quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Pesquisa revela que 83% das adolescentes brasileiras têm smartphone

Levantamento nacional feito pela CAPRICHO também mede o grau de engajamento delas como consumidoras; hiperconectadas, a maioria delas não sai do quarto.

FONTE/AUTOR.: CAIO MARTINS | DATA: 29/09/2015



A difusão das plataformas mobile e das redes sociais é a principal raiz de um traço marcante entre as adolescentes de hoje: é na comodidade de seus quartos, e não em ambientes externos, que elas desenvolvem a sociabilidade e constroem uma identidade. Esta é a principal conclusão da pesquisa 101 Quartos, realizada pela CAPRICHO, que revela que as principais atividades ligadas à afirmação da personalidade — como escolher os melhores looks, experimentar produtos de beleza, assistir às suas séries favoritas e interagir com amigos e colegas — se passa principalmente no quarto.

A pesquisa é composta de dois levantamentos — o primeiro, quantitativo, entrevistou 4.747 adolescentes entre 14 e 17 anos das classes A (22%), B (60%) e C (18%); já o segundo, qualitativo, consistiu em visitas aos quartos de 101 adolescentes, presencialmente e por Skype.

Segundo a pesquisa, 100% das entrevistadas têm conexão no quarto e a grande maioria, 83%, tem um smartphone, enquanto 48% têm um computador só delas. Conectadas a maior parte do tempo e trocando dicas e informações por mídias sociais, elas são consumidoras ativas e bem informadas. A maioria (61%) afirma ter um conjunto de make “só delas”. Alguns produtos, mostra a pesquisa, são regra entre as adolescentes: 90% usam máscara para os cílios, 70% usam batom e 64% aplicam pó. O financiamento desse consumo, em grande parte, provém da renda dos pais. Metade das entrevistadas não tem mesada e 54% não têm cartão de crédito — apenas 10% delas trabalham.

Quarto representa segurança

A revista aponta que a conectividade “arejou” o quarto, que assim deixou de ser um espaço confinado e atrelado à família. Dessa forma, as adolescentes podem interagir com outras pessoas e construir suas personalidades onde se sentem protegidas: o quarto atenua os riscos existentes no ambiente externo, como a violência, crime, a exposição física e o custo do deslocamento. Há de se considerar também o momento em que elas atravessam: na passagem para o ensino médio, elas são transferidas de escolas de bairro para colégios em uma região afastada e não familiar, obrigando a adolescente a encontrar novos espaços de convivência e interesse.

O resultado dessa nova configuração, entretanto, é um alto grau de sedentarismo: 70% das entrevistadas confessam que não praticam atividades extras. As principais atividades que se passam no quarto, segundo elas, são estudar, assistir a séries, ler e acessar a Internet.


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Adolescentes postam fotos de automutilação em busca de apoio e seguidores nas redes

Imagens chocantes de braços, pernas e barrigas ensanguentados aparecem em perfis com mais de 3 mil seguidores. Marie Claire conversou com jovens sobre a nova - e perigosa - onda virtual



29/09/2015 06h02 - ATUALIZADA EM: 29/09/2015 13h19 - por Letícia González

Em 1995 não existiam redes sociais. Quando algo se tornava viral, repercutia na TV. Depois no jornal. Repetidas vezes. Foi o que aconteceu nos dias que se seguiram à famosa entrevista que a princesa Diana deu em novembro daquele ano à BBC, com confissões que aceleraram seu divórcio do príncipe Charles.

Entre várias declarações polêmicas, ela assumiu que tinha bulimia e pontuou que os vômitos eram um alerta, um pedido de socorro emocional. Na mesma época, em Hong Kong, um médico chamado Sing Lee identificou uma rápida explosão de casos de distúrbios alimentares na cidade.

Não apenas o número de pacientes aumentou em seu consultório, mas elas tinham um jeito ocidentalizado de se expressar, usavam palavras e termos parecidos com os da entrevista de Diana. Surgiu, então, a pergunta: a confissão da Princesa de Gales estimulou novos casos de bulimia? Ou só deu visibilidade aos que já existiam?

Segundo o psicanalista e escritor Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da USP, a resposta pode ser um pouco dos dois. “Ao escutar essa entrevista, o sujeito diz: isso também está acontecendo comigo. Não é uma identificação com um traço específico da princesa, mas com a causa de seu sofrimento.”

Vinte anos depois, o movimento parece se repetir numa nova geração, com a internet no papel da TV, a automutilação no lugar dos transtornos alimentares. Estimuladas por perfis de jovens depressivas que se machucam e postam as fotos dos cortes nas redes sociais, adolescentes do mundo todo se trancam nos banheiros e repetem a cena: talham a própria pele na tentativa de aplacar uma dor sentimental.

“Para essas meninas, a automutilação funciona como um tipo de ‘automedicação’, uma forma de localizar a angústia difusa em uma parte do corpo sob a forma de dor”, afirma Dunker sobre o cutting, esse fenômeno acentuadamente feminino. “Há também um prazer estético que se obtém pelo olhar do sangue que escorre.”

