amigável e Firme. 

Se respondeu sim às três perguntas, pense na hipótese de explicar ao ofensor como o comportamento dele o fez sentir. Algumas coisas que deve ter em mente: 

Prepare-se para a discussão. Escolha um bom momento e um ambiente seguro em que ambos estejam confortáveis. Considere se deve convidar outras pessoas para servirem de testemunhas ou mediadores. 

Ensaie as suas ideias com alguém que lhe dê um feedback honesto. Peça a essa pessoa que desempenhe o papel do ofensor. 

Esteja consciente da sua comunicação não-verbal. Isto inclui postura, expressões faciais, gestos, ritmo, timing e, especialmente, tom de voz. As pessoas praticam aquilo que querem dizer muito mais do que admitem. Há, porém, provas de que as palavras transmitem muito menos significado do que a maneira como são ditas. 

Concentre-se no objetivo do ganho mútuo. Durante a discussão, concentre-se no problema (não no indivíduo) e em como o comportamento específico prejudica o desempenho. Prepare-se para uma reação emocional. Se o “acusado” começar a ripostar, tente ser tolerante: talvez consigam chegar a um ponto mais produtivo. Use expressões como “Estou a perceber” ou “Compreendo”. Admitir culpas quando for apropriado, também pode ser útil. 

Seja um ouvinte ativo. Parafraseie aquilo que ouvir e repita-o. As pessoas ganham credibilidade e são mais apreciadas quando fazem perguntas com humildade. 

Concentre-se em estabelecer normas de cortesia para o futuro. De que maneira vão interagir para que ninguém veja o seu desempenho prejudicado à medida que avança?

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Criança sofre bullying em escola e diretor se omite



Um garoto de apenas 9 anos, sofre bullying constante na escola municipal Lavínia Figueiredo, em Ribeirão Pires. O pequeno já chegou a vomitar de nervosismo e medo de ir à aula. A mãe do menino diz que comunicou a direção, mas conta que os funcionários do local foram omissos e fez duras críticas ao diretor.

A denunciante comenta que seu filho é ofendido por ter um porte físico acima do peso, desde que começou a estudar no Lavínia.


“Todos os dias ele volta para a casa triste e chateado dizendo que foi chamado de ‘baleia’, ‘gordo’ entre outros xingamentos.”

– Comentou a mulher que disse ter procurado a coordenação e a diretoria para tentar resolver o caso, mas que nada foi feito.

A mãe ainda conta que o filho já foi agredido fisicamente por seus colegas, e que um dia quando o menino chegou na escola, ele vomitou no banheiro por estar muito nervoso. Ela diz que o diretor da instituição, Marcos Lima, teria debochado de toda a situação.


“Ele disse ‘pra cima de mim não’ e que meu filho tinha vomitado porque estava doente e não por ter sofrido bullying um dia antes.”

– Disse.

Ela diz ainda, que o diretor teria pedido que ela transferisse o filho para outro lugar.


“Ele falou pra eu retirar meu filho da escola, que daria a transferência no mesmo dia, insinuou que eu não morava por perto e que rapidinho arrancaria ele lá de dentro se quisesse.”

– Relatou.

Segundo relatos do garoto à mãe, no mesmo dia que ele passou mal e vomitou, Marcos foi até a sala onde ele estava tendo aula e humilhou a criança.


“Meu filho contou que o diretor chegou na sala perguntando ‘quem vomitou no banheiro’ e disse para que ele vomitasse dentro da privada na próxima vez.”

– Frisou.

De acordo com o MEC (Ministério da Educação), as intuições recebem apoio financeiro e técnico para promoverem programas e ações educacionais, além de exigir, por via de lei, que estados e municípios produzam e publiquem relatórios a cada dois meses, sobre relatos de bullying nas escolas.

O diretor da escola Lavínia Figueiredo, foi procurado pela reportagem do DiárioRP, mas não quis comentar sobre as denúncias. A prefeitura de Ribeirão Pires, também foi procurada por nossa equipe e, até o fechamento desta edição, não informou quais atitudes tomará sobre o fato.

Por Leonardo Neves / 21/04/16 - 10:28

Fonte: http://diariorp.com.br/2016/04/21/crianca-sofre-bulliyng-em-escola-e-diretor-se-omite/

quarta-feira, 20 de abril de 2016

As famílias e as redes sociais

O estudo não só revelou os sentimentos das crianças, como procura estabelecer regras para as abordagens familiares nas redes sociais.


Pesquisadores da Universidade de Michigan e da Universidade de Washington fizeram um estudo inédito sobre como a atuação dos pais nas redes sociais afeta suas famílias, explorando as expectativas das crianças em relação aos pais. O estudo não só revelou os sentimentos das crianças, como procura estabelecer regras para as abordagens familiares nas redes sociais.

A pesquisa foi realizada junto a 249 famílias que tinham crianças com idades entre 10 e 17 anos, que foram questionadas sobre as regras familiares e que expectativas tinham com o uso da tecnologia, como também quais regras eram mais fáceis ou difíceis de seguir.

O estudo, denominado “Não na mesa do jantar: Perspectivas dos pais e dos filhos sobre Regras de Tecnologia da família” (Not at the Dinner Table: Parents' and Children's Perspectives on Family Technology Rules), foi apresentado em março na Conferência da “Association for Computing Machinery”, em São Francisco.

