quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Férias escolares: dicas para seus filhos se divertirem com segurança na Internet

As férias escolares chegaram e a atenção com os filhos deve ser redobrada. Com mais tempo dentro de casa e no computador, as crianças estão sujeitas a ataques virtuais a todo momento.

Foto: UOL

Você já ouviu falar em Cavalos de Tróia, ataques de phishing, sexting e spam? Não?!? Então, procure se informar sobre essas e outras ameaças para proteger os seus filhos contra o cyberbullying e o cibercrime e para proteger a vida digital deles.

Para te ajudar nessa tarefa, o UOL Antivírus preparou um pequeno manual para os seus filhos curtir as férias com segurança na Internet. Confira: 

Lute contra o cibercrime

O cibercrime é, basicamente, a invasão de desconhecidos na sua máquina para roubar dados sigilosos. Eles agem por motivação financeira e com diferentes recursos. Para se proteger das diversas pragas digitais que eles criam (os vírus, cavalos de tróia, phishing, etc) é preciso instalar um antivírus potente, um anti-rootkit e anti-spyware. Optar por senhas mais seguras na rede da sua casa também ajuda na proteção. 

Em seguida, oriente os seus filhos a não clicar em nenhum hiperlink e a não responder ou abrir mensagens não solicitadas. E-mails e contas em redes sociais também merecem uma senha segura. Alerte os seus filhos!

Por fim, peça às crianças que informem quando elas cometem algum desses erros. Muitas vezes, elas sabem que fizeram bobagem, mas têm receio de admitir. Aí, pode ser tarde de mais e sua máquina já estará nas mãos de criminosos.

Fique de olho no cyberbullying

Diferente do cibercrime, o cyberbullying é cometido por pessoas conhecidas. A intenção delas é causar constrangimento na vítima entre conhecidos, um verdadeiro bullying virtual. Expor alguma situação desagradável, receber mensagens de assédio e de ódio em redes sociais e e-mail virou algo comum para pelo menos 20% das crianças.

Uma boa dica para evitar esse tipo de problema é aconselhar seus filhos a não darem as suas senhas pessoais para os amigos. Se fizer isso, a criança perde o controle sobre a sua página e tudo o que é publicado por lá. 

Outra boa dica é pedir para que a criança comunique todo tipo de confronto, mesmo digital, para os pais. Sabendo do que está acontecendo, os responsáveis podem salvar os ataques e comunicar a situação a escola ou, dependendo do caso, para a polícia.

Controle o acesso dos filhos na Internet

Não se trata de proibir o acesso da Internet. Mas, os especialistas em segurança aconselham, as crianças precisam de regras para entrar na Internet. 

E isso é importante para que a infância não fique restrita ao computador. As regras ajudam as crianças a aproveitar o bom que a vida na internet (e fora dela) oferecem.

Fonte: http://seguranca.uol.com.br/antivirus/dicas/curiosidades/ferias-escolares-dicas-internet.html#rmcl

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Mantenha seu filho seguro nas redes sociais! Confira 5 dicas

45% das crianças brasileiras começaram a usar mídias sociais quando tinham entre 08 e 10 anos.


Intel Security alerta os pais para que fiquem atentos à segurança dos pequenos na Internet. Uma pesquisa [1] realizada pela companhia, que ouviu 507 crianças e adolescentes no Brasil, revelou que 83% das crianças entre 8 e 12 anos já são ativas nas redes sociais. O índice sobe para 97% entre adolescentes de 13 a 16 anos.

Hyppolito explica que a superexposição nas redes sociais também podem causar muitos danos às crianças hoje e no futuro. “A criança muitas vezes encara a mídia social como uma ferramenta para a sua popularidade entre os amigos e não tem noção do alcance dessas informações. Ao divulgar os locais onde frequenta, ostentar seus pertences ou postar foto com uniforme da escola, ela está divulgando informações pessoais que podem ser usadas por criminosos”, comenta.


Veja algumas dicas da Intel Security para aumentar a segurança das crianças nas mídias sociais.

1. Converse com seus filhos. Frequentemente converse com as crianças sobre os riscos das mídias sociais e assuntos como reputação online, cyberbullying, interação com estranhos. Aproveite os temas sobre violação de segurança abordados em notícias ou casos acontecidos em escolas para conversar com as crianças.


2. Defina regras. Defina um tempo máximo que a criança pode ficar na Internet por dia e quais são os jogos, sites e aplicativo que ela pode usar.


3. Tenha acesso às senhas. Os pais devem ter as senhas para total acesso aos dispositivos dos filhos e também as senhas usadas por eles nas contas de mídia social e aplicativos.


4. Conheça as mídias sociais que seu filho usa. Crie contas nas mídias sociais mais populares para entender como funcionam e quais os perigos que podem oferecer. Tente ficar bem informado sobre os novos aplicativos e redes sociais que aparecerem.




5. Leia as indicações de jogos e aplicativos. Antes de permitir que seu filho baixe um novo jogo ou aplicativo conheça as restrições de idade e leia os comentários de clientes sobre eles, assim você será capaz de discernir se um aplicativo é adequado para o seu filho ou não.