Quando postam as imagens nas redes sociais, essas jovens recebem comentários carinhosos: conhecidos e desconhecidos escrevem mensagens de apoio para que encerrem a prática. Em geral, são escritas por meninas com as mesmas angústias. Assim um ciclo vicioso de dor e consolo se mantém.

A carioca Aline*, 14 anos, viu pela primeira vez uma dessas imagens em fevereiro de 2014, em um grupo de WhatsApp das amigas. Depois de um desentendimento com a própria Aline, uma das integrantes enviou uma foto do braço recém-perfurado, dizendo que havia se cortado por estar magoada.

“Nunca tinha visto aquilo. Fiquei com medo de ela se matar. À meia-noite, estava sozinha em casa e fiz igual”, lembra. Tinha tanto em comum com a amiga, que gostava de Justin Bieber e funk como ela, que sentiu um impulso incontrolável de imitá-la.

“Estava nervosa com a briga. ‘Se ela fez e a gente é igual, tenho que fazer também’, foi o que pensei. Senão ia ficar com aquilo na cabeça.” Passou, então, a buscar páginas de outras garotas com o hábito de se automutilar no YouTube, no Facebook e no Instagram e a acompanhar suas postagens, tentando entender por que faziam aquilo. “Elas diziam que era um jeito de desabafar.”

#garotastristes


Dois meses depois, quando o namorado terminou o relacionamento com ela, Aline não pensou duas vezes. “Me tranquei no quarto, peguei a lâmina que uso para fazer a sobrancelha e passei forte pela parte interna do braço. Aí virou um vício. Comecei a me cortar todos os dias e faço isso até hoje.”

Em julho deste ano, ela viu cicatrizes horizontais no braço de uma prima e perguntou se a menina também se mutilava. “Ela se abriu comigo e eu, com ela.” Cúmplices, as duas criaram uma conta no Instagram com um nome que remete a “pulsos” e “danos”. Nela, publicam imagens de seus braços e barrigas cortados, intercalando-se na autoria. “Acho que a dor vai sair e não sai”, diz uma das legendas escritas por Aline.

Para a psiquiatra Jackeline Giusti, especializada em automutilação e membro do grupo dedicado ao hábito do Instituto de Psiquiatria da USP, em São Paulo, a prática está longe de ser uma modinha adolescente. “Os cortes são sempre a expressão de um outro problema”, afirma. “Normalmente estão associados a depressão, compulsão alimentar ou TOC [transtorno obsessivo compulsivo].”

Como o nível de estresse mascara a dor, explica, cada corte é seguido de uma liberação de endorfina, o hormônio do prazer. É por isso que tantas meninas relatam sentir alívio com a lâmina. Uma vez que provam essa medida desesperada, caem no gatilho da compulsão.

Na noite do dia 27 de julho, a carioca Marcela*, 17 anos, adicionou uma imagem inédita ao seu Instagram. Até então, a página tinha selfies sorridentes exibindo batons coloridos e delineadores estilo gatinho, além de óculos de armação grossa e cabelo afro acima dos ombros.

Com corpo bem torneado e rosto delicado, Marcela diz receber elogios constantes à sua beleza. Mas, nessa madrugada, em vez da menina feliz e atraente de sempre, apenas um braço iluminado pelo flash do celular apareceu na foto. O pulso tinha sete cortes horizontais, o sangue ainda fresco contrastando com as unhas pontiagudas pintadas de nude. “Postei logo depois de cortar. Quis mostrar para todo mundo que não sou bonita por dentro.”

O motivo era a rejeição do namorado, com quem ficou por quase dois anos. A briga se estendeu por dias, sem que Marcela entendesse o porquê do término. Na escola, depois de conversar com o rapaz, ficou tão nervosa que começou a puxar os cabelos com força, até ficar com chumaços de cachos na mão. Dentro do banheiro, cravou as unhas nos antebraços e deixou neles marcas vermelhas de desespero. A coisa evoluiu para arranhões e, então, para os cortes.

epidemia :(

A automutilação apareceu pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Sociedade Americana de Psiquiatria em 2000 e ainda não é vista como um distúrbio isolado. “Esse comportamento é muito influenciado socialmente”, concluiu a psicóloga e pesquisadora canadense Nancy Heath em um estudo de 2009 feito com jovens, a maioria meninas universitárias, que se cortavam em seu país.

Antes do primeiro corte, conclui a pesquisa, quase 60% já conhecia e convivia com alguém que se machucava. A estimativa de adolescentes com esse perfil chega a 20% da população, segundo a Association of Young People’s Health, baseada no Reino Unido e que compila dados de EUA, Canadá e Europa.

Em geral, os pais demoram a tomar conhecimento do problema. “Você nunca acha que vai acontecer na sua família”, diz a pedagoga paulistana Carla*, que trabalha em escolas de São Paulo, cuja filha foi diagnosticada como borderline há dois anos, depois de um episódio grave de cutting.