Quando os pesquisadores perguntaram às crianças quais regras elas desejavam que seus pais seguissem, as respostas surpreenderam. Em primeiro lugar, elas querem que os pais não postem informações sem a permissão deles. Para muitas crianças o material postado foi classificado de embaraçoso, e ficaram ainda mais frustradas quando seus pais continuaram publicando o tipo de material.

Em segundo, as crianças querem que seus pais façam o que ensinam, ou seja, não usem a internet durante as refeições. As crianças aceitam que os pais devem estabelecer e fazer cumprir as regras relacionadas com a tecnologia para efeitos de proteção das crianças. Mas acreditam que devem ter liberdade para tomar suas próprias decisões sobre o uso da tecnologia, sem interferência.

E, ainda mais, os pais devem usar esse tipo de tecnologia com moderação e em equilíbrio com outras atividades e nunca usar enquanto dirigem, nem mesmo as mensagens mesmo que parados no semáforo. E o mesmo vale quando as crianças estão conversando com os pais.

Enquanto os pais tendem a não se preocupar com regras diferentes entre eles e os filhos, muitas crianças viram essa atitude como hipócrita. As crianças também acharam mais fácil seguir regras de tecnologia desenvolvidas coletivamente e quando os pais também as obedecem.

O estudo também analisou quais tipos de regras familiares foram mais fáceis de serem seguidas. Famílias relataram que as regras que proíbem totalmente o uso de determinada tecnologia ou mídia social são mais fáceis de cumprir, do que as regras que proíbem o uso da tecnologia apenas em determinadas situações. Por exemplo, uma proibição total de bate-papo ou de um jogo de vídeo em particular foi mais eficaz do que a proibição do uso do telefone na igreja, um evento importante ou de envio de mensagens de texto para amigos depois de um certo horário à noite.

Os pesquisadores sugerem que algumas soluções técnicas poderiam ajudar os usuários a encontrarem mais equilíbrio, como dedicar um tempo para a família, alguma ferramenta desabilitaria notificações por 30 minutos; os sites de notícias poderiam ter conteúdo mais resumidos e de fácil digestão e os vídeos não deveriam iniciar automaticamente o próximo da lista assim que o último termina.

Autor: Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Fonte: O Nortão

terça-feira, 19 de abril de 2016

“Manda nudes” é o novo paradigma nas relações. E o maior risco


Há quem diga que está tudo de pernas para o ar. Outros defendem que o futuro chegou e que nos resta a adaptação. Não estou aqui para definir quem está com a razão. Mas uma coisa é fato: o povo anda meio perdido, um tanto equivocado, quando o assunto é relação a dois.
A impressão que dá é que, de uma hora para outra, ganhamos uma caixa enorme, lotada de ferramentas. Mas não temos habilidades para operá-las. E não há quem nos ensine, pois, até mesmo seus inventores se esqueceram de criar um manual de instrução.
Assim surgem inúmeras redes sociais. Hipoteticamente, instrumentos para unir pessoas com interesses comuns. Na prática, espaço para exposição de valores que nem sabemos direito se temos. É como se a pracinha da cidade do interior, onde os encontros se davam, tivesse crescido. Todos quisessem disputar momentos no coreto central. Para que? Na maioria das vezes, nem eles mesmos sabem.
Pornografia doméstica
Os primeiros aplicativos de relacionamentos eram bem estratificados. Os gays, por exemplo, foram pioneiros nessa linguagem. E encontraram um território para criar novos vínculos e, principalmente, liberar fantasias. Na maioria das vezes, vivenciadas no anonimato.

Agora, a coisa está democratizada e na sala de estar. Solteiros (e também os não tão solteiros assim) mantêm aplicativos similares instalados em seus smartphones. Desses, com câmera frontal e traseira, de resolução cirúrgica. E daí brota a tentação. “Manda nudes!” A frase ficou popular. A frase, não. O gesto.
São desesperadoras as histórias de pessoas que confiam a privacidade de seu corpo a quem parece ser uma boa opção de par. E, o mais incrível: quase nunca, as vítimas de exposição de intimidade visavam encontros meramente sexuais. Elas buscavam relacionamentos duráveis. Namorar, casar, constituir família."
Templo profanado
Não é uma questão de puritanismo e sim um alerta quanto ao despreparo. Poucos têm estrutura para lidar com as consequências de terem sua sexualidade devassada, comentada, escrachada. Esse é o grande risco quando se cede ao pedido de uma foto de nu.

Além disso, esquece-se que o corpo é a principal referência de quem somos. Antes de qualquer outro juízo de valor ou intenção, o mundo nos interpreta a partir da imagem que temos. É tacanho, mas funciona assim. Somos todos preconceituosos – a questão é intrínseca à natureza da psique, que se orienta com base em experiências anteriores, organizadas em complexos.
Bote nessa conta o véu de hipocrisia que nos envolve. O nudes da artista é assunto de bar, o nosso é segredo profundo. O recato que temos nos contextos sociais não corresponde aos desejos que guardamos nos porões da alma. A sexualidade ainda é um tabu, e esse paradigma parece estar longe de ser superado. Temos de lembrar que a curiosidade é contagiosa e geralmente nos envenena.
Falsa intimidade
Deter o registro da imagem desnuda do outro nos confere uma espécie de poder sobre ele. Inconscientemente, é justamente esse acordo tácito que se firma ao mandar um nudes. “Confio a você o meu segredo, meu bem mais precioso” – mal sabendo a quem entrega algo tão sensível. Querem, com isso, forçar uma intimidade que, na verdade, não está ligada ao corpo e sim à convivência.

