segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Versões especiais de apps evitam conteúdos impróprios para crianças

Foto: Reprodução
Quem se rendeu aos apelos e emprestou um smartphone ou um tablet a uma criança sabe que os pequenos conseguem se virar muito bem e não precisam de praticamente nenhuma ajuda para acessar aplicativos e jogos. Um estudo feito pela AVG Technologies mostra que a tecnologia entra na vida de meninos e meninas cada vez mais cedo. Intitulada Digital Diaries, a pesquisa analisou a atividade digital de usuários de 3 a 5 anos e revelou que eles aprendem a mexer nos dispositivos móveis antes mesmo de conseguirem se calçar.

De acordo com a pesquisa feita pela empresa de segurança on-line, enquanto apenas 14% das crianças aprenderam a amarrar cadarços e só 25% sabem o que fazer em situações de emergência, 57% já conseguem operar pelo menos um dos aplicativos do celular dos pais; 66% são capazes de jogar games de computador sem precisar de ajuda, e 70% sabem para que funciona e como usar um mouse.

A independência da nova geração fez com que companhias de tecnologia investissem no desenvolvimento de programas especiais para a criançada. A fim de oferecer ainda mais segurança, empresas como Netflix, Vine, Google e YouTube oferecem versões infantis de seus produtos principais.

A engenheira elétrica Maitê Durães, 33 anos, conta que a filha Giulia, 3, adora o Netflix Kids e sempre pede para a mãe colocar alguns episódios de Casa do Mickey ou de Princesinha Sofia para ela assistir. "Aqui em casa, quando a televisão está ligada, é com algum desenho para ela. Além do Netflix Kids, ela assiste a algumas animações que passam na Disney e no Boomerang", diz.

Apesar da pouca idade, Giulia consegue navegar pela internet e faz uso de aplicativos infantis no celular dos pais. "Ela passa horas brincando com o Pou e conversando com o Tom, do My Talking Tom. A gente também coloca alguns programas infantis para ela assistir no YoutTube. Como o computador não tem nenhum bloqueio e ela já sabe mexer no mouse, fico de olho para que não acabe acessando um vídeo que seja inapropriado", afirma Maitê.

Com relação às redes sociais, a engenheira diz que não permite que Giulia acesse e prefere privar a filha, por enquanto. "Apesar de eu gostar e de usar bastante, ela nem sabe da existência. Quanto mais eu puder adiar, melhor. Não quero que ela seja muito precoce nesse mundo das redes sociais", justifica a mãe.

Monitoramento real

A empresária Vanessa Struckl, 34 anos, monitora praticamente tudo o que o filho Luiz Henrique, 12*, faz durante o tempo que passa no computador e no tablet. "Tanto eu quanto o pai dele controlamos o que ele assiste e acessa. Antes de ele começar a assistir alguma coisa nova, a gente dá uma olhada no conteúdo para ver se aquilo é adequado ou não", diz.

Luiz usa a conta no Netflix Kids para assistir a animes como Naruto e Hunter x Hunter. Ao ser questionada sobre a reação do filho quando não o deixa ver algo que julgue inapropriado, Vanessa diz que o garoto reclama um pouco, mas acaba entendendo. "A gente já corta logo. Não quero que ele tenha acesso a um conteúdo muito violento. Quando for maior, vai poder escolher o que quer ou não assistir", ressalta.

A mãe também fica bastante atenta ao conteúdo das redes sociais acessado pelo filho. "De vez em quando, entro pra ver o que ele curtiu, dou uma olhada em com quem ele está conversando. Quando vejo que está batendo papo com um amiguinho de escola, é claro que eu não vou me intrometer e ler tudo; dou só uma olhada rápida. Teve uma vez que ele estava conversando com amiguinho da escola e falando muito palavrão. Daí eu cheguei para ele e pedi para dar uma reduzida nisso", relembra.

Como qualquer outra mãe precavida, Vanessa tem medo que o filho acabe se relacionando com pessoas mal-intencionadas. "Eu controlo com quem ele faz amizade, com quem ele não faz. É mais medo mesmo de estar conversando com um adulto que esteja se passando por uma criança", diz Vanessa. Luiz garante que está acostumado com o controle feito pela mãe. "Acho tranquilo. Não costumo ficar bravo quando ela não deixa eu assistir alguma coisa ou quando pede para dar uma olhada nas minhas redes sociais. Sei que é algo necessário", garante.

Publicação: 30/11/2015 08:19 

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/tecnologia/2015/11/30/interna_tecnologia,613190/versoes-especiais-de-apps-evitam-conteudos-improprios-para-criancas.shtml

*Adendo do blog: É importante lembrar que o Facebook não permite que menores de 13 anos utilizem a rede. Menores que estão no Facebook cometeram um ato ilegal ao colocarem uma idade diferente da real. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Crianças e adolescentes tentam virar o jogo após sofrerem bullying

Domingo estreia a nova série do Fantástico: “Eu amo quem sou”. Você vai conhecer a realidade de crianças e adolescentes que sofrem bullying diáro. 


http://g1.globo.com/fantastico/quadros/eu-amo-quem-sou/noticia/2015/11/criancas-e-adolescentes-tentam-virar-o-jogo-apos-sofrerem-bullying.html


Gordinho, orelhudo, magrela. Quem nunca provocou um amigo ou colega de escola? Quem nunca sofreu com esse tipo de brincadeira? Mas tudo bem, é só brincadeira, certo? Errado! O nome disso é bullying.

A partir de domingo (29), você vai conhecer a realidade de crianças e adolescentes que sentem isso na pele todos os dias. Eles vão abrir o coração, confrontar os valentões e o mais importante: tentar virar o jogo. Estreia a nova série do Fantástico: “Eu amo quem sou”.

25/11/2015 21h51 - Atualizado em 25/11/2015 21h51

Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/quadros/eu-amo-quem-sou/noticia/2015/11/criancas-e-adolescentes-tentam-virar-o-jogo-apos-sofrerem-bullying.html

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

“Os professores pedem ajuda com aquele vídeo”

Psicóloga diz que vídeo de criança derrubando coisas na escola mostra falta de acolhimento, mas que professores não sabem o que fazer.


Vídeo gravado em escola pública de Macaé (RJ) viralizou

A psicóloga Milena Aragão, doutora em Educação pela Universidade Federal do Sergipe ficou assustada com um dos vídeos mais comentados da semana.