Até então, ela tinha um quadro depressivo e havia sido uma adolescente com grande facilidade para se machucar acidentalmente, era o que a mãe pensava. Sozinha em casa, enquanto Carla trabalhava, a jovem fez dezenas de cortes nas duas pernas, do peito do pé à altura da coxa, usando uma faca de cozinha.“

Tivemos de levá-la ao hospital para fazer curativos e, no dia seguinte, ao posto de saúde para tomar uma vacina antitetânica. A psiquiatra me orientou a vigiá-la constantemente, até que a nova medicação agisse para controlar os impulsos. Tirei licença do trabalho, escondi todos os objetos cortantes e proibi que se trancasse no quarto. Passei 15 dias sem dormir. Até hoje, quando vejo uma faca solta sobre a pia da cozinha, meu coração gela.”

Em março deste ano, depois de um ano e meio estável, a filha de Carla teve uma recaída, no dia do aniversário da mãe. “Você se culpa, enfrenta os olhares dos outros e está sempre na linha de fogo. O maior medo de uma mãe é que o filho se machuque. Saber que ele faz isso nele mesmo é dolorido demais”, diz Carla, que visita os grupos de Facebook sobre automutilação e depressão.

“Os relatos me ajudam a entender a linha de raciocínio de quem se corta. Mesmo assim, nunca vi mediação de um profissional clínico nessas comunidades. É como se fosse um grande desabafo coletivo”, afirma. O ponto de encontro aberto e sem controle que a internet proporciona preocupa muitos adultos.

Em abril, o Instagram atualizou suas diretrizes para o uso do site, e avisou: “Qualquer conta que encoraje ou incite usuários [...] a se cortarem, se automutilarem ou cometerem suicídio será desabilitada sem aviso prévio”. O site deixa um espaço, no entanto, para perfis de “recuperação”, e eles são muitos.

“Nós encorajamos veementemente as pessoas que buscam ajuda para si mesmas. Essas diretrizes não se aplicam a contas criadas para discutir de maneira construtiva”, diz um posicionamento oficial enviado pelo site à Marie Claire. Na prática, palavras-chave como “automutilação” e “cutting” são suficientes para encontrar centenas de perfis cujo discurso é de autoajuda mas as imagens, explicitamente violentas.

~REDE SOCIAL~

Diferentemente da pornografia, que é identificada com facilidade pelos filtros automáticos do Instagram e do Facebook, o cutting é bem mais difícil de ser localizado. Segundo Jonathan Razen, diretor do Instituto Beta para a Internet e Democracia, as imagens dos ferimentos são publicadas em um volume muito menor que os conteúdos de nudez e sexo.

“Para serem tiradas do ar, elas teriam que ser classificadas na categoria ‘incitação ao suicídio’, o que viola as regras de uso”, explica. “Mas o problema é que a tecnologia que filtra essas fotos ainda não é eficiente ao ponto de encontrar um padrão representativo. Como seios e genitais, que são ‘entendidos’ pelos filtros como pornografia.”

Mesmo assim, as redes sociais não estão livres de serem obrigadas a retirar certas contas do ar. “Os sites podem ser notificados judicialmente por instituições de defesa da criança e do adolescente, como o Ministério Público, por exemplo”, afirma Razen.

Para o desembargador Siro Darlan, conhecido por seus 15 anos de atuação na Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, as empresas de internet têm uma responsabilidade social sobre o que é publicado nelas, mas a atenção nesses casos deve se voltar à família.“

Estamos falando de garotas que estão sofrendo. Se elas usam as redes para chamar atenção, a família deve buscar as causas. Se não o faz, e uma vez que o problema se tornou público pela internet, o Ministério Público pode averiguar se há negligência.” O jurista é contra a censura massiva de conteúdo.

“Imagens de violência podem, sim, ter um impacto sobre adolescentes que gostam de experimentar. Mas essas contas também são um pedido de ajuda. Você vai calar esse pedido? Precisamos acompanhar mais que proibir hoje no Brasil.”

“Não aconselho ninguém a fazer o primeiro corte”, diz Larissa*, uma bissexual de 16 anos que mora em Goianésia, em Goiás, e cuja página de Instagram, onde posta fotos de seus braços cheio de retalhos, tem mais de 3 mil seguidores. O nome da conta faz referência a alguém que sorri quando, na verdade, gostaria de chorar. Nas postagens, frases tristes como “O silêncio também grita” ou “Toc, toc. Quem é? A decepção. Entra, você já é de casa”, além de fotos da automutilação.“

Comecei a me cortar no dia 30 de agosto de 2013. Estava sozinha em casa e me sentia mal, pois sofria bullying no colégio [por causa de seu visual, Larissa era chamada de gótica, emo e vampira]. Além disso, meu pai, que é separado da minha mãe, nunca foi legal comigo. Ele não paga pensão e já ameaçou me bater e me tirar da minha mãe. Depois de uma briga dos meus pais, peguei uma faca e passei pelo braço. Fiz três cortes grandes”, conta.

O hábito se tornou frequente. Em uma foto chocante, Larissa mostra a parte interna do braço, do pulso à dobra, em que se pode contar 34 incisões. “Só o início de uma grande noite...”, diz a legenda.