Proteja sua família de uma forma completa. A Intel Security recomenda manter seus dispositivos seguros com uma solução de segurança abrangente como o Terra Antivírus Multidispositivo .

[1] Pesquisa: Realidade cibernética: O que os pré-adolescentes e adolescentes estão fazendo online, 2015.

Por: Thiago Hyppolito, Engenheiro de produtos da Intel Security 

Fonte: http://conteudopublicitario.terra.com.br/terra-antivirus/mantenha-seu-filho-seguro-nas-redes-sociais-confira-5-dicas,0b44e15814eeca0844f2f9f1ece913bbav62um8b.html

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Internet nas Férias

Tempo de férias, tempo para deixar por momentos a Internet.

Sabemos que as novas tecnologias vieram para ficar. São um sinal importante de mudança nas sociedades de hoje e quem as combate dá sinal de uma visão passadista, que não contribui para o esclarecimento sobre a sua utilização, nem ajuda a encontrar soluções quando o uso não é adequado.

As crianças e adolescentes dos nossos dias são utilizadores natos. A Internet permite uma grande autonomia na procura de informação e contribui para importantes mudanças no relacionamento interpessoal, sobretudo com amigos.

Foto: Clickgrátis

Pais e avós sentem por vezes insegurança no modo como devem conviver com a utilização do computador pelos mais novos, tendo em conta que o uso se inicia em idades cada vez mais precoces. É muito importante que o controlo (compreensível) nunca seja feito sob a forma de uma luta entre gerações mas, pelo contrário, possa ser um motivo para o diálogo intergeracional, cada vez mais importante nos nossos dias. O papel das gerações mais velhas é imprescindível para ajudar a selecionar a informação e a estruturar o conhecimento que daí possa resultar.

Algumas famílias, crianças e jovens passam demasiado tempo face a um computador, ou em mensagens sucessivas a partir de um celular. Em muitos casos, há real ausência de alternativas, sem que os utilizadores (pais e filhos) se interroguem sobre o que podem perder quando estão horas seguidas frente a um teclado…

As férias são um momento privilegiado para encontrar essas outras opções. A praia, os passeios, o desporto e mesmo a diversão nocturna constituem ocasiões certas para um afastamento da Internet. Estas alternativas são cruciais para todos aqueles que já evidenciam alguns sintomas de dependência da Internet, o que hoje não é raro em bastantes jovens. Sendo todos utilizadores frequentes, temos de ter especial atenção àqueles que mostram sinais de dependência, como uso imperioso cada vez mais frequente, falta a compromissos escolares ou familiares, fuga a refeições, recusa agressiva a combinações da família ou insónias persistentes, entre outras manifestações. Os jogos online constituem um problema difícil, porque obrigam a comparecer frente ao ecrã a horas que podem levar a conflitos com a família, porque muitas vezes implicam contactos com países distantes.

cyberbullying (bullying pela Internet), traduz perseguição sistemática e deliberada de alguém mais forte sobre outra pessoa, muitas vezes a coberto de anonimato. Devemos encorajar as crianças e jovens mais vulneráveis a procurarem ajuda junto de um adulto responsável, quando essas situações surjam. O mal-estar pessoal e social, provocado por estes comportamentos repetidos de humilhação e provocação, é sempre de ter em conta, de modo a evitar possíveis consequências graves no campo da saúde mental. O suicídio é sempre determinado por um conjunto de circunstâncias, mas existem mortes autoprovocadas em que o cyberbullying teve um importante efeito precipitante. Em família, é importante evitar situações de fuga ou dissimulação face à utilização excessiva da Internet: aqui, como em tantas outras situações, pais, avós e filhos devem encarar o problema e encontrar soluções, que passem por uma utilização frequente (inevitável) mas não problemática.

Amigos leitores, aproveitem as férias para encontrar novas formas de convívio familiar. Não tenham medo e ponham a Internet também a descansar.

Por: Daniel Sampaio

Fonte: http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/internet-nas-ferias-1704038

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Docentes da UFSCar e da Universidade de York realizam pesquisa sobre cyberbullying de alunos contra professores

Estudo analisou postagem em redes sociais de casos feitos por estudantes brasileiros e ingleses; artigo foi publicado em periódico "editado pela British Psychological Society.



O professor Antônio Alvaro Soares Zuin, do Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e o professor Chris Kyriacou, do Departamento de Educação da Universidade de York, na Inglaterra, realizaram uma pesquisa que investigou as características do modo como jovens alunos praticam cyberbullying contra seus professores. O estudo, intitulado “Characterising the Cyberbullying of Teachers by Pupils", teve seu mérito científico reconhecido, já que foi publicado na edição especial do periódico The Psychology of Education Review após ter sido selecionado como um dos melhores trabalhos apresentados na Conferência Anual da Sociedade Britânica de Psicologia em 2014, na Seção de "Psicologia da Educação".