Gravado em uma escola pública de Macaé, no Rio de Janeiro, o vídeo mostra uma mulher filmando um menino jogar coisas no chão, enquanto diz “deixem ele” e “chama os bombeiros”. Após a viralização, a diretoria da escola foi afastada.

“Apenas afastá-los não resolve porque não é um caso isolado”

Especialista em técnicas de educação não violentas, Milena diz que viu principalmente falta de conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e de como acolher uma criança, mas chama atenção para o pedido de ajuda que os professores fizeram com o vídeo.

Carta Educação: Como foi sua reação ao assistir ao vídeo?

Milena Aragão: Eu me senti assustada, mas não com a criança. Tenho acompanhado este assunto porque vou trabalhar com meus alunos da graduação e fiquei impressionada com o despreparo e com os comentários. Os adultos incentivaram: “isso, vai, derruba, deixa a polícia chegar”. É um incentivo. Vejo uma falha no processo de formação dos professores.

CE: Como você traduziu a reação do menino?

MA: Assim que olhei, vi que estava pedindo ajuda. Ele provavelmente não conseguiu de outro jeito e tentou este.

CE: E a dos profissionais?

MA: Eles erraram. Filmar é cyberbullying. Mas entendo como um pedido de ajuda dos professores. Estão comunicando: não sabemos o que fazer. Tem desconhecimento profundo do Estatuto da Criança e do Adolescente. Em nenhum momento o ECA diz que não pode encostar! Conter pode. Vai que em um chute daquele a estante cai em cima dele? Tem que conter sim. É um despreparo geral, os professores também estão pedindo ajuda. A gente precisa olhar para esta questão com mais cuidado.

CE: O que a sra. diria para aqueles educadores?

MA: Apenas afastá-los não resolve porque não é um caso isolado. É um caso que mostra uma necessidade de formação. Primeira coisa que eu faria é ouvi-los porque para eles fazerem isso, a tensão deles também está muito grande. O professor também está com o contexto difícil. Então precisa de espaço de desabafo primeiro para depois poder entrar na formação e em técnicas de como lidar com frustrações da infância.

CE: Um vídeo postado por uma mãe em resposta aos ataques ao primeiro vídeo também alcançou milhões de pessoas. Ela conta que o filho protagonizou cenas parecidas e tem transtorno de déficit de atenção. Este comportamento caracteriza algum distúrbio?

MA: Não. No caso específico não temos como saber se há algo, mas já atuei como professora e mediei outros casos em que a criança age assim. Não é preciso que a criança tenha distúrbio nenhum. Basta estar passando por um processo de frustração. Se houve bullying, como comentou a mãe, geralmente é algo que ela enfrenta com frequência e ela vai pedir ajuda da forma que consegue, se irritando. Nós adultos temos autorização de ficarmos chateados, irritados e desabafar. Qualquer criança que manifesta irritação é taxada.

Por: CINTHIA RODRIGUES

Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/os-professores-pedem-ajuda-com-aquele-video/

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Mundo fantástico é fuga para bullying em trailer de A Monster Calls

Filme estreia em 20 de outubro de 2016 no Brasil.


Foi liberado o primeiro teaser de “A Monster Calls”, adaptação do romance infantil escrito por Patrick Ness. O filme é dirigido por Juan Antonio Bayona (“O Impossível”). Veja:




“A Monster Calls” conta a história de um garotinho (Lewis MacDougall, de “Peter Pan”) que encontra uma maneira de enfrentar o bullying cometido pelos colegas da escola e a doença terminal da mãe: fugindo para um mundo fantástico, cujo guia é uma árvore monstruosa. Sigourney Weaver (“Avatar”) interpreta a avó do garoto, enquanto Felicity Jones (“Loucamente Apaixonados”) faz o papel da mãe e Liam Neeson (“Sem Escalas”) faz a voz do monstro que dá título ao filme.

A estreia está marcada para 14 de outubro nos EUA e seis dias depois, em 20 de outubro, no Brasil.

Fonte: http://cinemacomrapadura.com.br/noticias/398751/mundo-fantastico-e-fuga-para-bullying-em-trailer-de-a-monster-calls/

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Réu é condenado por pornografia de vingança e compartilhamento de fotos de pedofilia

Um homem foi condenado a 11 anos e 9 meses de reclusão por transmitir, divulgar e publicar na Internet fotos e vídeos com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes e por armazenar esses dados em seu computador.

Reprodução: pixabay.com


Um homem foi condenado a 11 anos e 9 meses de reclusão por transmitir, divulgar e publicar na internet fotos e vídeos com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes e por armazenar esses dados em seu computador. Ele também foi condenado por assediar e constranger uma menor de 11 anos induzindo-a a se exibir de forma pornográfica por meio de uma webcam. A sentença é da 1ª Vara Federal de Campinas/SP.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), autor da ação, o réu L.L.O. conheceu a vítima em 2011 por meio da rede social Orkut, fazendo-se passar por um adolescente de 15 anos. Ele pediu a menor em namoro pela Internet e, a partir daí, convenceu-a a realizar atos libidinosos diante da câmera do computador. Quando esta se recusou a atender aos pedidos e decidiu terminar o relacionamento virtual, o réu passou a ameaçá-la dizendo que publicaria nas redes sociais os vídeos e fotos que havia gravado, o que de fato veio a ocorrer.

A vítima decidiu contar o que estava ocorrendo para sua família e as investigações tiveram início após a denúncia feita por ela e sua mãe. Foi expedido mandado de busca e apreensão na residência do acusado, em Campinas, e decretada sua prisão preventiva. No local, os policiais encontraram uma grande quantidade de fotos e vídeos de conteúdo pedófilo armazenados em equipamentos de mídia, além de programas de compartilhamento no computador, resultando na prisão em flagrante de L.L.O.

Para a juíza federal que proferiu a sentença, o volume de material apreendido demonstra que a atividade do réu não se restringia apenas à vítima em questão. “O compartilhamento do material, tanto por ele produzido como de outras imagens que deliberadamente guardava em seus equipamentos demonstra, a toda força, o dolo no cometimento de cada uma das infrações penais”, diz a magistrada.