Em uma mercearia da pequena cidade de 65 mil habitantes, ela compra as lâminas avulsas que usa para se machucar quando sente que está “explodindo”. Por não falar de seus sentimentos a quase ninguém e não rebater os insultos que ouve dos colegas, Larissa diz acumular muita raiva dentro de si. Até que, em alguns momentos, sente um impulso de se cortar para buscar algum alívio.

Os ferimentos são feitos por afiadas placas metálicas, dessas que eram usadas em antigos barbeadores. Elas compõem a estética de suas fotos e das de outras centenas de garotas pela internet. Em meados de agosto, a jovem recebeu pela quarta vez um recado que o Instagram envia depois de receber denúncias de conteúdo inapropriado.

“Um amigo seu está preocupado”, diz a mensagem. Ela se irritou com a intromissão. “O corpo é meu”, reclama, sem saber explicar por que publica as imagens toda vez que se machuca. Na primeira conversa que teve com a reportagem, contou que não se mutilava havia um mês e 23 dias. Essa conta exata é muito comum em meninas que tentam parar. Como os dependentes químicos em recuperação, chamam o tempo sem cortes de “dias limpos” e parabenizam umas às outras por eles.

Já o perfil das cariocas Aline e sua prima, que aparecem no início da matéria, permaneceu inalterado até o fechamento desta edição: “Dias limpos: 00”. Mas, na página delas, é possível ver outro lado dessa comunidade entristecida. Às fotos de braços sangrando, as seguidoras respondem com ofertas de ajuda: “Quer desabafar?”. Algumas convidam para falar direct, usando o serviço de mensagens privadas do Instagram, e outras chamam para um papo no WhatsApp.

Fornecer o próprio celular para conversas particulares, aliás, não é raro e muitas meninas incluem o número na descrição principal de seu perfil. “Garota triste. Quer ajuda? Chama no direct. On 24h”, diz um deles.

demi lovato <3

Alguns perfis que se autointitulam suicidas e depressivos e mostram essas imagens contam com mais de 5 mil seguidores. Um rosto que se repete nessas páginas é o da atriz e cantora teen Demi Lovato, diagnosticada como bipolar e fonte de inspiração para milhares de adolescentes.

Em 2010, no meio de uma grande turnê, a estrela norte-americana se internou em uma clínica de reabilitação para drogados e admitiu sofrer distúrbios alimentares e se cortar. A confissão fez de Demi um símbolo da fragilidade juvenil, uma prova do que as pressões sociais podem causar em mentes em formação. Nos pulsos, uma tatuagem que diz “Stay strong” resume o que Demi repete em entrevistas: as dificuldades não terminam de uma hora para outra.

“A internet tem dois lados”, acredita a psiquiatra Jackeline. “Pode incentivar a automutilação, mas também pode ajudar quem quer parar. Lá você vê muitas meninas lutando contra essas urgências.” Em seu consultório, a médica trata dezenas de adolescentes que sofrem com o problema. Indica psicoterapia e, em determinados casos, alguma droga que controle os impulsos.

Com tempo e acompanhamento, é possível amenizar a angústia que dá origem aos cortes. Um dos sintomas de quem está melhorando, explica Jackeline, é justamente perder a liberação de endorfina. “Aí, quando se corta, a pessoa volta a sentir dor.” Só que desta vez, a dor é física.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Veja 17 atitudes inconvenientes comuns nos grupos de WhatsApp


Ainda que o WhatsApp tenha se tornando uma ferramenta importante para unir famílias, amigos e até colegas de trabalho, o aplicativo muitas vezes é um grande inconveniente. Seja pelo excesso de mensagens, pelo recebimento de notificações em situações nada convencionais ou mesmo pelo consumo do plano de internet.

Problemas que poderiam ser evitados diante da mudança de comportamento dos usuários. Veja abaixo 17 atitudes inconvenientes comuns nos grupos de WhatsApp. 

Do UOL, em São Paulo | 24/09/2015

Imagem: LUIS PAREJO


1. Mensagens em horários inconvenientes

Não é nada agradável ser acordado pelo toque do WhatsApp, ainda mais quando se trata de uma mensagem sem qualquer importância. Evite mandar mensagens muito cedo ou muito tarde ao menos que seja algo importante.

2. Assuntos pessoais

Como é chato ser espectador de discussões familiares, amorosas ou cobranças. Portanto, se o assunto não interessar ao menos um terço do grupo, opte por conversas individuais

3. Charadas

Ainda que seja uma forma de engajar e entreter as pessoas que participam do grupo, as charadas têm grande potencial de incômodo pelo aumento no número de notificações que provoca.

4. Correntes

As correntes seguem vivas no WhatsApp com conspirações, conteúdos religiosos e promessas para a realização de desejos--caso (é claro) você encaminhe essas mensagens aos seus amigos. Mas será que realmente funcionam?

5. Áudios em excesso

As mensagens de voz se tornaram um grande atalho para as conversas, mas sempre há aquele usuário que usa e abusa do recurso. Não seria nada conveniente apertar o play e ser surpreendido por um áudio constrangedor em meio a uma multidão de pessoas, não é mesmo? Além disso, haja paciência e memória para a todo momento carregar o arquivo e encostar o aparelho no ouvido para escutá-lo.