Obviamente, há também quem não veja problema nenhum nisso. Nesses, poucos são os ditos bem-resolvidos (aqueles que naturalizam a sexualidade a ponto de não se deixarem levar pelo tabu coletivo). A maior parte é de quem perdeu as referências do que é sagrado em si, do autorrespeito. Despem-se de roupas, assim como de qualquer outro valor. Mas vale lembrar: na pracinha do interior, poucos ousavam tirar a roupa em público. Só os loucos.
Data: 06/04 ÀS 5:38H | Por: João Rafael Torres

Fonte: http://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/manda-nudes-e-o-novo-paradigma-nas-relacoes-e-o-maior-risco

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O ‘efeito Facebook’ nas adolescentes

Exposição constante nas redes sociais leva a uma nova visão das jovens como objeto sexual





Os adolescentes sempre se preocuparam muito com sua imagem perante os colegas. Mas as redes sociais ampliaram essa preocupação. Agora, quase três quartos dos adolescentes americanos têm smartphone e muitos passam os dias postando seus pensamentos, fotos e lapsos de julgamento nas redes sociais, que são imediatamente objeto de elogios ou desprezo de centenas de “amigos”. A adolescência é uma fase difícil na vida de uma pessoa e, pela primeira vez, o charme, a aparência e a popularidade são avaliados instantaneamente, e os erros são tão fáceis de serem percebidos por outros.

O efeito dessa revolução tecnológica nos jovens, sobretudo, nas adolescentes, é o tema de dois novos livros fascinantes publicados nos Estados Unidos: American Girls: Social Media and the Secret Lives of Teenagers de Nancy Jo Sales; e New Landscape de Peggy Orenstein.

Para muitas jovens, a busca constante por “semelhanças” e atenção nas redes sociais pode transmitir a sensação de “ser uma concorrente em um concurso de beleza sem fim”, escreveu Nancy Jo Sales em American Girls, um livro com uma pesquisa minuciosa sobre o tema. Nesse ambiente saturado de imagens, os comentários a respeito das fotos das meninas tendem a focar de uma maneira exagerada as aparências, o bullying é comum e a ansiedade em relação às rivais é grande. Essa autoexposição como objeto tem um preço. Uma análise de estudos realizados em 12 países industrializados revelou que as adolescentes no mundo inteiro estão cada vez mais deprimidas e angustiadas por causa do peso e da aparência.

Para Peggy Orenstein, uma jornalista americana, esses são sintomas de um problema mais profundo e pernicioso: “A sociedade exerce pressão nas jovens a fim de reduzir seu valor a meros corpos, que existem como objetos de prazer para os outros.”

Em Girls & Sex, um exame perspicaz da forma como as adolescentes comportam-se nesse “novo cenário complexo” de sexo e sexualidade, a autora observou que ao contrário das feministas, que protestavam contra a visão machista das mulheres como objeto sexual, agora muitas jovens acham que o sexo confere poder. Não se pode dizer que seja um progresso na maneira de pensar, porque só alguns corpos que os homens consideram sexy são motivo de orgulho.

A leitura desses livros por pais que educam filhas pode ser inquietante. As autoras descrevem inúmeras histórias sobre consumo excessivo de álcool, relações sexuais aleatórias, sexo oral e divulgação de imagens de conteúdo erótico pelos celulares. Muitas jovens acreditam que podem realizar seus projetos do ponto de vista intelectual, porém a maioria ainda obedece a um duplo padrão sexual que lhes permite serem chamadas de “vagabundas” ou “puritanas”.

Data: 12 abr, 2016

Fonte: The Economist-Two steps forward, one back http://opiniaoenoticia.com.br/vida/comportamento/o-efeito-facebook-nas-adolescentes/

sexta-feira, 15 de abril de 2016

App de mensagens anônimas Blindspot é usado para bullying e já há relatos de suicídio


Um aplicativo de mensagens anônimas chamado Blindspot foi lançado pela empresa israelense Shellanoo, e está causando alguma controvérsia. Ele está sendo alvo de pais, educadores e legisladores que acreditam que é uma nova maneira para o cyberbullying se disseminar.

Anunciado como um "um app divertido para mandar mensagens anônimas que permite você se comunicar livremente com seus amigos", o Blindspot já é um dos downloads mais populares nas lojas de apps para Android e iOS em Israel. Ainda na época de seu lançamento, mais de 720.000 pessoas baixaram o aplicativo em todo o mundo. Em menos de um mês, 54 milhões de mensagens anônimas foram enviadas usando o app.

Você pode mandar o que quiser - mensagens de texto, fotos, vídeos ou áudios -, e ninguém vai saber quem enviou até que você decida revelar a sua identidade. Nós acreditamos em ser abertos e honestos, proporcionando um ambiente para que as pessoas possam conversar livremente sem o medo de serem julgadas.

"O que você gostaria de dizer para as pessoas se você fosse anônimo?" perguntam os desenvolvedores na descrição do app. Para o legislador Meirav Ben-Ari, "se você vai dizer algo de bom, você não envia anonimamente". Durante uma sessão no Parlamento de Israel na semana passada, líderes políticos disseram que o app poderia ser usado para cometer assédio moral que pode até levar ao suicídio.

Escolas de ensino médio em todo o país advertiram os pais a não permitirem que seus filhos façam o download e alguns dos comentários na App Store são simplesmente assustadores:

Meu filho se suicidou, ele se matou depois de crianças da sua escola zombaram e o amaldiçoarem neste app maldito. Quando eu o encontrei já era tarde.

Outra resenha diz que Blindspot proporciona blindagem a bullies.