Durante a pesquisa, realizada de janeiro de 2014 a março de 2015, os pesquisadores analisaram como estudantes brasileiros e ingleses, pertencentes à faixa etária de 14 a 17 anos, praticavam cyberbullying contra seus professores, principalmente por meio da postagem de comentários e imagens humilhantes em redes sociais e de vídeos no YouTube, cujas imagens foram registradas nas escolas ou em seus arredores. Com estes estudos, os professores constataram o agravamento dos casos de cyberbullying contra professores feitos por alunos brasileiros e ingleses e compararam os dados dos dois países. “Embora a pesquisa tenha sido realizada in loco nos dois últimos anos, nota-se que o aumento de casos ocorre, no Brasil, a partir de 2009; na Inglaterra, o aumento acontece a partir de 2010. Não temos números exatos mas, incluindo casos encontrados no YouTube, Facebook e blogs, pode-se dizer que, de janeiro de 2014 a março de 2015, foram centenas”, afirma.

Segundo Zuin, no caso específico do YouTube, a quantidade de vídeos com cyberbullying postados por estudantes brasileiros foi maior do que a postada por alunos ingleses. “Acredito que isto acontece em decorrência do fato de haver mais rigidez no controle da presença dos aparelhos celulares nas escolas inglesas do que no caso das escolas brasileiras”, explica. Por outro lado, há várias fanpages do Facebook elaboradas por alunos ingleses com comentários humilhantes e degradantes em relação a seus professores, o que mostra a situação preocupante também na Inglaterra neste âmbito. “A imagem da autoridade do professor está sendo desconstruída”, alerta.

O pesquisador explica que esse agravamento de casos nos últimos seis anos ocorre por vários motivos. “Um deles se refere ao fato de que a chamada autoridade tecnológica dos aparelhos celulares aumentou nos últimos anos e parece ser bem mais sedutora do que a do professor. Seguindo esta linha de raciocínio, tanto para a sociedade brasileira quanto para a inglesa, a imagem do professor se torna alvo do cyberbullying praticado por seus alunos de uma maneira espantosa”. Na opinião de Zuin, pesquisas nesta área são de extrema relevância para que os agentes educacionais debatam cada vez mais as razões pelas quais o cyberbullying é praticado pelos alunos dentro e fora das escolas com o objetivo de que sejam engendradas políticas educacionais de combate a este tipo violência online. “Temos o intuito de dar continuidade a estes estudos, sobretudo em relação à pesquisa de novas formas de cyberbullying praticadas por alunos em relação aos seus professores. Só assim conseguiremos, a longo prazo, reprimir novos casos”, analisa.

De acordo com o professor Zuin, este trabalho foi um dos resultados do intercâmbio realizado entre os grupos de pesquisa sobre bullying e cyberbullying, coordenados por ele e pelo professor Kyriacou. O intercâmbio foi financiado com recursos obtidos junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no período de pesquisa mencionado – janeiro de 2014 a março de 2015.

Para o docente, o fato de a pesquisa ter sido publicada no periódico Psychology of Education Review é importante para a divulgação do assunto e é também um exemplo do reconhecimento internacional de trabalhos realizados na UFSCar – notadamente no DEd, que tem como uma de suas práticas incentivar o intercâmbio de grupos de pesquisa com universidades do Brasil e do exterior. “A produção conjunta com o docente da Universidade de York foi de grande relevância, principalmente pela possibilidade de se engendrar novas teorias e práticas metodológicas concernentes a fenômenos culturais recentes”, finaliza.

O artigo “Characterising the Cyberbullying of Teachers by Pupils” pode ser acessado na íntegra pelo site da The British Psychological Society, em bit.ly/1ICxePo.

Data: 09/12/2015
Por: UFSCAR


Fonte: http://www.segs.com.br/educacao/sobre-educacao/categ-educacao/71186-docentes-da-ufscar-e-da-universidade-de-york-realizam-pesquisa-sobre-cyberbullying-de-alunos-contra-professores.html

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Pesquisa mapeia comportamento infantil no Youtube



Apesar de o Youtube ter classificação etária de 18 anos, seu público é composto, também, por adolescentes, crianças e bebês. Não é preciso navegar muito pelo site de compartilhamento de vídeos para se deparar com uma enorme quantidade de canais consumidos e até produzidos por crianças. Segundo levantamento da pesquisadora Luciana Corrêa, do ESPM Media Lab, que buscou mapear o comportamento infantil no Youtube, é possível identificar entre os cem canais de maior audiência na plataforma, 36 que abordam conteúdo direcionado ou consumido por crianças de zero a 12 anos. E mais: quando considerados os 110 principais canais infantis, o número de visualizações passa de 20 bilhões.


Para facilitar o reconhecimento de tendências, Luciana dividiu os canais selecionados para a pesquisa em sete categorias.

A maior parte, 39, é de games (principalmente Minecraft), 27 canais são de youtubers mirins e youtubers teens, 22 são de programação de TV infantil (desenhos e novelas), 14 de desenhos e musicais infantis não disponíveis na TV, 7 de unboxing (abrir caixas de brinquedo e apresentá-los) e 1 canal educativo.

Apesar de se encontrarem na penúltima posição, os vídeos de unboxing são um fenômeno, na opinião da pesquisadora. No recorte de audiência dos 15 maiores canais infantis, de 0 a 2 anos de idade, seis abordam essa narrativa, atingindo uma audiência de mais de 1 bilhão de visualizações. “Os dados apontam que o crescimento destes canais está em uma curva ascendente e muito acentuada”, ressalta Corrêa.