6. Frases picadas

Como enviar mensagens é gratuito, alguns usuários do WhatsApp não economizam nas interações e, ao invés de formular uma frase, enviam palavra por palavra. Pode parecer um detalhe bobo, mas a cada mensagem, o remetente recebe uma notificação, o que incomoda bastante.

7. Excesso de emojis

O problema aqui não está nos emojis, que por sinal são bem legais e divertidos. Mas há algumas pessoas que acabam pendendo a mão e usando o recurso exageradamente. Às vezes, é até difícil identificar o que querem dizer.

8. CAPS LOCK

NÃO É MUITO AGRADÁVEL LER TEXTOS EM LETRA MAIÚSCULA. Evite usar o Caps Lock, ao menos que realmente queira enfatizar algo ou gritar com alguém.

9. Cobrança de respostas

Ainda que o WhatsApp dedure as pessoas que leram a sua mensagem, não é muito agradável ser cobrado por uma resposta. Nem sempre a pessoa que está online está disponível para te atender.

10. "Bom dia" e "boa noite"

A chateação do "bom dia" e "boa noite" assombram diariamente os grupos do WhatsApp. Um sinal de educação? Até pode ser. Mas receber notificações a cada uma dessas menções não é nada agradável.
Foto: Reprodução

11. Boletim de tempo

Sempre há um aprendiz de meteorologista nos grupos do WhatApp. Será que realmente esse tipo de informação é relevante para ser compartilhada?

12. Excessos de vídeos

Haja plano de internet móvel para ver todos os vídeos enviados pelas pessoas que enviam esse tipo de conteúdo o dia todo.

13. Efeito narcisista

A moda das selfies invadiram os grupos do WhatsApp e se tornou uma grande vilã para o pacote de dados dos usuários.

14. Diário de bordo

Será que é realmente necessário compartilhar cada minuto do seu dia nos grupos em que participa? O bom senso é muito bem-vindo sempre.

15. Discussões polêmicas

Ainda que os grupos do WhatsApp seja um espaço aberto para se discutir qualquer tema, debates políticos, religiosos ou futebolísticos nunca acabam muito bem. Pelo bem estar de todos, o ideal é evitar entrar nesse tipo de discussão e aprender a respeitar a opinião do outro.

16. Mensagens motivacionais


Independente do seu estado de humor, há sempre aquele seu contato que manda mensagens motivacionais. As intenções podem ser boas, mas, dependendo do seu ânimo, pode ser o estopim para um bloqueio temporário no WhatsApp. Sem contar que essas mensagens geralmente são transmitidas por meio de fotos --que comprometem ainda mais o seu plano de Internet.

17. Convites inesperados

Adicionar um amigo em um grupo sem avisá-lo pode não ser uma boa ideia. Você pode deixá-lo em uma posição constrangedora. Afinal, quem garante que ele realmente quer participar desse bate-papo?


Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/09/24/veja-17-atitudes-inconvenientes-comuns-nos-grupos-de-whatsapp.htm

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Cyberbullying preocupa 78% dos pais, segundo aponta pesquisa

Pais têm papel fundamental para evitar este tipo de violência


De acordo com a pesquisa da associação Chicos.net com apoio da Disney, entre os aspectos que mais preocupam os pais brasileiros no ambiente virtual estão a possibilidade de seus filhos serem abordados por um adulto (82%) e de sofrerem cyberbullyingbullying por meio de alguma tecnologia, ou seja, uma violência sistemática realizada por meio da internet — (78%). Carolina Lisboa explica que cyberbullying pode ter o agravante do anonimato e do grande alcance, podendo tornar a criança completamente refém da exposição.

Os pais têm papel fundamental no monitoramento do uso das redes sociais para evitar a incidência de cyberbullying e, como vítimas dificilmente relatam as humilhações a um adulto, deve-se ficar atentos aos sinais. Se a criança está mais deprimida, triste, tem dificuldade de comer, de dormir ou passou a ir mal na escola, deve-se ficar alerta.

Outra opção é buscar o apoio da escola, já que boa parte dos casos começam no colégio. A psicóloga ainda defende que os pais fiquem atentos à possibilidade de os filhos cometerem cyberbullying — estes costumam ficar mais agressivos e ansiosos. Um risco, nesse caso, é incorporar esse tipo de atitude para a vida, uma vez que na infância e na adolescência as pessoas.

06/03/2015 - 06h05min

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2015/03/cyberbullying-preocupa-78-dos-pais-segundo-aponta-pesquisa-4712703.html

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Escolas desconhecem lei que determina ensino de educação digital

Pesquisa feita com 400 escolas paulistas mostra que a educação digital está fora do currículo dos alunos do ensino médio e fundamental, que as instituições de ensino não sabem o que é Marco Civil da Internet e que estão desinformadas sobre a obrigatoriedade da inclusão da educação digital no sistema educacional brasileiro.