"Eu acho que a preocupação é não apenas sobre o Blindspot, mas sobre todas as novas tecnologias em geral, e eu entendo isso", disse David Strauss, chefe da assessoria de imprensa do grupo Shellanoo, que criou o app. Mas adiciona que o bulliyng não está diretamente relacionado ao app.

Não há essa coisa de um app mau ou uma faca má, só há pessoas más. O bullying existia antes do Blindspot e existirá depois dele, também.

É possível que o app tenha sido mais disseminado e gerado controvérsia devido a série de celebridades envolvidas no seu desenvolvimento e financiamento. A Shellanoo, que também produz software de segurança e outros produtos de tecnologia, conta entre seus acionistas artistas como Nicki Manaj, Will I. Am e o DJ David Guetta.

Data: 14/04/2016

Fonte: http://www.tudocelular.com/android/noticias/n70068/blindspot-ciberbulliyng.html

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Crianças que utilizam Internet correm mais risco de dependência

A utilização da internet em idades muito precoces aumenta o risco de dependência desta rede na idade adulta, assim como o seu "uso desregulado e excessivo".


O estudo foi realizado entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015 com 1.105 internautas, de idades entre os 16 e os 75 anos, de vários países; de acordo com o investigador português Halley Pontes, da Nothingham Trent University, no Reino Unido.

Os investigadores verificaram que uma grande parte da adição à internet pode ser explicada pelas variáveis "idade", "idade de iniciação ao uso da Internet" e "tempo despendido online semanalmente por lazer".

"Concluímos que, de um modo geral, a adição à internet está muito desenvolvida pelo fator da idade e iniciação ao uso da internet", disse Halley Pontes em entrevista à agência de notícias Lusa.

Segundo o pesquisador, as crianças que utilizam a internet antes dos cinco, seis anos "estão potencialmente em maior risco para desenvolvimento da adição à internet".

"Estes resultados revelam que os pais têm que ter alguma preocupação sobre o modo como deixam os filhos utilizarem essa ferramenta, que inclui os videojogos, porque realmente há aqui uma associação clara entre idades precoces, utilização dessas ferramentas e problemas futuros", sublinhou.

Nesse sentido, os pais devem exercer esse controle e ajudar os filhos a autorregularem o uso dessas ferramentas, defendeu Halley Pontes.

"Os pais ou os guardiões legais deverão ter em conta a idade com a qual permitem que os seus filhos acedam à internet", sendo que, quanto mais precoce for permitido esse acesso, "maior a tendência para o desenvolvimento subsequente em idade adulta da adição à Internet", refere o estudo.

O estudo adverte que a dependência à internet "gera variados prejuízos psicológicos e sociais aos sujeitos", incluindo disfunções comportamentais, tal como suportam a maioria dos estudos recentes.

Também "o uso desregulado e excessivo" desta tecnologia é um fator de risco importante para o desenvolvimento da dependência à internet, especialmente nos casos em que "os internautas apresentam um uso disfuncional, persuasivo e descontextualizado da internet".

Esse comportamento pode ser explicado como "navegar apenas por navegar sem haver uma necessidade acadêmica ou profissional inerente ao uso".

O estudo aponta como exemplos deste tipo de utilização "o uso constante e excessivo" das redes sociais online, como o Facebook e o Twitter, serviços de

mensagens instantâneas, 'streaming' de conteúdos online, etc.

TECH ESTUDO 07:41 - 13/04/16 | POR NOTÍCIAS AO MINUTO

Fonte: http://www.noticiasaominuto.com.br/tech/209954/criancas-que-utilizam-internet-correm-mais-risco-de-dependencia

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Professora envia nudes para alunos mais novos


A professora Amy Hood, 39, mãe de três, dava aulas na Thorburn Consolidated School, em Pictou, no Canadá, quando enviou mensagens obscenas e fotos de lingerie para dois de seus alunos menores, ambos de 15 anos. Perdeu casa, marido, filhos e o trabalho por causa do escândalo. Acabou atrás das grades, podendo ser condenada e eternamente fichada como criminosa sexual . De acordo com depoimentos, as mensagens começaram em 2013. Amy se tornou obsessivamente envolvida na vida dos adolescentes, que não tiveram identidades reveladas. 

Nas fotos, tiradas e enviadas pela por ela, Amy aparece sensualizando, vestindo apenas uma blusa justinha e calcinha. Deixa à mostra todo o seu derrière. Também se infiltrou na garagem de casa de um deles, onde, segundo jornais canadenses, a professora teria feito sexo com ele. Os romances logo viraram caso de polícia. Fotos, depoimentos e conversas no celular fizeram com que ela se enroscasse feio com a Justiça.

Amy foi presa no ano passado e aguarda julgamento. Durante a última audiência, realizada na última quarta-feira (6), o advogado de defesa tentou livrar a professora das grades de ferro. Argumentou perante o tribunal que sua cliente não deveria ser criminalmente responsável devido a uma doença mental. A professora diz sofrer de bipolaridade e que, por isso, "não sabia o que estava fazendo". 

Mas o promotor do caso rebateu dizendo que as mensagens enviadas mostram que ela teria pleno conhecimento de que seus atos eram ilegais perante a Justiça canadense. E escancarou a mensagem perante o tribunal. Nela, Amy diz: "Eu continuo imaginando um carro da polícia aparecendo na porta de casa ou na escola". Ela mandou a frase a um dos rapazes. "Predadores sexuais vêm de ambos os sexos e pode vir de qualquer lugar", reforça o promotor Bill Gorman.