Para Fernanda Furia, fundadora do Playground da Inovação e mestre em Psicologia de Crianças e Adolescentes, com relação às crianças, especialmente aquelas entre 0 e 2 anos, os vídeos unboxing não apresentam muitos benefícios. “Ao contrário, eles acabam tendo efeitos polêmicos no desenvolvimento de uma criança: geram mais expectativa para comprar um determinado brinquedo, estimulam a vontade de ter mais coisas e, muitas vezes, incentivam uma ostentação entre as crianças para ver quem possui mais. Além disso, este tipo de vídeo acaba estimulando um tipo de brincar pouco criativo”. 

A descoberta mais impactante da pesquisa, segundo Luciana, confirma uma tendência já apontada em estudos da Europa, que indica que quanto mais cedo a criança é inserida na plataforma, maior será o seu consumo quando for mais velha. “O consumo no Youtube será muito maior daqui a alguns anos. Está havendo uma migração da programação infantil da TV para a web”.

Impactos

A psicóloga Fernanda Furia considera a revolução digital importantíssima, e diz que ela deve ser abraçada, porém, com cautela, bom senso e consciência. “Precisamos desenvolver uma cidadania digital, ou seja, um uso responsável, ético e consciente das redes sociais e da tecnologia”, defende. Na sua opinião, a tecnologia não é, em si, nem vilã nem heroína. “A função e o impacto que ela tem na vida de uma pessoa é que precisam ser analisados com cuidado”, pondera.

Apesar da recomendação de especialistas de que aparelhos tecnológicos sejam usados apenas depois dos 2 anos de idade e, por no máximo, duas horas por dia, é o conteúdo consumido pelas crianças que deve merecer uma atenção especial dos pais, na avaliação de Fernanda. "O mais preocupante em todo este contexto é o tipo de jogo com o qual ela está brincando, com quem ela está se comunicando nas redes sociais e, principalmente, qual é a função que o uso das tecnologias está tendo na vida daquela criança e daquela família". Neste sentido, Corrêa endossa que sua pesquisa serve como um alerta para que os responsáveis nunca deixem de acompanhar o que a criança está vendo e ouvindo. “Tem que existir o cuidado com a mediação, afinal o Youtube é para maiores de 18 anos”, recomenda.

Youtuber mirim

Ian Pinheiro de Souza, de 11 anos, grava vídeos para o canal Hey Ian desde o ano passado. Autodidata, ele pensa o tema que quer abordar, grava, edita e manda para a plataforma. 

Apesar de afirmar que faz por diversão, ele espera lucrar com a atividade dentro de dois anos. “Para viver a vida do Youtube, é necessário confiança, carisma e foco”, ensina. O pequeno pretende seguir gravando vídeos para a plataforma por tempo indeterminado. 

Os pais de Ian não só acompanham seu trabalho, como o apoiam integralmente. Esta mediação é fundamental na opinião de Furia, que entende que os adultos devem ter mais consciência dos benefícios e, principalmente, dos riscos e abusos inerentes à internet. “Só assim poderemos ajudar as nossas crianças a crescer desenvolvendo uma visão crítica sobre os diferentes conteúdos online”, argumenta ela. 

Na opinião da psicóloga, a exposição de crianças não é um tema novo. Nas últimas décadas, há vários casos de celebridades mirins que fizeram sucesso em programas de TV e filmes. Porém, segundo ela, a internet proporciona uma dimensão bem maior. “Crianças e jovens que se expõem demais na internet podem ser uma porta de entrada para abusos de vários formatos, como pedofilia, estímulo excessivo ao consumismo, exploração por parte das grandes marcas para vender mais... Além disso, como todo este conteúdo produzido pelas crianças ficará registrado para sempre na internet não sabemos como elas vão lidar com isso quando crescerem”, alerta.

Criado em 08/12/15 09h39 e atualizado em 08/12/15 11h21
Por Bruna Ramos Fonte:Portal EBC

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Exposição de crianças nas redes sociais viola direitos

Viva Maria fala sobre vídeo onde uma menina de uns três anos de idade afirma querer um marido.



O Rádio Mulher, pede emprestado os olhos das câmeras que se colocam a serviço das redes sociais com o intuito de conseguirem "bombar" vídeos de produção caseira, para comentar um vídeo que até sexta- feira passada (4), já tinha atingido mais de três mil visualizações.

Falo de um vídeo onde uma menina de uns três anos de idade afirma querer um marido. O vídeo tem pouco mais de dois minutos de duração e durante a gravação, a mãe, provavelmente, autora da produção, pergunta para criança por que ela está chorando e a menina responde que "quer um marido para não ficar para trás". A mãe questiona insistentemente o motivo do desejo dela, afirmando que criança não tem marido e, sim, pai e mãe. A criança então responde que o pai é marido da mãe e que ela vai arranjar na escolinha um marido "pequenininho" para morar com ela.