Ao publicar e compartilhar as fotos e vídeos da menor, L.L.O. teria praticado a chamada “pornografia de vingança”, expressão que remete ao ato de expor na internet fotos ou vídeos íntimos de terceiros sem o consentimento, geralmente contendo cenas de sexo explícito que, mesmo quando gravadas de forma consentida, não tinham a intenção de divulgá-las publicamente. Após o fim do relacionamento, uma das partes divulga as cenas íntimas na internet como forma de “vingar-se” da pessoa com quem se relacionou.

Junto com as publicações, o réu também divulgou o telefone, e-mail e o endereço do perfil da menor nas redes sociais. A decisão aponta que o propósito de vingar-se foi alcançado. A menor, moradora de cidade pequena, sofreu constrangimento sem medida, segundo depoimento da mãe, que afirmou ter sido necessário tratamento psicológico devido ao trauma emocional sofrido e a tentativa de suicídio da filha.

“O conjunto probatório formado nos autos mostra de forma clara e segura que o acusado, consciente e voluntariamente, armazenou fotografias e vídeos de conteúdo pedófilo, ofereceu, publicou, transmitiu, disponibilizou e compartilhou arquivos com o mesmo conteúdo, além de aliciar, assediar, instigar e constranger a menor, por meio de veículo de comunicação, a exibir-se de forma pornográfica e sexualmente explícita, restando evidentes a materialidade, a autoria e o dolo do acusado na realização de cada uma das condutas”.

L.L.O. foi condenado pelos crimes previstos nos art. 241-A, 241-B e 241-D, e seu parágrafo único, inciso II, todos da Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). O réu não poderá apelar da sentença em liberdade, devendo continuar preso no estabelecimento em que se encontra recolhido. (JSM)

Fonte: JFSP | http://www.jornaljurid.com.br/noticias/reu-e-condenado-por-pornografia-de-vinganca-e-compartilhamento-de-fotos-de-pedofilia

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Jovens não conseguem diferenciar propaganda on-line de notícias, diz estudo



Em um estudo da Ofcom, publicado no Reino Unido, pesquisadores observaram que dois terços dos jovens entre 12 e 15 anos não conseguiam diferenciar entre um anúncio e os resultados de uma pesquisa do Google. Entre as crianças entre 8 e 11 anos o resultado era ainda mais evidente, quatro em cinco não identificavam as ações.

James Thickett, diretor da Ofcom, considera que a internet ensina as crianças em diversos pontos e as faz descobrir diferentes pontos de vista, além de se conectarem com amigos e família, mas elas ainda precisam de ajuda para desenvolver um know-how do mundo on-line. 

Boa parte dos jovens também respondeu na pesquisa que acreditam nos resultados de buscas e que se estão lá é porque devem ser verdadeiros. A pesquisa da Ofcom também mostrou que os jovens entre 12 e 15 anos preferem o YouTube à televisão convencional, sendo que mais da metade deles não sabia os vloggers podem ser pagos por marcas para anunciarem um produto. 

Para as organizações que se preocupam com o conteúdo on-line, esses resultados não são boas notícias, uma vez que, há pouco tempo, grupos de vigilância do consumidor nos EUA entraram com queixas contra o app do YouTube para crianças por conta da publicidade. 

Embora a pesquisa tenha abrangido apenas o Google e o YouTube, as redes sociais como Instagram e Twitter também tem sido criticadas por conta de suas recentes aplicações de propagandas.

Por Jeferson Goncalves - em 23/11/2015 às 11h30
Via The Verge.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

TESTE: Você expõe seu filho na Internet?



Muitos pais gostam de compartilhar momentos especiais dos filhos nas redes sociais. Mas o excesso de exposição pode colocar a criança em risco. Faça o teste a seguir e avalie se você está se comportando de forma adequada on-line. 

Clique aqui é faça o teste!

Fonte: http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/quiz/2015/03/01/voce-expoe-seu-filho-na-internet.htm

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Vício na vida digital afeta mais profundamente os jovens

Geração que não conheceu o mundo antes da internet criou forte vínculo com o universo virtual a ponto de virar problema de saúde pra alguns adolescentes.


Clique aqui para assistir o vídeo da notícia

Essa geração que não sabe o que era o mundo antes da internet acabou criando um vínculo fortíssimo com o universo virtual dos computadores e dos smartphones a ponto de isso virar problema de saúde pra alguns adolescentes.


A liberdade está logo ali, e elas no telefone. Mary e Savanna são amigas na corrida, na escola e no mundo virtual.

"Eu gosto de fazer vídeos", Mary conta.

"Eu adoro tirar fotos e seguir pessoas na rede", diz Savanna.

Mary pega o celular a cada dois minutos: "Às vezes estou entediada, vou jogar no celular, fico nas redes sociais e mando muitas mensagens de texto", comenta a jovem.

A ansiedade dos jovens com o celular foi detectada numa pesquisa com mais de 200 adolescentes de 13 anos nos Estados Unidos. Alguns disseram que preferiam passar uma semana sem comer a ficar sem o celular. Os mais conectados chegam a entrar nas redes sociais mais de 100 vezes por dia.

Um comportamento que muitas vezes está ligado à insegurança, necessidade de aceitação: 61% disseram que queriam ver se os amigos tinham curtido e comentado o que eles postaram, 36% queriam conferir se os amigos estavam fazendo um programa sem eles e 21% admitiram que a maior preocupação é saber se tem gente falando mal deles na rede.

Savanna diz que tem paranoia só de pensar nisso.

"Tive uma experiência ruim. Espalharam boatos na escola, disseram coisas horríveis, que eu sou esquisita. Passei por uma fase bem difícil e aprendi que nunca vou publicar uma coisa de que eu possa me arrepender", conta a menina.

O medo mudou o comportamento. Mary conta que não posta mais fotos dela para não correr o risco de ser ridicularizada.

"Só tiro fotos de flores, de coisas engraçadas. Eu ficaria triste se visse coisas ruins sobre mim", diz Mary.

A pesquisa mostrou que 94% dos pais não têm ideia dos problemas que os filhos enfrentam na rede. Os especialistas se surpreenderam com a quantidade de palavrões, pornografia e referências ao uso de drogas nas mensagens que os adolescentes de 13 anos publicam na internet.

Na China, pais de adolescentes viciados dopam os filhos. Quando eles acordam, descobrem que foram internados numa clínica de tratamento.

A realidade foi mostrada no documentário Web Junkie, algo como "Viciados na rede".