O juiz aceitou o diagnóstico de transtorno bipolar. Amy está vivendo em liberdade após pagar fiança. Mas deve seguir à risca ordens judiciais que a obrigam usar tornozeleira eletrônica e usar telefones grampeados. Também não pode tomar bebida alcoólica em público, se drogar e mais um detalhe: nenhum contato com menores de 18 anos é permitido! 

A sentença está marcada para julho, e o juiz irá decidir se a professora passará ou não longos anos na cadeia. 

Fonte: http://noticias.r7.com/hora-7/fotos/professora-envia-nudes-para-alunos-mais-novos-e-culpa-doenca-pelas-fotos-indecentes-11042016#

terça-feira, 12 de abril de 2016

Como tratar de política com as crianças?


A crise política vivenciada pelo Brasil tem se mostrado repleta de radicalismos e polarizações, abordados por inúmeros artigos e reportagens na mídia. A gravidade da intolerância e das discriminações, assim como da incapacidade de ouvir o outro, são evidentes não apenas dentro do Congresso, mas no dia a dia das pessoas comuns. Um exemplo é o caso relatado nas redes sociais de uma médica pediatra que recusou atendimento à filha de uma vereadora do PT. Tamanha violência tem influenciado até mesmo discussões desvinculadas da política, levando a casos extremos, como o da invasão de um gabinete de uma juíza por um homem que tentou queimá-la viva.

Toda essa violência e intolerância também interferem no universo infantil, e atualmente vemos crianças xingando políticos (muitas vezes encorajadas pelos pais) ou mesmo agindo de formas mais agressivas com seus colegas. Em meio a um cenário tão conturbado, como as famílias e as escolas devem tratar de política com os pequenos?

Recentemente, li um post muito simples, mas muito coerente, que pode servir de referência nesse momento. Ele sugeria que, junto às crianças, o adulto:

  • Não use frases de violência
  • Não use xingamentos ao se referir a pessoas contrárias à sua posição ideológica
  • Fale sobre a necessidade de conviver respeitosamente com todos, inclusive aqueles que não concordam com você
  • Ensine sobre respeito ao outro
  • Aja de forma pacífica, mesmo em casa assistindo aos noticiários
  • Tenha paciência para responder aos muitos porquês
  • Mostre esperança e confiança no futuro

Os adolescentes e jovens também precisam de apoio e orientações em momentos políticos e sociais tão conturbados. Para eles, o exercício da cidadania implica autonomia, empoderamento e participação. O desejo de agir junto à sociedade é expresso por muitos jovens na criação de coletivos, escolas de ativismo e movimentos que cobram transparência da ação pública e buscam intervir na política. É importante que todas essas ações encontrem espaços dentro da escola. Para que os jovens possam colaborar com a construção de uma sociedade mais justa e sustentável, é necessário que a eles sejam oferecidas condições para o desenvolvimento de sua autonomia, de modo que sejam capazes de atuar em prol de mudanças de outros mundos possíveis.

Um bom começo pode ser a implementação de grêmios dentro das escolas, de projetos de educomunicação ou ainda o incentivo à criação de intervenção nos problemas da comunidade. Neste contexto, as tecnologias (como celulares, computadores e máquinas fotográficas e filmadoras) podem possibilitar que as novas gerações exerçam o papel de protagonistas nas comunidades, reais ou virtuais. Exemplos são a criação de petições e abaixo-assinados para a resolução de problemas, as campanhas de financiamento coletivo para a realização de ações culturais e sociais e a criação de reportagens e vídeos nos quais as opiniões dos jovens são expressas. Assim, as conexões entre indivíduos são facilitadas, e criamos espaços de debate e convergência de interesses.


Para participarmos da vida em sociedade de forma mais cidadã, precisamos retomar o espaço comum, a busca pelo diálogo, pela cooperação e pelo compromisso. Afinal, como podemos educar nossos filhos sem darmos o exemplo de racionalidade e ponderação política? Novos mundos podem ser possíveis se fundamentarmos nossas ideias em valores relacionados ao cuidado de si, dos outros e do planeta. Para isso, as relações devem ser mais horizontais, voltadas ao coletivo e não centrada no indivíduo; pautadas pelo respeito, e não pelo ódio.

Por: Maria Alice Setubal | 12/04/20160 às 9h52

Fonte: http://educacao.uol.com.br/colunas/maria-alice-setubal/2016/04/12/como-tratar-de-politica-com-as-criancas.htm

segunda-feira, 11 de abril de 2016

14 coisas que todo pai deve saber sobre bullying


Muito se ouve falar sobre bullying, mas o que sabemos sobre o assunto? Segundo a educadora Cléo Fante essa forma de violência é uma das que mais cresce no mundo, uma triste realidade; ela ocorre em diversos lugares e pode acontecer de várias maneiras.

Uma pesquisa do IBGE, de junho de 2013, mostrou que "um de cada cinco adolescentes, entre 13 a 15 anos, pratica bullying no Brasil, sendo 26,1% meninos e 16% meninas".

Aquilo que muitas vezes parece inofensivo poderá, emocional e fisicamente, afetar a pessoa que está recebendo a ofensa. Por isso é importante orientar todos da família sobre o assunto para que não sejam nem vítimas e nem agressores do bullying.

Veja o que dizem alguns especialistas no assunto e que são importantes saber:

1. O que significa

Bullying, explica a psicopedagoga clínica e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Quézia Bombonatto, "é uma palavra inglesa usada para atos agressivos, violência física ou psicológica, intencionais e contínua, cuja intenção é um desejo consciente de maltratar outra pessoa, realizado por um indivíduo, ou grupo contra outro indivíduo, ou grupo, sem motivo claro".