Ao longo da filmagem, é possível ouvir a mãe rindo, enquanto a criança chora. Ao final, a menina pede à mãe que não a filme mais chorando. Mas a mãe parece estar surda ao apelo da filha!

Viva Maria desta terça-feira (8) compartilha sua perplexidade diante das cenas com a médica Rachel Niskier, pediatra há mais de 40 anos e consultora do projeto Nas Ondas do Rádio a Prevenção da Violência contra Crianças e Adolescentes, do Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF da Fiocruz.

Ela lembra que colocar crianças em situação de constrangimento ou humilhação é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ouça a opinião da pediatra sobre o vídeo na entrevista disponível desta matéria aqui:  http://radios.ebc.com.br/viva-maria/edicao/2015-12/exposicao-de-criancas-nas-redes-sociais-viola-direitos

Desde o início da década de 80 as mulheres sabem: têm voz no rádio brasileiro. Com mais de 30 anos dedicados à defesa dos direitos da mulher, o Viva Maria apresenta temas relevantes e entrevistas com personalidades que contribuem para a melhoria da vida da mulher. Em formato de programete, o Viva Maria é presença garantida na programação das Rádios EBC. A apresentação e produção são de Mara Régia

Clique aqui para ler o Estatudo da Criança e do Adolescente.


Fonte: http://radios.ebc.com.br/viva-maria/edicao/2015-12/exposicao-de-criancas-nas-redes-sociais-viola-direitos

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Pais temem aumento de ameaças on-line direcionadas aos filhos, diz estudo

A Kaspersky Lab e da B2B International realizaram pesquisa que constatou que 30% dos pais acham que não têm qualquer controle sobre o que os seus filhos assistem ou fazem online, e 38% temem que a relação das crianças com a Internet se torne num vício. Foi revelado ainda que mais de metade dos adultos com pais e avós ligados à Internet preocupa-se com o fato da da vulnerabilidade.

Catarina Gomes, 2015/12/07, 13:52



O estudo evidenciou que mais de metade dos participantes acredita que os perigos que os seus filhos correm on-line estão aumentando. Outra das preocupações é o risco de as crianças acessarem conteúdos inadequados ou explícitos, sendo que quase dois terços estão convencidos de que as crianças têm acesso sem restrições a esse conteúdo.

Outro receio dos pais é a possibilidade de as crianças encontrarem e se comunicarem com estranhos e divulgarem informações pessoais. Dos entrevistado, 38 % temem que os seus filhos possam se tornar dependentes da Internet e passar demasiado tempo online.

Seguidamente, na lista de preocupações, surge o risco de as crianças encontrarem e provavelmente não conseguirem reconhecer algum malware, para 37 % dos pais. O bullying virtual aparece apenas em 35% das respostas.

Adicionalmente às ameaças online às crianças, os pais também se preocupam que outras pessoas da família possam ser afetadas pelo comportamento descuidado das crianças. Por exemplo, a exclusão acidental ou perda de dados, ou despesas inesperadas por compras em aplicações de jogos on-line e de entretenimento.

Além desses receios, 52 % dos inquiridos têm pais que acessam a Internet e 29 % do total preocupa-se com a possibilidade de os idosos correrem riscos online e não saberem lidar com eles. Os abordados no levantamento que têm avós com hábitos online consideram-nos ainda mais vulneráveis, sendo que dois terços – 13 % do universo total – preocupa-se com o que esses usuários podem encontrar na web.

As maiores preocupações em relação aos internautas mais velhos incluem o risco de se tornarem vítimas de malware ou de fraudes on-line; de perder dinheiro por causa de ameaças virtuais; ou de serem espiados. O estudo revela que a comunicação online com estranhos e o acesso a conteúdo impróprio/explícito também fazem parte das preocupações de quem tem pais e avós acessando a Internet.

“A proteção é um instinto paternal, mas a Internet está mudando as regras. O nosso estudo revela que muitos pais temem que o número de ameaças online direcionadas aos seus esteja aumentandoaumentar, mas muitos deles não tomam qualquer medida para proteger a sua família e mais de metade nem chega mesmo a conversar com as crianças sobre os perigos virtuais. E com um número significativo de adultos a preocuparem-se também com a falta de experiência online dos mais velhos, é essencial trazer o tema segurança na Internet para o ambiente familiar e proteger, assim, os nossos entes queridos”, afirma Alfonso Ramirez, diretor geral da Kaspersky Lab Iberia.

O responsável insiste ainda na importância de uma educação digital e na conversa entre os pais e as crianças/avós. “É muito importante que eles saibam como se proteger e aprendam a bloquear/evitar abordagens indesejadas e outros conteúdos suspeitos”, conclui Ramirez.

Fonte:  http://www.bitmag.com.br/2015/12/pais-temem-que-numero-de-ameacas-online-direcionadas-aos-seus-aumente-diz-estudo/#GK4UJ0clIBVXJZUk.99

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

‘O Presente’ aborda adultos que não superaram efeito do bullying

O bullying tem sido usado como tema central de várias produções cinematográficas e é também o tema central de “O Presente”, em cartaz nos cinemas de Uberlândia desde quinta-feira. Porém a ideia do diretor Joel Edgerton, que também atua no longa, foi ir além de um filme com o que se acontece dentro da escola. “Me entusiasmei para fazer um filme sobre o assunto quando pensei em como isso afeta as pessoas no decorrer de suas vidas. Ao invés de contar uma história que acontece no colegial, queria contar uma história com pessoas da minha idade usando esse conceito de como seria encontrar a pessoa que você tratou mal na época da escola ou o contrário”, diz ele, em vídeo de divulgação do longa.