Foto: SEMEC


Por Claudia Rolli
De São Paulo
05/05/2015

Os dados constam da primeira edição da pesquisa "Educação Digital nas Escolas Brasileiras" feita pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e será apresentada nesta terça-feira (5) em um congresso realizado pelo Conselho de Tecnologia da Informação da entidade.

Por meio de questionários, foram entrevistados 400 donos e diretores de escolas públicas e privadas, de ensinos fundamental e médio do Estado, para avaliar o nível do preparo dos dirigentes das escolas em relação ao uso de mídias sociais pelos alunos, os níveis de alerta e de conhecimento sobre cyberbullying e se existem escolas que já incorporaram em sua grade curricular a disciplina educação digital.

"Um dos fatos que nos surpreendeu foi saber que 82% das escolas públicas permitem que professores sejam amigos virtuais e mantenham contato com seus alunos em redes sociais e grupos de WhatsApp. O professor mantém maior contato. Já nas escolas privadas são 76,75%", diz o advogado Renato Opice Blum, presidente do conselho de TI da federação.

Mas também chama a atenção, ressalta, que entre as que afirmaram permitir o contato somente 36,59% das escolas públicas informaram estipular regras claras sobre essa relação virtual. Nas instituições privadas, sete em cada dez (72,64%) disseram possuir regras de conduta.

A pesquisa destaca ainda que metade dos dirigentes das escolas públicas informaram estar preparados para resolver os conflitos dos alunos ocorridos no ambiente virtual. Entre as escolas particulares, esse percentual é de 77,25%.

Quando o assunto é ter planejamento de procedimentos a serem adotados se ocorrerem conflitos ou incidentes digitais envolvendo seus alunos, como cyberbullying e sexting (o ato de compartilhar mensagens de conteúdo sexual usando das tecnologias digitais com uma ou mais pessoas) 64,2% das escolas, na média, se dizem preparadas. Entre as públicas, esse percentual é de 55% e nas privadas, 66,5%.

"No caso de cyberbullying o que vemos, de forma geral, é que há um atraso da escola em tomar conhecimento. E, ainda que tome ciência de forma atrasada, não há um comitê multidisciplinar formado, com pedagogos, advogados e psicólogos, para avaliar medidas e buscar alternativas com agilidade", diz Blum.

Em março deste ano,alunos do colégio Bandeirantes vazaram informações em redes sociais conteúdo de reuniões sigilosas de professores da escola. Nelas havia informações pessoais sobre alunos e ex-alunos. O episódio virou polêmica sobre a forma como dirigentes lideram com o tema.

RESPONSABILIDADE

No geral, a maior parte dos dirigentes (68%) considera que a responsabilidade pelo que os alunos fazem na internet e em seus próprios dispositivos móveis dentro da escola é de pais, escolas e professores: 12,2% creditam a responsabilidade à escola; 9,6% aos pais; 8,4% aos professores; 1% não permite o uso na escola; e 0,8% não sabe ou não respondeu.

Sobre a relevância do tema "educação e cidadania digital" –preparar o aluno para a era digital ensinando direitos e deveres, uso adequado das tecnologias e de segurança da informação e privacidade, 99,4% dos entrevistados admitem sua importância.

Entretanto, a maioria das escolas (95,6%) públicas e privadas do Estado de São Paulo afirma não possuir a disciplina Educação Digital em suas grades curriculares. Somente 4,75% das escolas privadas adotaram a disciplina, como determina o artigo 26 do Marco Civil da Internet - a lei 12.965, criada em abril de 2014, que regula o uso da Internet no país. Nas escolas públicas, esse percentual cai para 1%.

Entre as escolas públicas, oito em cada dez (83%) não sabem o que é o Marco Civil da Internet e 54,12% não estão cientes da obrigatoriedade da lei que inclui o tema nas escolas. Outras 65,9% das instituições afirmaram que não há a intenção de incluir a nova disciplina na grade curricular.

"Curioso é que elas admitem a importância de discutir conceitos básicos de segurança, ética e responsabilidade no uso da internet com os alunos, antes de introduzir noções de informática, mas não pretendem instituir a disciplina", afirma o presidente do conselho de TI da entidade.

"O envolvimento e a inserção de crianças, adolescentes e adultos no ambiente digital é uma realidade. Seja por meio de videogames, objetos, Internet ou celulares. É extremamente necessário que profissionais, pais e educadores estejam aptos a lidar com esse cenário", completa.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2015/05/1624829-escolas-desconhecem-lei-que-determina-ensino-de-educacao-digital.shtml

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Adolescentes sofrem de dependência de tecnologia, atesta Unifesp

Estudo da Universidade Federal de São Paulo revela que 68% dos participantes são dependentes moderados do uso de mídias tecnológicas atuais como smartphones, tablets e internet. Enquanto que 20% enquadram-se como dependentes graves.






Trata-se de uma tese de mestrado apresentada em 2014 por Fernanda Davidoff ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência da Unifesp, com 264 estudantes entre 13 e 17 anos.