A China foi um dos primeiros países a considerar o vício na internet como risco à saúde pública. Muitos jovens se desesperam quando ficam sem internet.

Uma preocupação de psicólogos e psiquiatras é com as emoções. Como demonstrar e perceber, usando apenas mensagens de texto? Estamos diante de uma geração que muitas vezes prefere escrever a conversar pessoalmente.

Mary admite: "Eu tenho medo, não gosto de conversar. Às vezes, fico triste, com raiva e prefiro descarregar escrevendo".

O psiquiatra Larry Sandberg diz que evitar as conversas pode afetar a empatia, a capacidade de se colocar no lugar dos outros. "Você não consegue fazer isso virtualmente. E essa é uma habilidade essencial em qualquer relacionamento", afirmou.

Na casa de Savanna, os pais criaram uma regra para frear os exageros.

"Quando eu vou dormir, eu entrego o celular a eles para não passar a noite ligada", conta a jovem.


Data: 11/11/2015 21h12 - Atualizado em 13/11/2015 20h52
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/11/pesquisa-revela-que-94-dos-pais-nao-sabem-o-que-filhos-fazem-na-internet.html

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Jovens são detidos por divulgarem foto íntima de adolescente em redes sociais


Um dos detidos era namorado da garota de 14 anos. De acordo com a polícia, ele tirou a foto da menor nua e fez montagens antes de amigo divulgar em redes sociais



Dois jovens residentes em Confresa foram detidos pela Polícia Civil na tarde de quarta-feira (11) por armazenar imagens pornográficas de uma adolescente de 14 anos. Um menor de Vila Rica também está envolvido no crime. 

Os dois rapazes, com 18 e 17 anos, foram autuados em flagrante por estarem as com as fotografias pornográficas da adolescente no celular. Eles são suspeitos de produzir montagens de fotográficas pornográficas e repassarem via aplicativo de celular, WhatsApp, para outras pessoas.

A denúncia foi feita pela mãe da vítima, que procurou a Polícia Civil para relatar que havia fotos de sua filha de 14 anos, nuas, circulando pelas redes sociais. 

Conforme o delegado de polícia, André Rigonato, as diligências apontam que as fotos íntimas da menor foram divulgadas depois que ela terminou relacionamento amoroso com um deles. 

“Tudo indica que o adolescente de 17 anos tirou escondido uma foto da adolescente nua e fez montagens pornográficas usando fotos do rosto tiradas do Facebook da adolescente, vindo a repassar através do WhatsApp para outro adolescente da cidade de Vila Rica (1.259 km a Nordeste). Tendo esse último enviando as imagens para outras redes sociais”, destacou o delegado André Rigonato.

Os menores terão sua responsabilização apurada mediante ato infracional. Já o jovem de 18 anos, responderá pelo crime de armazenar imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. 

De acordo com a legislação penal, o simples fato de adquirir, possuir ou armazenar pornografia de criança e adolescente constitui crime tipificado no Artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena de reclusão de 01 a 04 anos.

EM 13 DE NOVEMBRO DE 2015 AS 09H56
Fonte: ExpressoMT com Assessoria | http://www.expressomt.com.br/matogrosso/jovens-sao-detidos-por-divulgarem-foto-intima-de-adolescente-143269.html

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Professor: aprenda a combater o bullying durante as aulas

Confira 5 dicas para lidar com essa situação em sala de aula

Fonte: Shutterstock

Muitos professores enfrentam um grande desafio: o combate ao bullying em sala de aula. Essa prática costuma ocorrer no ambiente escolar e está associada a intimidações e agressões frequentes praticadas contra um estudante, podendo ser na forma física ou psicológica. Como consequência, isso pode gerar uma sensação de angústia no aluno podendo prejudicar o seu aprendizado ao longo do ano.

Sabendo disso, separamos a seguir 5 métodos para combater o bullying em sala de aula. Confira abaixo:


1 - Observe o comportamento dos alunos
O primeiro passo para identificar a ocorrência de bullying é observar as atitudes dos estudantes. Caso perceba alguma mudança negativa e repentina de comportamento em algum aluno, isso pode não ser um bom sinal. Caso isso ocorra, procure conversar com o estudante e peça para que ele seja sincero com você, oferecendo ajuda. Não espere demais para tomar uma atitude.

2 - Converse com os envolvidos individualmente
No caso de identificar o praticamente e o aluno que está sofrendo o bullying, o mais indicado a fazer é conversar com ambas as partes envolvidas de maneira individual. Chame cada um dos envolvidos para ter uma conversa, em um ambiente onde você possa ouvi-los com calma, dando toda a atenção para defender o estudante que está sofrendo, deixando a vítima em uma situação mais confortável.

3 - Ouça os dois lados
Durante a conversa, é importante ouvir as duas partes envolvidas no caso. Por mais que a vontade seja a de defender a vítima, é preciso também prestar atenção nos alunos que praticaram a ofensa, observando o que eles têm a dizer. Assim, você pode identificar o motivo pelo qual esse tipo de agressão é cometida, ou seja, o que está por trás daquele bullying praticado. Caso você identifique algum problema, é possível indicar um especialista fora do ambiente escolar para trabalhar melhor com o assunto em questão, auxiliando tanto os agressores, quanto a vítima.

4 - Deixe o aluno livre para desabafar
É importante que a vítima esteja livre para falar sobre os próprios sentimentos. No entanto, não tente forçá-la a isso caso ela não queira. Uma estratégia interessante para estimulá-la a expressar o que sente é através da escrita, por exemplo. Você pode propor que o estudante escreva em um papel como foi o seu dia na escola ou quais os seus sentimentos naquele momento, por exemplo. Isso pode ajudá-lo a prestar um melhor auxílio ao aluno.

 

Fonte: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/11/12/1133584/professor-aprenda-combater-bullying-durante-aulas.html

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Especial Sexta-feira 13: Cyberbullying como tema dos filmes de terror

Hoje é sexta-feira 13. Existem muitas pessoas que acreditam em diversas superstições ruins ligadas a esse dia, principalmente também existe vários filmes de terror como as do Jason que possuem a denominação dia de hoje. 

Outras pessoas preferem entrar no clima deste dia assistindo filmes de terror. Para aqueles que gostam desse estilo, darei dicas de filmes que envolvam o cyberbullying e o terror cinematográfico. O mais interessante é que um desses filmes é baseado em uma história real.