O thriller tem colecionado elogios da crítica especializada e conta a história de um jovem casal que muda drasticamente quando um conhecido do passado do marido ressurgir na vida deles. Ao trazer presentes misteriosos, um terrível segredo que ficou enterrado por mais de 20 anos vem à tona. “Sempre fui interessado em temas como bullying e esses papéis que fazemos na escola. Lembro-me de alguns incidentes em que estive dos dois lados. Aprendi muito cedo que não se pode ser cruel com ninguém por saber como ruim quando acontece com você”, afirma Edgerton.

O ator e diretor interpreta Gordon, um antigo colega de escola que reaparece na vida de Simon (Jason Bateman), trazendo uma sombria revelação do passado. À medida que a esposa de Simon, Robyn (Rebecca Hall) vai conhecendo Gordon, ela começa uma busca pela verdade até descobrir o que realmente aconteceu entre eles. Dessa forma, o passado parece não ter ficado para trás.

Estratégia

A distribuidora do filme “O Presente”, PlayArte Pictures, criou um hotsite para promover a estreia do filme no Brasil. O internauta responde a algumas perguntas em “Você mudou desde a época da escola?”. As perguntas do teste fazem alusão ao tema do longa e o resultado pode ser compartilhado direto nas redes sociais ou por e-mail. Em menos de uma semana, mais de 10 mil pessoas participaram da brincadeira, que continua no ar.



Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/entretenimento/o-presente-aborda-adultos-que-nao-superaram-efeito-do-bullying/

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

"Pornografia de vingança é um problema de gênero"

Estudantes de jornalismo criam site para conscientizar sobre o crime e exploram em quais leis as vítimas podem se apoiar



A pornografia de vingança – divulgação de imagens íntimas não consentidas na internet –atinge cada vez mais usuários (do sexo feminino, em sua grande maioria) no ambiente digital, gerando danos muitas vezes irreparáveis à vida das vítimas. Na tentativa de conscientizar sobre um crime em ascensão na última década no Brasil, as estudantes de jornalismo Júlia Barbon, Julia Latorre e Ketlyn Araujo, da Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, lançaram o site Pornografia de Vingança, orientadas pela professora Michelle Prazeres. A plataforma traz relatos de vítimas e informações sobre como se proteger com o auxílio das leis, além de projetos em trâmite para a retirada das imagens da rede e da punição dos agressores virtuais.

Dados da Safernet, uma das ONGs de referência que presta apoio a vítimas de crimes virtuais, mostram que as notificações de pornografia de vingança crescem com força no país: em 2013, foram 101 pedidos de ajuda contra 224 no ano seguinte, mais do que o dobro — sem contar os casos que não são contabilizados. As estudantes afirmam: a questão é de gênero e a solução para o crescente problema não consiste em “deixar de mandar nudes”, mas em deixar de compartilhar a intimidade alheia sem consentimento.

ÉPOCA – Após o período de estudo, vocês chegaram à conclusão de que é difícil remover as fotos íntimas nas redes sociais por uma questão burocrática e de políticas internas dos provedores ou por falta de informação das vítimas?
Júlia Barbon, Julia Latorre e Ketlyn Araujo – Os dois. Como o problema é relativamente novo, as vítimas não sabem por onde começar. Há instituições que prestam auxílio nesse sentido, mas faltam informações ao grande público. Essa foi uma das intenções do trabalho, prestar um serviço a essas vítimas. Com relação à política interna dos provedores, o Marco Civil da Internet hoje obriga essas empresas a remover o conteúdo imediatamente, se solicitado. No entanto, a internet é um ambiente dinâmico e não há como garantir que o conteúdo será 100% excluído.


ÉPOCA – Há necessidade de educar os usuários no ambiente digital? Vocês acreditam que houve progresso com o Marco Civil da Internet, por exemplo?
Júlia, Julia e Ketlyn – De acordo com a nossa apuração, um dos problemas que leva à pornografia de vingança é, sim, a falta deeducação na internet. Os pais não entendem o que os filhos vivem na rede, e os professores também não dão o suporte necessário para que crianças e adolescentes atuem no ambiente digital. As pessoas tratam a internet como algo separado da vida "real", quando essa divisão não existe necessariamente. Ou seja, a educação ética para as relações sociais "normais" deveria valer para as relações virtuais também. Entendemos que o Marco Civil não tem relação direta com a educação, mas que depois dele o debate sobre os limites do uso da internet se ampliou. 

ÉPOCA – Incentivar a educação sobre questões de gênero nas escolas é uma saída para reverter o grande número de vítimas mulheres em casos de pornografia de vingança?
Júlia, Julia e Ketlyn – Sem dúvidas. Percebemos que esse problema é muito recorrente nas escolas, e falar sobre gênero nesse ambiente é fundamental, já que a maioria das vítimas são mulheres.