O projeto, orientado pela chefe da disciplina de Medicina e Sociologia do Abuso de Drogas (Dimesad) do departamento de Psicobiologia da Unifesp, Denise De Micheli, buscou identificar o perfil dos adolescentes usuários de internet e mídias digitais e a possível influência desse comportamento na qualidade de vida dos jovens.

Foram avaliados 159 estudantes de escolas públicas e 95 de colégios particulares, sediados no município de São Paulo.Os questionaram aplicados eram específicos de identificação geral para a coleta de dados, a exemplo do The Pediatric Quality of Life Inventory (PedsQL), inventário elaborado na Universidade do Texas e validado para o Brasil, cuja finalidade é medir a qualidade de saúde de vida de crianças e adolescentes.

Os motivos e os objetivos do estudo, bem como a metodologia que envolviam a aplicação dos questionários, foram esclarecidos tanto para as escolas quanto para os alunos participantes do estudo, garantindo-se o sigilo das respostas e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Uma das conclusões do estudo é a de que a tecnologia foi definitivamente incorporada aos hábitos diários desses jovens. Quanto ao manejo de celulares e tablets, 33% mencionaram usá-los quando vão ao banheiro; 51% durante as refeições; 90% na cama, antes de dormir; e 92% afirmaram checa-los logo que acordam – antes de levantar da cama.

Além disso, 79,7% confessaram voltar para casa e buscar seus aparelhos em caso de esquecimento, mesmo que isso cause atrasos em compromissos ou alguma outra forma de prejuízo.

Mas essa familiaridade pode ter outras consequências. Segundo as pesquisadoras, 82% dos estudantes se preocupam com o que pode estar acontecendo nas redes sociais enquanto está ausente; 65% resistem ao sono ou dormem pouco para continuarem conectados; 61% acreditam ficar menos tímidos e mais seguros ao conversarem via aplicativos de mensagens; 45% dizem sentir alívio no dia a dia; 30% sentem-se menos ansiosos; e 23%, menos sozinhos.

Falta de limites

A pesquisa indica que o abuso dessas tecnologias pode estar associado à baixa supervisão dos pais, já que 82% dos adolescentes de escolas particulares mencionaram não ter limites de uso definidos por seus responsáveis – em oposição aos 30%, estudantes de escolas públicas, que possuem limites de uso bem definidos.

“No entanto, essa limitação imposta aos jovens ensino público está relacionada mais ao custo do plano de internet do que a uma preocupação genuína com o uso excessivo”, pontua Denise.

Apesar de o relacionamento ruim com os pais não ter uma associação muito clara com o uso abusivo de internet e tecnologias, o estudo mostra que 100% dos adolescentes classificados como dependentes leves mencionaram ter um bom convívio com seus pais.

Enquanto que 44% dos adolescentes enquadrados como dependentes substanciais apresentavam problemas significativos em diversas áreas de sua vida, alegando uma relação regular com seus responsáveis.

Qualidade de vida

Os alunos com dependência leve apresentaram média mais alta de qualidade de vida nas áreas física, sentimental e social, do que os demais grupos, mostrando que o uso que fazem da internet possivelmente não afetou esses setores.

Por outro lado, os dependentes substanciais apresentaram menores médias nas áreas física, sentimental, social e escolar, indicando maior prejuízo nesses campos e menor qualidade de vida do ponto de vista global.

“As informações auferidas nesse estudo denotam as dificuldades no controle de impulsos entre os jovens; possivelmente, estamos diante de uma geração que utiliza os meios tecnológicos como recurso principal para lidar, superficialmente, com seus problemas de relacionamento”, conclui Denise.


Fonte: http://www.bitmag.com.br/2015/09/adolescentes-sofrem-de-dependencia-de-tecnologia-atesta-unifesp/#dlCi0sVME1EcBFjr.99

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Boatos entre adolescentes na rede criam polêmica em SG

O desabafo de uma mãe gonçalense no Facebook na última semana, a respeito do episódio vivido pela filha de 13 anos, levantou uma questão importante para as quase 200 pessoas que compartilharam a publicação: com qual intensidade a propagação de boatos prejudica a vida social de uma família? 

Enviado por: Joseph Cunha 20/09/2015 às 22:02h
Por Dayse Alvarenga e Matheus Merlim



Cristina Miranda, fotógrafa de 46 anos, expôs na rede social o problema enfrentado pela adolescente, com o objetivo de alertar pais sobre os riscos, até possivelmente letais, aos quais os filhos podem estar sujeitos quando boatos são divulgados de forma indiscriminada.

De acordo com a publicação, a filha de Cristina foi acusada por colegas de administrar uma conta no Twitter que servia de “megafone” para fofocas de alunos de escolas nos bairros Paraíso, Porto Novo, Porto da Madama e Zé Garoto.

Segundo a fotógrafa, estudantes citados no perfil passaram a ameaçar a adolescente com comentários na Internet que incitavam violência física, psicológica e até sexual.

Para Cristina, os jovens que espalharam o boato não sabem a gravidade das consequências que trouxeram para a vida da menina.