A maioria das pessoas que pratica cyberbullying o faz porque acredita que nunca serão descobertas ou que nada ou quase nada acontecerão com elas, afinal, a lei (não somente no Brasil, mas como na maioria dos países) é muito branda nos crimes contra a honra. 

No entanto, nesses filmes mostram que, muitas vezes, os agressores podem não sofrer punições por meio da lei, mas de vítimas enlouquecidas pela agressão. E isso não é pura ficção, na realidade existem diversos casos assim, tanto que, como eu havia dito, um dos filmes é baseado em fatos reais. 



“#Horror” está cheio de sangue e rede social que mata

NOVEMBRO 10TH, 2015

A escritora Tara Subkoff está trazendo o sangue e sustos contemporâneos para sua estreia como diretora com o filme #Horror. O longa-metragem é baseado em uma história verdadeira sobre um grupo de meninas cyberbullies que começam a ser aterrorizadas na vida real.

O longa traz no elenco as atrizes Chloë Sevigny, Natasha Lyonne, Taryn Manning e Timothy Hutton, e faz um paralelo interessante entre a prática de bullying na internet e todo o horror e conflito interno (que consequentemente passa para o exterior) que as vítimas de agressores online passam.



“#Horror”: um conto de horror teen e mais que atual

Inspirado em fatos reais, um grupo de meninas de 12 anos de idade enfrentam uma noite de horror quando o vício compulsivo de um jogo de mídia social online torna um momento de cyberbullying em uma noite de loucura.


A cineasta Tara Subkoff explora o mundo rarefeito da costa leste privilegiada através de um grupo de meninas, deixadas sozinhas e que são perseguidas por um assassino. O filme examina um mundo de crueldade e alienação através de um jogo online onde ganhar likes vem com o custo de vidas humanas.


O anúncio de que Tara havia escrito e iria dirigir o filme veio em fevereiro de 2014, junto com a revelação do elenco. Em uma entrevista com a revista Elle, a diretora afirmou que ela se inspirou em uma conversa que teve com uma das filhas de seus amigos, que tinha sido vítima de cyberbullies.


[A ideia] começou porque eu perguntei à filha de meu amigo ‘o que é horror para você?’ Esta menina havia sido brutalmente agredida virtualmente… Agora, eu fui vítima de bullies quando criança, mas eu sempre podia mudar de escola. Eu poderia sempre ir pra casa. Agora você não pode… quando o bullying te segue até em casa, e não há escapatória e não há fim, isso é o horror. E para muitas garotas, isso é apenas a vida.


IFC Midnight vai lançar o filme nos cinemas e em vídeo sob demanda a partir do dia 20 de novembro. Assista ao trailer neste link: https://www.agambiarra.com/horror-trailer



Longa de terror 'Amizade Desfeita' se esgota em narração virtual
ANDRÉ BARCINSKI
ESPECIAL PARA A FOLHA
13/11/2015 02h28


No futuro, quando estudiosos pesquisarem a indústria do cinema do século 21, "Amizade Desfeita" será citado como o primeiro filme em que as redes sociais não afetaram apenas a temática de um filme, mas sua estética. É um produto engenhoso e feito de encomenda para um público-alvo específico e numeroso: jovens que gostam de cinema de terror e não conseguem se relacionar sem a ajuda do mundo virtual.

Dirigido pelo russo Levan Gabriadze, o filme é um sucesso impressionante. Custou US$ 1 milhão e já rendeu, no mundo todo, quase 63 vezes seu orçamento.

O longa tem 83 minutos e é inteiramente narrado a partir da tela do computador de uma jovem. O écran do cinema é ocupado pela tela de um Macbook, e toda a "ação" –chats, trocas de e-mails, pesquisas no Google e conversas via Skype– acontecem ali. Não há cenas externas, a não ser algumas sequências de vídeos trocados entre os internautas.



A história gira em torno do suicídio de uma adolescente, Laura Bairns (Heather Sossaman), que se matou com um tiro depois que um vídeo comprometedor foi postado no Facebook. Um ano depois da tragédia, cinco colegas de classe de Laura fazem um chat via Skype, quando são incomodados pelo que aparenta ser um hacker.

O suspense aumenta quando a figura começa a enviar perguntas para os participantes, seguidas por ameaças. Finalmente a figura se identifica: é Laura Bairns. Será um trote? Algum maldoso que entrou na conta de Laura e está assustando seus colegas?


MENSAGENS DE MORTOS

A coisa funciona bem por uns dez ou 15 minutos, e o filme consegue construir um clima envolvente de mistério. Quem é essa figura que se faz passar por uma menina morta? Será o espírito de Laura Bairns? Um dos participantes do chat compartilha um site sobre mensagens do além-túmulo, em que uma frase se destaca: "Não responda a mensagens de mortos". Tarde demais. Os cinco já estão falando com "Laura".

O problema é que o filme se resume a isso: uma hora e vinte e três minutos de ação virtual. Os sustos vêm quando um personagem abre um e-mail com um vídeo chocante ou alguém é subitamente atacado por um espírito (ou pessoa?) que surge de repente.

É o que a crítica norte-americana Pauline Kael chamava, em uma brincadeira com a expressão "Filme B", de "Filme Bu": aquele que assusta não pelo clímax de uma cena bem construída, mas por chocar o espectador com fantasmas que pulam na tela.

É uma pena. "Amizade Desfeita" fala de temas que sempre geraram grandes histórias de terror: a maldade de adolescentes com seus pares, bullying, tensão sexual e competição na escola ("Carrie "" A Estranha" é um bom exemplo). Mas ao abdicar do cinema para fazer um filme por Skype, o diretor abusa do artifício e perde toda a tensão e medo que a história poderia criar.

AMIZADE DESFEITA 
DIREÇÃO: Levan Gabriadze
ELENCO :Shelley Hennig, Moses Jacob Storm, Renee Olstead
PRODUÇÃO EUA, 2014, 16 anos
QUANDO: em cartaz



quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Cinco dicas do Google para se proteger na Internet

Quatro em cada cinco jovens a partir de nove anos acessam a Internet sem a supervisão de um adulto. Mais da metade deles não habilita nenhuma configuração de privacidade em seus perfis nas redes sociais.