ÉPOCA – Por que o interesse de mulheres por sexo na internet ainda é uma questão condenável na nossa sociedade?
Júlia, Julia e Ketlyn – Porque a mulher ainda é vista como alguém que deve viver uma vida privada. A mulher sempre foi ensinada a se preservar e a manter sua sexualidade discreta, enquanto o homem é estimulado a ter uma vida sexual ativa desde cedo. Quando ela "invade" o ambiente público, é como se a sociedade sentisse necessidade de fazê-la voltar ao seu lugar. É aí que entra o julgamento.

ÉPOCA – Diante dos relatos e contato com as vítimas, vocês consideram que elas estavam informadas sobre os procedimentos para remover as imagens ou para punir os agressores?
Júlia, Julia e Ketlyn – Não, a Justiça só foi acionada em dois casos dos oito que relatamos, sendo que em um deles a adolescente havia cometido suicídio. A maioria delas disse que não acreditava na eficácia do sistema judiciário e que não achava que os agressores seriam punidos da forma como gostariam. Diante da apuração, percebemos que são poucas as instituições que auxiliam vítimas nesse sentido.

ÉPOCA – Vocês mapearam a história da pornografia de vingança. De que maneira ela se popularizou?
Júlia, Julia e Ketlyn – A história da pornografia de vingança está relacionada principalmente à popularização da internet e dossmartphones. Com o surgimento de câmeras digitais, câmeras de celular etc., fica cada vez mais fácil se fotografar ou se filmar, assim como compartilhar essas imagens. Foi depois disso que fenômenos como selfie, sexting e nudes se espalharam. Ela está ligada também ao crescimento da pornografia amadora. É uma pornografia amadora deturpada, como disse a socióloga Carolina Parreiras. As pessoas se identificam e se sentem mais próximas desse tipo de conteúdo, só que no caso da pornografia de vingança há consequências ruins.

ÉPOCA – As vítimas que vocês conversaram buscaram apoio psicológico?
Júlia, Julia e Ketlyn – Uma parte das vítimas com quem conversamos procurou, a outra não. Varia muito de caso para caso. Muitas têm medo de contar para os pais e amigos, e consequentemente não buscam auxílio, nem psicológico nem jurídico. Outras passam por problemas como depressão ou transtornos alimentares e acabam precisando de ajuda.

ÉPOCA – Para vocês, qual seria a solução: a mulher deve deixar de "mandar nudes" ou é a fiscalização sobre esses compartilhamentos sem consentimento que deve aumentar?
Júlia, Julia e Ketlyn – Uma das conclusões a que chegamos depois do trabalho é de que a solução não é deixar de mandar nudes, até porque esse comportamento já faz parte das novas gerações e não será revertido. O problema está em divulgar a intimidade de alguém sem o consentimento desta pessoa. Mas achamos que não é caso de fiscalizar quem compartilhou. Acreditamos que o caminho é a conscientização — tanto de quem divulga esse material quanto das pessoas que o compartilham e julgam a vítima. É preciso mostrar que isso é um crime e pode ter consequências muito graves.

ÉPOCA – Em que nível a pornografia de vingança é um problema de gênero?
Júlia, Julia e Ketlyn – A pornografia de vingança é um problema de gênero. A grande maioria das vítimas é mulher e, segundo uma das coordenadoras da ONG Safernet, Juliana Cunha, o restante é de homens homossexuais. Ouvimos falar em poucos casos de vítimas do gênero masculino que sofreram com o revenge porn [pornografia de vingança] e, nesses casos, as consequências foram muito diferentes: ou eles são os "fodões" por transarem com a mulher ou são criticados por "terem o pau pequeno" e coisas do tipo. O julgamento sempre recai sobre elas.

ÉPOCA – Qual foi o maior aprendizado com a pesquisa? E os maiores desafios?
Júlia, Julia e Ketlyn – Aprendemos, principalmente, que aquilo que fazemos no "mundo virtual" não está separado da nossa vida offline, mas que não devemos restringir a liberdade do nosso corpo por causa dessas questões. Os maiores desafios foram em relação às questões éticas que tivemos de enfrentar ao longo do trabalho. Optamos por priorizar a voz das vítimas mulheres, principalmente pela questão de gênero já explicada. Em respeito ao pedido delas, decidimos não conversar com os agressores. Além disso, procuramos ter um cuidado especial no momento de fazer as entrevistas, já que esse é um assunto delicado e não pode ser tratado como algo banal.

GABRIELA VARELLA E PAULA SOPRANA
03/12/2015 - 12h55 - Atualizado 03/12/2015 16h58

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Comercial mostra como Internet pode assustar crianças


São Paulo - As últimas gerações estão cada vez mais conectadas.

Se há algum tempo o contato com o computador só acontecia na adolescência, hoje as crianças praticamente já nascem com dispositivos em mãos e sabem manuseá-los tão bem que muitas vezes são capazes de dar uma aula para os adultos.