2. Classificação

O bullying está classificado na nova Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) como:

Verbal: intimidação através de palavras cruéis, insultar, xingar e apelidar pejorativamente os atributos de uma pessoa como aparência, religião, etnia, deficiência, orientação sexual, etc.

Moral: difamar, caluniar, disseminar rumores.

Sexual: assediar, induzir e/ou abusar.

Social: ignorar, isolar e excluir.

Psicológico: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear, infernizar.

Físico: agressão e/ou intimidação física envolvendo constante atitude de bater, chutar, fazer tropeçar, bloquear a passagem, empurrar, e tocar de forma indesejável, inadequada e agressiva, como puxar as calças de alguém para baixo publicamente.

Material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem.

Virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social. Intimidação pela internet que ocorre ao se espalhar mentiras e falsos rumores por e-mails, mensagens de texto e nas redes sociais; ao compartilhar mensagens sexistas, racistas e homofóbicas criando uma atmosfera ofensiva e agressiva, mesmo que não de forma direta.

3. Onde ocorre

Em muitos ambientes, na família, nas escolas e universidades, na vizinhança, no trabalho, clube, no playground do condomínio, nas redes sociais, porém o mais conhecido e divulgado ocorre no ambiente escolar.

4. As vítimas, quem são

Quézia Bombonatto diz que "são crianças que não se posicionam, são mais tímidas, com características diferentes que dão origem à descriminação devido à etnia, raça e com algum problema físico, que leva o agressor a atormentá-la e pegar no pé".

5. Os agressores, como são

Triana Portal, psicóloga clínica, explica que tendem a ser impulsivos, ter maior liderança e ascensão no grupo, a trazer modelos agressivos de casa que veem como qualidades, ser populares, manipuladores, ter boa opinião sobre si, ser fisicamente maiores e mais fortes que as suas vítimas, usar o bullying para se autoafirmar e se posicionar no grupo, e não se importar com a vítima.

6. Prejuízos emocionais

Triana avisa que alguns sinais mostram se alguém está sendo vítima de bullying, como ter "tristeza profunda (depressão), irritação, autoestima baixa, medo, vergonha, queda no rendimento escolar, retraimento social, infelicidade, ansiedade, alterações do sono ou apetite, recusa em ir à escola expressa ou oculta através das dores de barriga ou de cabeça". Já Quézia dá a dica de verificar alguma apatia ou comportamento atípico, pois os danos sociais e psicológicos são grandes.

7. Atitudes da família

As duas especialistas concordam que ao perceberem que um filho está sendo vítima do bullying é preciso "conversar para identificar a dor da criança, aproximar-se dos filhos, dialogar bastante, trabalhar a resiliência da criança, preparando-a para lidar com a questão, buscar a escola para um trabalho conjunto pedindo auxílio e intervenção e prevenção mostrando como esse comportamento é inadequado".

8. O papel da escola é prevenir

Muitas escolas não estão preparadas para lidar com o bullying, mas Quézia Bombonatto defende que a escola precisa fazer uma conscientização e prevenção nas salas de aulas e nos pátios durante os intervalos e nos corredores, mostrando quão inadequado esse comportamento é, que deve haver "intolerância zero com o bullying".

9. Lei que dá suporte às vítimas

Está em vigor a lei nº 13.185/2015 que estabelece o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) no Brasil, para prevenir e combater essa prática. A nova legislação determina que as escolas devem prevenir, conscientizar e combater o bullying, obrigação também reforçada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, além de oferecer suporte psicológico e jurídico quando a vítima sofre dano físico ou moral.

10. Como proceder quando os filhos forem vítimas de bullying

Vitor Mattoso, advogado do projeto 'Bullying Nunca Mais', recomenda "conversar detalhadamente com o filho para não se omitir informações importantes; anotar tudo e agendar uma reunião com a direção da escola, sem alarde; não falar com o agressor, mas com os pais ou responsável por ele; ser discreto, expor os fatos e ver o que será feito para solucionar o problema; anotar telefones, e-mail da escola; manter a comunicação e demonstrar interesse".

11. Registrar Boletim de Ocorrência (BO)

"Esta é uma questão delicada e vai depender do contexto", explica Vitor Mattoso. Se for por um desentendimento de colegas, geralmente não se registra BO; mas se for após muitas ameaças verbais, como 'vou te quebrar todinho', 'vou te matar' ou 'vou acabar com você', pode ser interessante, e se ainda causar dano físico, sim o BO deve ser registrado", consultando um advogado para orientação.

12. Como saber quando o filho pratica bullying

É preciso estar atento ao comportamento do agressor, pois ele acumula conflitos e sofrimentos e descarrega essa carga negativa em outra pessoa. A família mais a escola devem ajudar. Os pais também precisam reconhecer as falhas e defeitos dos filhos e não culpar outros pelos erros deles, para não incentivar o comportamento negativo. Os valores invertidos, modelos ou padrões impróprios e tensões do contexto doméstico são liberados no ambiente escolar, dizem os especialistas.


13. Como as crianças veem o bullying

Robert Sege, diretor da divisão de família e defesa da criança no Boston Medical Center, diz que "elas sofrem com bullying quando entram na escola, interagindo com outras crianças. Cada uma tem uma reação, medo, introversão ou mesmo agressão. É importante garantir segurança e tranquilidade para elas na escola, conversar com diretores e professores contando o que aconteceu e o que será feito para acabar com o bullying,mostrando no lar a confiança na criança em superar essa situação.