E um em cada quatro adolescentes entre 11 e 17 anos já foi impactado por alguma mensagem de ódio. Os números do Google Brasil mostram o quanto a juventude está vulnerável no ambiente on-line.

Pensando nisso, a gigante da Internet criou cinco dicas básicas para que crianças, adolescentes e suas famílias evitem golpes em redes sociais e sites. A lista de boas práticas foi compartilhada numa oficina ministrada no Recife na última segunda-feira (9/11). Pernambuco foi o 6º estado do Brasil a receber o aulão, voltado para estudantes de 8 e 15 anos.

De acordo com a gerente de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google, Mariana Macário, é importante munir os jovens de instrumentos para que eles possam refletir sobre as proporções que as informações compartilhadas por eles podem tomar.

“Queremos que eles continuem usando a Internet, mas que façam isso de forma consciente. O objetivo e torná-los melhores usuários para criar uma comunidade melhor”, explica.

Uma das dicas é justamente praticar o bem na Internet. “No fundo estamos muito conectados uns aos outros. Não queremos ser moralistas, censurando o conteúdo que eles devem postar, mas queremos que eles pensem sobre isso. Quando a gente faz uma coisa legal para o outro criamos uma onda do bem, que torna a internet um espaço melhor para todos”, complementa.

Confira todas as dicas aqui:



Publicada em 11/11/2015 16:14:49

Fonte: https://www.tribunadabahia.com.br/2015/11/11/cinco-dicas-do-google-para-se-proteger-na-internet#

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mundo digital vicia como fumo, álcool e outras drogas

Médicos alertam para danos psiquiátricos entre crianças, jovens e adolescentes

Rio - Mariana, de 3 anos, mal sabia falar quando começou a usar, sozinha, o computador da avó. A menina tinha apenas um ano e meio, e deixou a mãe, Luciane Domingos, assustada ao mostrar sua intimidade precoce com a tecnologia.


Mariana tem apenas 3 anos, masmostra grande intimidade com aparelhos eletrônicos da família
Foto: Divulgação / Cacau Fernandes 

“Ela grava áudios, diz ‘bom dia’ nos grupos do WhatsApp, manda figurinhas e fotos, e as pessoas acham que fui eu. Mas é difícil controlar, às vezes ela pega o celular quando vou ao banheiro”, explica Luciane, que tenta restringir os acessos da filha aos eletrônicos.

O contato cada vez maior e frequente de crianças na primeira infância com estes dispositivos preocupa especialistas. A psicóloga da Santa Casa da Misericórdia Simone Freitas afirma que o uso das tecnologias para os pequenos pode ser tão nocivo quanto o de drogas ilícitas. “A cada ponto ganho, o cérebro da criança fica mais dependente”, aponta. Para Simone, é importante que os pais não incentivem o uso de smartphones, tablets e notebooks por crianças menores de cinco anos.

Novas formas de tratamento para a dependência de redes sociais e jogos eletrônicos, que aumenta ainda mais entre adolescentes e jovens, e preocupa especialistas, serão debatidas em um simpósio internacional sobre tabaco, álcool e outras drogas, que acontece de amanhã até sábado no Rio.

“Hoje em dia se acredita que seja considerado um problema psiquiátrico, uma dependência como outra qualquer, como álcool, tabaco, maconha, cocaína. No Brasil, esta dependência está começando agora, mas seguramente é um número que cresce cada vez mais”, afirma a psiquiatra Analice Gigliotti, que organiza o evento.

Segundo ela, determinadas pessoas são mais propensas a ficar mais dependentes. “Você começa a perceber um prejuízo do adolescente, da criança. Eles se isolam, se escondem. É uma maneira de fugir da realidade real por meio de uma realidade virtual. É uma forma de ter uma outra personalidade, ser uma outra pessoa. E isso acaba dando prejuízos reais — em sua saúde, vida acadêmica, vida afetiva, relações sociais”, explicou.

Prejudicam a criançada

A psicóloga Simone Freitas alerta que os eletrônicos podem influenciar no desenvolvimento social e cognitivo das crianças, que necessitam mais da presença dos pais do que dos smartphones. 

“O importante é que os pais não entreguem isso às crianças, no lugar da atenção que eles mesmo devem oferecer a elas”, completa Analice Gigliotti. 

Para ela, a internet e as redes sociais não são necessariamente prejudiciais. “Não tem como você impedir que crianças tenham acesso a isso, mas limitar o uso de internet em uma ou duas horas por dia já ajuda”.

Para a especialista em Gestão e Planejamento Educacional Infantil Ester de Carvalho o uso de smartphones é nocivo ao aprendizado. “Tenho alunos que acessam redes sociais, mas não sabem ler corretamente”, lamenta Ester, que trabalha com crianças de 3 a 14 anos.

Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/mundoeciencia/2015-11-11/mundo-digital-vicia-como-fumo-alcool-e-outras-drogas.html

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Pais de adolescente vão dar R$ 40 mil a menina que teve foto nua divulgada



Os pais de um adolescente foram responsabilizados pela conduta do filho de divulgar imagens de uma menina de 11 anos nua na internet. A decisão é da Justiça do Rio Grande do Sul, que votou contra, nesta semana, recurso apresentado pelos réus. Assim, eles terão que indenizar a vítima em R$ 40 mil. Cabe recurso.

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, o jovem, então com 15 anos, manteve conversas em rede social com a autora da ação, que na época tinha 11. Conforme os autos, o jovem persuadiu a garota a protagonizar cenas de masturbação em frente à câmera do computador. Além de gravar as imagens para repassá-las a amigos, o adolescente mostrou a conversa para uma garota. A partir daí, as imagens da vítima alastraram pela internet e chegaram ao conhecimento de familiares e colegas de escola.

"Foi o réu quem induziu a menina a fazer isso, adquiriu confiança de forma maldosa e fez a menina se masturbar, deliberadamente. Capturou as telas como forma de se vangloriar perante outras meninas", destacou a juíza Fabiana dos Santos Kaspary, que julgou o caso em primeira instância. Para a juíza, o dano não está no ato praticado entre as partes, mas no abuso de confiança, na captura e divulgação da conversa e imagens não autorizadas.

Foi fixada indenização em R$ 40 mil como reparação por danos morais. De acordo com a juíza, os pais falharam no dever de vigilância ao garoto. O adolescente, durante o processo, respondeu que tinha acesso liberado a qualquer hora ao computador.