A Internet, ao mesmo tempo em que pode ser benéfica em diversos níveis para os pequenos, também funciona como um terreno bastante perigoso devido ao fácil acesso a conteúdos impróprios.

Para conscientizar os pais sobre a importância de supervisionar o acesso de seus filhos, a ONG suíça Action Innocence e a Havas Genebra deram vida a personagens infantis.


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No filme, super-heróis e ursinhos se assustam com o conteúdo que as crianças estão vendo na Internet. O impecável trabalho de animação dá vida e o tom realista que a campanha merece para tratar de um assunto tão importante.


Fonte: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/comercial-mostra-como-internet-pode-assustar-criancas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Alunos tentam virar o jogo e superar o bullying em escola pública do Rio

Fantástico acompanha a rotina de alunos para descobrir como o bullying acontece. Vítimas vão ficar frente a frente com os valentões em nova série.


Foto: Reprodução

Estreia a nova série do Fantástico: Eu Amo Quem Sou. Com a ajuda do psiquiatra infantil Fábio Barbirato e da preparadora de elenco Fátima Toledo, mais de 30 crianças de uma escola pública do Rio de Janeiro vão ter de lidar com as emoções e encarar o bullying de frente. Quem vê? Quem sofre? Quem faz? E afinal de contas, o que é bullying? Acompanhe as histórias do Lucas, do Matheus e da Sabrina e descubra como eles vão fazer pra enfrentar as agressões que vêm sofrendo na escola. Assista o primeiro episódio no vídeo acima.

Edição do dia 29/11/2015

29/11/2015 21h45 - Atualizado em 29/11/2015 21h45

Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/edicoes/2015/11/29.html#!v/4642368

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Polícia do DF apura vídeo com fotos e descrição sexual de adolescentes


Imagens foram tiradas de perfis na web e são acompanhadas de funk. Dez alunas de uma escola pública de Planaltina aparecem no registro.



A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a origem de um vídeo que circula em redes sociais usando fotos de garotas entre 12 e 15 anos de Planaltina, atribuindo-lhes “característica sexuais”. As imagens foram retiradas de perfis em páginas da web – são selfies em casa e na escola ou registro de biquínis. A montagem é acompanhada por uma música do ritmo funk.

Mãe de uma das jovens, uma auxiliar de escritório que preferiu não se identificar conta que denunciou o caso à 16ª Delegacia de Polícia em outubro. Ela descobriu o vídeo por meio da própria filha, depois de chegar do trabalho. Segundo a mulher, a menina não tem inimigos.

“Ela ficou bastante abalada, estava chorando. Por sorte, [na época] não estava tendo aula [por causa da greve de professores da rede pública], porque o impacto teria sido maior”, afirma a mulher.

Além dela, outra mãe registrou ocorrência pelo crime na polícia. O vídeo traz mais de dez meninas e todas estudam no Centro de Ensino Fundamental 02, conhecido como Paroquial. Junto às fotos, há frases com conteúdo pornográfico, com supostas indicações do que as garotas fariam.

A auxiliar de escritório diz desconfiar que a montagem tenha sido feita por alguém da escola e conta que tentou pedir ajuda à coordenação. Procurada pelo G1, a Secretaria de Educação negou que a direção foi comunicada a respeito do problema e não informou se pretende adotar alguma postura sobre o ocorrido. 

“Ela recebeu o vídeo de uma coleguinha, e todo mundo ficou comentando e perguntando se ela viu que estava no vídeo. É uma coisa horrível. São só palavrões, fotos delas, frases baixas. Do lado do nome e da foto da minha filha, vem ‘dente torto de tanto chupar’. Isso é um absurdo. Ela só tem 12 anos”, disse a mulher.

O caso é investigado como difamação. Se o responsável for descoberto e houver condenação, ele pode pegar entre 3 meses e 1 ano de prisão. A auxiliar de escritório afirma fazer questão de que o autor do vídeo seja identificado.

“Se foi um coleguinha, tem que tomar um medo para nunca mais fazer isso. Isso aí é injúria e difamação, está acabando com a imagem de várias pessoas. Imagina uma menina de 12 anos passando por essa situação”, diz a mãe. “Ela tem medo de sair na rua e ser apontada. E, mesmo ela ficando em casa na época da greve, sofreu constrangimento. Chorou, ficou revoltada.”

“Eu também fiquei revoltada, viu? É um absurdo você ter sua filha, você sabe qual criação você dá, ela está ali, e alguém pega uma foto da sua filha no Facebook na maldade e faz um vídeo somente para difamá-la e acabar com a imagem. A gente nunca aceita uma coisa dessas”, completou.

A Polícia Civil informou ter suspeitos de quem comentou o crime, mas não informou quantos são nem se já foram intimados a depor. Ao todo, três montagens circulam na web.

O incidente ocorreu semanas após a um caso semelhante em Planaltina de Goiás, quando dezenas de meninas também tiveram as fotos associadas a supostas características sexuais em um vídeo.

30/11/2015 06h00 - Atualizado em 30/11/2015 06h00
Por Raquel Morais

Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/11/policia-do-df-apura-video-com-fotos-e-descricao-sexual-de-adolescentes.html