14. O que não é bullying

Bullying é uma agressão, porém nem toda agressão será bullying. Desentendimentos, discussões e até brigas de curta duração em que a vítima supera, tem reação ou ignora a atitude, não são bullying."Para uma agressão caracterizar-se bullying é preciso que o agressor tenha vontade de ferir a vítima, repita a agressão sempre, que tenha muitas pessoas assistindo a vítima ser agredida e que a vítima aquiesça, ceda à ofensa recebida", explica Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional da Unicamp.

Estimulem seu filho a ter confiança, independência e agir quando precisar, essa é a proteção maior que se pode dar a ele contra o bullying. Conversem e pratiquem formas seguras de responder à intimidação, como "Isso não é legal", "Deixe-me sozinho", ou "Deixe-me passar", aconselha o psicólogo, Ph.D. e professor na University of California, Shane Jimerson. Pais, ensinem aos filhos o respeito por si mesmo e pelos outros por preceito e pelo exemplo, vocês são a chave que capacita as crianças para prevenir e conter os casos de bullying.

Por: Sônia Penha

Fonte: http://familia.com.br/10506/filhos/14-coisas-que-todo-pai-deve-saber-sobre-bullying

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Cyberbullying: 11% das vítimas já tentaram suicídio

Entre entrevistados, 6,5% declaram ter sofrido violência no mundo virtual


Uma em cada 10 vítimas de cyberbullying já tentou suicídio, revela uma pesquisa feita pelos portais italianos Skuola.net e AdoleScienza.it, especializados em Educação. Sete mil alunos de 11 escolas italianas foram ouvidos. Entre eles, cerca de 20% declararam ter sofrido algum tipo de violência na "vida real", enquanto 6,5% afirmam terem sido vítimas de cyberbullying.

As consequências da violência online são mais perigosas do que se imagina: entre as vítimas, metade já consideraram tirar a própria vida, sendo que desses, 11% declararam ter tentado de fato cometer suicídio. Muitos alunos também praticam a automutilação. Esse tipo de violência também pode provocar depressão profunda e aumentar os níveis de stress no corpo.

"O cyberbullying é o mal escondido dos olhos dos adultos e visível em smartphones e nos perfis de redes sociais. A violência invade a psique, destrói a autoestima e aumenta significativamente a probabilidade de tentativas de suicídio entre os jovens", disse a presidente do Observatório Nacional de Adolescentes e diretora da revista "AdoleScienza.it", Maura Manca.

Ainda segundo ela, esses dados são fundamentais para entender o fenômeno, já que é necessário saber qual é sua real difusão e gravidade para então fazer a prevenção.

A pesquisa ainda apontou que a maioria daqueles que sofreram cyberbullying também são perseguidos na vida real e que as meninas estão muito mais expostas a esse tipo de violência, correspondendo a 62% das vítimas.

quinta-feira, 7 de abril de 2016 - 16h45 Atualizado em quinta-feira, 7 de abril de 2016 - 18h53


Fonte: http://noticias.band.uol.com.br/mundo/noticia/100000801249/cyberbullying-11-das-v%C3%ADtimas-j%C3%A1-tentaram-suic%C3%ADdio.html

quinta-feira, 7 de abril de 2016

7 de abril pode se tornar o Dia Nacional de Combate ao Bullying


Esta quarta-feira, 7 de abril, marca os cinco anos do "Massacre de Realengo" em que 12 adolescentes foram assassinados por Wellington Oliveira, de 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro. No Senado, está pronto para ser votado no Plenário o PLC 7/2014, projeto que transforma o dia 7 de abril no Dia Nacional de Combate ao Bullying e a Violência na Escola. Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB–AM), que foi relatora do projeto na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE), o bullying e a violência estão aumentando nas escolas brasileiras. No programa Conexão Senado a senadora conversou sobre este projeto com o jornalista Adriano Faria, da Rádio Senado.


Fonte: Senado Federal







quarta-feira, 6 de abril de 2016

WhatsApp começa a identificar conversas com criptografia

Uma atualização do comunicador WhatsApp passou a identificar o uso de criptografia nas conversas realizadas pelo aplicativo. Nada muda para quem usa o programa, mas as conversas criptografadas trafegam de maneira "embaralhada" pela internet, de tal maneira que nem mesmo um grampo policial é capaz de enxergar o conteúdo do bate-papo e dos arquivos que são transferidos.

É possível perceber a mudança com um aviso que agora aparece nas conversas: "as mensagens que você enviar para esta conversa e chamadas agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta". Essa segurança é parecida com a utilizada em comunicações militares sigilosas.




O WhatsApp já vinha criptografando parte das conversas desde 2014, porém a empresa não havia deixado explícita a existência do recurso. Segundo uma reportagem publicada no site da revista "Wired", o motivo é que o WhatsApp queria anunciar o recurso definitivamente só depois que todos os aparelhos com WhatsApp fossem compatíveis com a novidade. Isso significa que até antigos celulares com o sistema Symbian, da Nokia, agora têm conversas criptografadas.

Com um bilhão de usuários, o WhatsApp passa a ser o maior sistema de criptografia de comunicação em uso no planeta. Segundo a empresa, o sistema não conta com uma "porta dos fundos", o que significa que uma conversa protegida não pode ser desembaralhada nem pelo próprio WhatsApp.