O jovem atualmente é estudante e não possui renda própria. Dessa maneira, os pais acabaram sendo responsabilizados. Eles apelaram, alegando que a própria menina foi quem procurou o seu filho e se prontificou a protagonizar a cena pela internet. 

Nesta semana, o recurso foi apreciado pela 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça gaúcho. "Ficou demonstrada a má-fé do jovem, que se valeu da falta de experiência e ingenuidade da criança", afirmou o relator do apelo, desembargador Paulo Roberto Lessa Franz. Em relação à responsabilização dos pais, Franz observou que eles respondem objetiva e solidariamente pelos atos dos filhos menores. Os outros dois desembargadores do colegiado, Marcelo Cezar Müller e Jorge Alberto Schreiner Pestana, votaram como o relator, e a condenação foi mantida.

A reportagem tentou contato com o advogado dos pais do réu, mas ele não retornou os telefonemas. 

Colaboração para o UOL, de Porto Alegre - 05/11/201519h48

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Dilma sanciona lei que obriga escolas e clubes a combaterem bullying

A norma entrará em vigor em 90 dias.



Foi publicada nesta segunda-feira, 9, no DOU, a lei 13.185, que institui o programa de combate à intimidação sistemática – o bullying. De acordo com o texto, será dever das escolas e clubes adotar medidas de prevenção e combate à prática. A norma passa a vigorar em 90 dias. 

Pelo texto, bullying é definido como toda prática de atos de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por individuo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima. 

A norma também considera que há cyberbullying quando a Internet for utilizada para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar constrangimento psicossocial. 

Prevenção 

Entre os objetivos do programa está a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação de ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema, assim como a orientação de pais e familiares para identificar vítimas e agressores.

Também estabelece que sejam realizadas campanhas educativas e fornecida assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores.

Segundo o texto, a punição dos agressores deve ser evitada "tanto quanto possível" em prol de alternativas que promovam a mudança de comportamento hostil.

Confira a íntegra da lei.
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LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015
Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying).
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território nacional. 
§ 1º No contexto e para os fins desta Lei, considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
§ 2º O Programa instituído no caput poderá fundamentar as ações do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, bem como de outros órgãos, aos quais a matéria diz respeito.
Art. 2º Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda:
I - ataques físicos;
II - insultos pessoais;
III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;
IV - ameaças por quaisquer meios;
V - grafites depreciativos;
VI - expressões preconceituosas;
VII - isolamento social consciente e premeditado;
VIII - pilhérias.
Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.
Art. 3º A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como:
I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente; 
II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
IV - social: ignorar, isolar e excluir;
V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
VI - físico: socar, chutar, bater;
VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
Art. 4º Constituem objetivos do Programa referido no caput do art. 1º:
I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda a sociedade;
II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
III - implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação;
IV - instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;
V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;
VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;
VII - promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;
VIII - evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil;
IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.
Art. 5º É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying).
Art. 6º Serão produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática (bullying) nos Estados e Municípios para planejamento das ações.
Art. 7º Os entes federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta Lei.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias da data de sua publicação oficial. 
Brasília, 6 de novembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República.
DILMA ROUSSEFF
Luiz Cláudio Costa
Nilma Lino Gomes

Fonte: http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI229670,91041-Lei+institui+programa+de+combate+ao+bullying 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Professor é processado por praticar bullying contra alunos

Segundo MP, professor humilhava alunos e afrontava direção da escola. Acusado chegou a dizer: 'só não passo com carro em cima porque é aluno'.

Segundo MPRO, professor abusava do cargo para
perseguir alunos (Foto: Reprodução/TV Rondônia)

Um professor de matemática da Escola Estadual Marechal Rondon, em Vitória da União, distrito de Corumbiara (RO), pode perder o direito de exercer a função. Ele é acusado pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO) de "perseguir", humilhar e praticar bullying contra os alunos. O profissional foi afastado do cargo e teve os bens bloqueados, por meio de liminar.

Na ação de improbidade administrativa, o MPRO diz que o acusado abusava da condição de professor, perseguindo os alunos e os ameaçando, afrontando, inclusive, a direção da escola. Ainda segundo o Ministério Público, o comportamento agressivo do profissional prejudicou o ambiente escolar e muitos pais de alunos e a própria direção da escola já haviam registrado denúncias junto à Promotoria de Justiça de Cerejeiras.

O processo traz relatos de declarações do professor sobre o desempenho dos alunos. "Você é desprovido", "Tenho dó de você" e "Só não passo em cima dele com o carro porque é aluno da escola" são algumas das frases ditas pelo acusado em sala de aula, segundo os estudantes ouvidos pelo MP.

Em contato com o G1, o atual diretor da escola, Paulo Sérgio Alves, explicou que os casos aconteceram na gestão anterior e que o professor foi afastado há 15 dias. "Estou ciente do problema, mas estou há pouquíssimo tempo na direção, cerca de 30 dias, e não posso dizer muito a respeito. Quando vim de Cerejeiras para cá, as situações já tinham acontecido", declara.

O MPRO pede que o professor seja penalizado com a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos por três a cinco anos, a proibição de trabalhar em instituições públicas e de receber benefícios ou incentivos fiscais e o pagamento de multa de até 100 vezes o valor do seu salário.

O professor afastado foi procurado pela reportagem, mas não atendeu aos telefonemas e não retornou as ligações.

Fonte: http://g1.globo.com/ro/vilhena-e-cone-sul/noticia/2015/11/professor-e-processado-por-praticar-bullying-contra-alunos-em-rondonia.html

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Crianças e Internet: 76% dos pais não protegem os filhos



Os números revelados por um estudo recente sobre crianças e internet são preocupantes: um quinto dos pais europeus não toma qualquer medida para proteger as crianças e 31% admitem não ter qualquer controle sobre o que os filhos vêm na Internet. 

Segundo o estudo, perto de dois terços (61%) dos pais com filhos menores de 18 anos preocupam-se com o acesso a conteúdos inapropriados, mas três quartos (76%) não têm qualquer software que os ajude a minimizar estes riscos.

O estudo, realizado pelas empresas de segurança informática Kaspersky Lab e B2B International, conclui que, apesar da falta de controle efetivo, metade dos pais acredita que as ameaças on-line estão crescendo.

