O bullying é um comportamento violento, continuado ao longo do tempo, em que há a intenção clara de afligir, intimidar ou agredir outra pessoa. É um abuso sistemático de poder e pode acontecer em qualquer lugar: escola, empresa, etc.
Pesquisas mostram que, de modo geral, crianças ou adultos que cometem bullying são pessoas que:
- Não aprenderam a transformar sua raiva em diálogo;
- Não se importam com o sofrimento do outro. Pelo contrário, sentem-se satisfeitas com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
- Tem baixa autoestima, no fundo sentem-se infelizes, incapazes ou rejeitadas;
- Escondem algum medo ou frustração por trás.
Geralmente, cometem atos repetidos de humilhação e depreciação para:
- Tentarem ser mais populares no grupo;
- Tentarem obter uma boa imagem de si mesmo;
- Esconderem os próprios medos;
- Tornar outras pessoas infelizes (como ele);
- Vitimar outras pessoas por terem sido vítimas de alguém no passado.
É possível ajudar um adulto ou uma criança para evitar que eles sejam um agressor. Veja algumas dicas:
- Faça um autoexame sobre suas ações do dia-a-dia. Para uma criança deixe claro quais são as ações que humilham, depreciam e agridem as pessoas. Ensine o que é bulllying;
- Identifique ou ajude as crianças a identificarem as próprias inseguranças;
- Reflitam como se sente ao intimidar os outros. Se houver prazer, identificar porquê ver o outro sofrendo dá prazer e encontrar outras formas de resolver as próprias dores que são sanadas de forma errada com o sofrimento do outro;
- Retire-se de grupos de pessoas que te recompensam por intimidar os outros. Ajude os filhos a fazer novas amizades e evitar encontrar com pessoas que exercem má influência;
- Pratique empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro;
- Pratique elogios. Façam mais elogios uns aos outros e reflitam sobre as consequências disso;
- Busque ter opiniões positivas sobre si ou ajude os filhos nesta tarefa, mostrando-lhes concretamente seus pontos positivos, suas potencialidades, etc.
- No caso de pais: dialoguem com os filhos, ensinando-os a resolver conflitos numa conversa. Não transmitam excesso de raiva, impaciência e incômodo em relação aos filhos. Ajude-os a se sentirem amados e aceitos. Pesquisas revelam que filhos rejeitados pelos pais tendem a ser agressivos e fazer bullying em outras pessoas.
- Busque corrigir os erros, pedindo desculpas. No caso de crianças, os pais devem ser firmes em exigir esta postura.
- Procure um profissional especializado em último caso.
Táticas para ajudar as vítimas de bullying são muitas, embora não sejam fáceis. Difícil é tratar o assunto e buscar alternativas que ajudem (além de punir) quem comete estes atos de covardia.
Isso pode acontecer com qualquer família e os pais precisam estar atentos para garantir que os filhos não tenham o perfil de quem comete bulllying.
Para ajudar os filhos a não terem o perfil de quem recebe bullying leia esta matéria publicada em minha coluna na semana passada.
Vamos ajudar a diminuir estes casos de violência! Compartilhem estas dicas!
Por RACHEL MATOS (IPC Digital) – 27/10/2015
*Os artigos aqui publicados são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem, necessariamente, as opiniões do Portal IPC Digital.
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