Na prática, a empresa não pode cumprir ordens judiciais que solicitem a conversa dos usuários, por exemplo. Salvo pela existência de alguma falha de segurança no sistema, a única maneira de a polícia obter uma conversa pelo WhatsApp é por meio da apreensão do celular. Como os celulares também usam criptografia, porém, acessar os dados pode ser um desafio.

"Embora reconheçamos o importante trabalho da Justiça em manter as pessoas seguras, os esforços para enfraquecer a criptografia arriscam a exposição de informações dos usuários ao abuso de criminosos virtuais, hackers e regimes opressivos", justificou a o CEO da companhia, Jan Koum.

A atitude do WhatsApp mostra que a empresa não está "mudando de rumo" em relação à segurança, apesar de conflitos com autoridades policiais e com a Justiça, inclusive no Brasil. O app chegou a ser bloqueado no país em dezembro.


Aplicativo já foi inseguro

O WhatsApp já foi um dos aplicativos de comunicação mais inseguros do mundo. Quando foi lançado, todas as mensagens eram transmitidas em texto simples. Qualquer pessoa na mesma rede que um usuário do WhatsApp (por exemplo, na mesma Wi-Fi em uma cafeteria) poderia, com algumas ferramentas simples, monitorar todas as conversas.

O passo seguinte do WhatsApp foi a melhoria dos sistemas de autenticação e a adoção da transmissão de dados por SSL. Nesse cenário, o WhatsApp tinha acesso ao conteúdo das mensagens, mas, em trânsito, a informação estava embaralhada. Nessa situação, o WhatsApp ainda poderia cumprir ordens da Justiça que solicitassem o conteúdo das conversas.

Agora, com o novo sistema, a transmissão ocorre totalmente embaralhada, de um usuário até o outro. Esse sistema é chamado de "criptografia ponta-a-ponta".

No entanto, caso uma conversa seja iniciada com alguém que ainda não atualizou o programa, e que, portanto, não tem compatibilidade com a criptografia, o WhatsApp continuará usando o sistema anterior, com criptografia apenas em trânsito.

Além do WhatsApp, diversos outros comunicadores também são compatíveis com conversas criptografadas. Alguns deles são o Telegram, o Wickr, o Sicher e o Signal, cuja tecnologia TextSecure serviu de base para a criação do recurso no WhatsApp.

Segurança ideal exige contato para verificação da chave

Embora o WhatsApp facilite o uso da criptografia ponta-a-ponta em todos os casos, o uso ideal desse recurso exige um contato pessoal ou por outro meio absolutamente confiável. Isso porque os participantes da conversa precisam verificar se a chave usada está correta. Do contrário, existe a possibilidade de que alguém esteja interferindo na comunicação - o chamado ataque de "homem no meio", em que o espião consegue intermediar o tráfego entre as duas partes.

O WhatsApp fornece um meio para a verificação dessa chave de maneira segura, com um código QR ou pela verificação de números na tela. A informação fica no perfil do contato.

Terça-feira, 05/04/2016, às 16:03, por Altieres Rohr

Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/blog/seguranca-digital/post/whatsapp-comeca-identificar-conversas-com-criptografia.html

terça-feira, 5 de abril de 2016

Mesmo se não houver nudez, fotografar criança em pose sensual é crime


É crime fotografar ou armazenar foto de criança ou adolescente em poses nitidamente sensuais, com a incontroversa finalidade sexual e libidinosa, mesmo se não houver nudez. Para a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, o conceito de pornografia infantojuvenil pode abarcar hipóteses em que não haja a exibição explícita do órgão sexual da criança ou do adolescente.

Com esse entendimento, o colegiado manteve decisão que condenou um homem por fotografar e armazenar fotos de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes (artigos 240 e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente).

No recurso ao STJ, o fotógrafo alegou que não poderia ser condenado pelos crimes previstos nos artigos 240 e 241-B do ECA, pois as fotografias mostravam modelos em poses sensuais, porém sem qualquer cena de sexo explícito ou pornográfica. Afirmou também que não havia nas imagens nudez ou exposição dos órgão genitais.

Contudo, seguindo o voto da ministra relatora Maria Thereza de Assis Moura, a 6ª Turma manteve decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina que condenou o fotógrafo. Para a relatora, o conceito de pornografia infantojuvenil pode abarcar hipóteses em que não haja a exibição explícita do órgão sexual da criança ou do adolescente. 

Em seu voto, a ministra explicou que a definição legal de pornografia infantil apresentada pelo artigo 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente não é completa e deve ser interpretada com vistas à proteção da criança e do adolescente em condição peculiar de pessoas em desenvolvimento (artigo 6º do ECA). Sendo assim, o ECA incide não só no caso de fotografias de crianças nuas, mas também quando a nudez não é expressa, desde que incontroversa a finalidade sexual e libidinosa das imagens.

Assim, a ministra concluiu que "é típica a conduta de fotografar cena pornográfica (artigo 241-B do ECA) e de armazenar fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente (artigo 240 do ECA) na hipótese em que restar incontroversa a finalidade sexual e libidinosa das fotografias, com enfoque nos órgãos genitais das vítimas — ainda que cobertos por peças de roupas —, e de poses nitidamente sensuais, em que explorada sua sexualidade com conotação obscena e pornográfica".

Clique aqui para ler o acórdão.
REsp 1.543.267

4 de abril de 2016, 13h53 | Por Tadeu Rover

Fonte: http://www.conjur.com.br/2016-abr-04/mesmo-nudez-fotografar-crianca-pose-sensual-crime