Entre as principais preocupações estão o medo de que os filhos se tornem viciados na Internet, que comuniquem com estranhos, que partilhem informações pessoais, que não consigam perceber se estão perante malware e que sejam vítima de cyberbullying.

Além destas ameaças diretas às crianças, os pais também se preocupam com a forma como o comportamento descuidado dos filhos pode afetar o resto da família, como por exemplo a perda de informação pessoal (27%) ou gastos inesperados resultantes de compras através de jogos on-line (25%).

“Ser protetor é um instinto paternal, mas o panorama on-line está mudando todas as regras. Este relatório revela que os pais temem que o número de ameaças on-line à segurança dos seus filhos estejam a aumentar, sentindo que muito do conteúdo disponível na Internet não está regulado”, afirma Alfonso Ramírez, diretor geral da Kaspersky Lab Iberia.

Andreia Félix Coelho | 04/11/2015 11:28

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Quando a liberdade de expressão na Internet vira crime

Cometer um crime digital não é exclusividade de hackers mal-intencionados, pedófilos ou estelionatários. Cidadãos comuns podem cometer abusos ao manifestar opiniões ofensivas e também estão sujeitos à lei.



O Brasil é um dos líderes mundiais em número de usuários no Facebook, Twitter e YouTube, e o comportamento das pessoas nessas redes sociais nem sempre é pacífico. Segundo especialistas em direito digital, discussões acaloradas são perfeitamente normais, mas o mundo virtual também tem suas leis, e elas são bem concretas.

"Não podemos confundir liberdade de expressão nas redes sociais com irresponsabilidade, senão torna-se abuso de direito", alerta a advogada Patrícia Peck Pinheiro. "O que mais prejudica a liberdade de todos é o abuso de alguns, a ofensa covarde e anônima, isso não é democracia."

O cyberbullying – ofensa, discriminação ou ameaça digital – leva a indenizações que variam de 10 e 30 mil reais. Se o ofensor for menor de idade, são aplicadas medidas socioeducativas com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Quem compartilha calúnias e mensagens de ódio nas redes sociais ou re-encaminha vídeos íntimos no WhatsApp, por exemplo, também pode estar sujeito a punição.

"Quando alguém ajuda a disseminar um conteúdo ilegal, pode ser considerado um colaborador. E também pode responder na medida da sua participação. Já a curtida no Facebook pode não representar um ilícito em si, mas, se o comportamento da pessoa for monitorado, evidenciando que ela curte tudo o que é ilegal, é possível se chegar a uma responsabilização", explica o advogado Renato Opice Blum.

Os chamados crimes contra honra na Internet – que envolvem ameaça, calúnia, difamação, injúria e falsa identidade – têm gerado cada vez mais processos judiciais. Um levantamento divulgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) lista 65 julgamentos recentes que resultaram em pagamento de indenizações, retirada de páginas do ar, responsabilização de agressores e outras condenações em favor das vítimas.

CPI dos Crimes Cibernéticos

Os excessos nas redes sociais viraram tema político com a CPI dos Crimes Cibernéticos. Nesta semana, o fundador do movimento Revoltados On Line, Marcello Reis, depôs na CPI sobre declarações racistas e xenófobas que teriam sido divulgadas nas redes sociais pelo grupo que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A CPI ouviu também o publicitário Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada.

A sessão realizada na terça-feira (27/10) terminou com um protesto anti-PT, e a comissão instalada em agosto foi criticada por se tornar "palanque" de grupos antigoverno. Mas os especialistas ouvidos pela DW Brasil defendem que é preciso superar a disputa política. O principal papel da CPI deve ser propor leis que preencham as lacunas legais para o combate a crimes na Internet.

"É preciso leis para atualizar certos comportamentos, como o agravamento de pena para quem pratica cyberbullying, ampliação do tempo de guarda dos registros para identificação de criminosos e o aumento da responsabilização de quem hospeda conteúdos ilegais", observa Blum.

Revista e prisão digitais

Na opinião de Peck, a falta de educação e a impunidade contribuem para os excessos na Internet. "Sem educação em ética e leis, corremos o risco de a liberdade de expressão e o anonimato digital se tornarem verdadeiros entraves na evolução da sociedade digital, pois torna o ambiente da internet selvagem e inseguro", observa.

O cyberbullying leva a indenizações de até R$ 30 mil

Os crimes contra honra na internet são combatidos com leis já existentes, como a própria Constituição, o Código Civil e o Código Penal. Já a Lei do Marco Civil da Internet acabou justamente por contribuir para o aumento dos crimes digitais, afirma Peck. Segundo ela, o texto dificulta as investigações por exigir o despacho de ordens judiciais. "Isso elimina o 'flagrante online', essencial para combater crimes como cyberterrorismo, pornografia infantil e tráfico de entorpecentes", diz.

"Precisamos estabelecer o procedimento de 'revista digital' para verificar dispositivos como celulares e tablets de indivíduos suspeitos no momento da abordagem policial, visto que a evidência do crime não estará anotada num papel no bolso, mas no WhatsApp, por exemplo", explica. O método já é adotado por países como Estados Unidos e Inglaterra.

Agravamento das penas

A punição do criminoso digital também deve ser aprimorada, com a aplicação do "encarceramento digital". "Não é só prender numa cela, pois o bandido analógico tradicional (versão 1.0) vai aprender com o bandido da web (versão 2.0) e vamos formar nas cadeias em pouco tempo o 'bandido 3.0'", afirma Peck.

Ela explica que ofensas digitais "percorrem o mundo em poucos minutos" e o dano é contínuo, "pois o conteúdo se perpetua na web". "Quem é vítima deste tipo de crime está condenado a conviver com a exposição o resto da vida, o que é uma pena muito maior do que a aplicada ao infrator", que em casos de injúria, difamação e calúnia, recebe pena de prisão de um mês a dois anos, muitas vezes convertida em pagamento de cestas básicas.

Por isso, a advogada defende o agravamento das penas e aumento das indenizações às vítimas. "Aí sim vamos construir uma sociedade digital mais justa e livre. Senão hoje a liberdade fica garantida apenas ao criminoso. Ficamos os demais encarcerados em redomas digitais com medo, e a marginalidade cresce na web."

Fonte: http://www.dw.com/pt/quando-a-liberdade-de-expressão-na-internet-vira-crime/a-18817509