“Os pais acham que orientar os filhos quanto às redes sociais é algo antiquado, esgotado. Mas não é. Eu mesma achei que minha filha já sabia dos perigos, que era madura o suficiente, mas me surpreendi”, relatou.

A partir da reflexão apontada pela fotógrafa, O SÃO GONÇALO procurou especialistas para dar dicas de como os pais podem passar orientações aos filhos em relação ao uso da internet.

Segundo o psicólogo e fundador do Instituto de Saúde Mental e do Comportamento (ISMC), Diogo Bonioli, a propagação de boatos entre adolescentes é um processo inconsciente. Para o profissional, muitos deles não têm noção do impacto que a informação pode causar na vida da vítima, ainda mais quando veiculada na internet.

De acordo com o psicólogo, controlar o uso dos aparelhos eletrônicos não é a melhor maneira de orientar o filho sobre os riscos das atitudes inconscientes nas redes.

“A questão da privacidade está muito ligada ao costume de conversar sobre os problemas. A ‘invasão’ só acontece quando os pais mexem nas coisas dos filhos sem autorização, quando não existe confiança”, destacou.

Segundo Diogo, a opção é tentar educar de forma que o adolescente sinta-se à vontade para dialogar sobre seus conflitos pessoais.

“Os pais que não têm o hábito de perguntar ao filho como foi o dia, o que ele está sentindo, precisam começar a praticar. Existem duas táticas para isso A primeira é ‘criar pretextos’, ou seja, chame seu filho para ver um filme para tocar em determinado assunto. A segunda é fazer com que o jovem opine sobre o tema, para tentar entender como ele pensa e como reagiria na situação”, aconselhou.

Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br/cidades/boatos-entre-adolescentes-na-rede-criam-polemica-em-sg/#sthash.xXlqyKTn.dpuf

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

'Impotentes e frustrados' são os mais agressivos na Internet

Impotência, frustração e uma necessidade de se impor sobre outras pessoas. Assim, a psicóloga americana Pamela Rutledge, diretora do Media Psychology Research Center (Centro de Pesquisas sobre Psicologia e Mídia), na Califórnia, avalia a agressividade de muitos "comentaristas" de redes sociais em tempos de polarização política no Brasil.

Data 3 setembro 2015 | Por BBC Brasil

Referência em um ramo recente da psicologia dedicado a estudar as relações entre a mente e a tecnologia, Rutledge ressalta que as pessoas "são as mesmas", tanto em ambientes físicos quanto virtuais. Mas faz uma ressalva sobre a impulsividade de quem dedica seu tempo a ofender ou ameaçar pessoas nas caixas de comentários de sites de notícias e páginas de política:

"Já estamos acostumados com a ideia de que nosso comportamento obedece a regras sociais, mas ainda não percebemos que o mesmo vale na Internet".

Além da polarização política ou ideológica, a especialista comenta a ascensão de temas como diversidade sexual, racismo e machismo ao debate público, graças às redes sociais.

"Tudo isso já acontecia, mas não tínhamos conhecimento."

Leia os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - Estamos mostrando o nosso 'lado negativo' nas redes sociais?

Pamela Rutledge - As pessoas são as mesmas, on-line ou off-line. Mas a Internet tem a ver com respostas rápidas. As pessoas falam sem pensar. É diferente da experiência social off-line, em que você se policia por conta da proximidade física do interlocutor. Nós já estamos acostumados com a ideia de que nosso comportamento obedece a regras sociais, mas ainda não percebemos que o mesmo vale na internet.

BBC Brasil - No Brasil, a polarização política tem levado pessoas com visões distintas a se ofenderem e ameaçarem, tanto em comentários em sites de notícias quanto nas redes sociais. A Internet estimularia o radicalismo?
Image copyrightGetty


Rutledge - As redes sociais encorajam pessoas com posições extremas a se sentirem mais confiantes para expressá-las. Pessoas que se sentem impotentes ou frustradas se comportam desta maneira para se apresentarem como se tivessem mais poder. E as pessoas costumam se sentir mais poderosas tentando diminuir ou ofender alguém.

BBC Brasil - Os comentários na internet são um índice confiável do que as pessoas realmente acreditam?

Rutledge - Depende do tópico. Mas as pessoas que tendem a responder de maneira agressiva não representam o sentimento geral.

BBC Brasil - As pessoas com opiniões menos radicais têm menos disposição para comentar do que as demais?

Rutledge - Sim. Porque os comentários agressivos têm mais a ver com a raiva das pessoas do que com uma argumentação para mudar a mente das outras. Quem parte para a agressividade, não está dando informações para trazer alguém para seu lado, estas pessoas querem apenas agredir.

BBC Brasil - A "trollagem", gíria de internet para piadas ou comentários maldosos sobre anônimos e famosos, muitas vezes feitos repetidamente, é vista por muita gente como diversão. Há perigos por trás das piadas?

Rutledge - No caso das celebridades que são alvo da ''trollagem'', os fãs vêm defendê-las, então, elas não costumam precisar tomar qualquer iniciativa. No caso dos anônimos, a recomendação é usar ferramentas para solução de conflitos, como encorajar seus amigos e conhecidos a não serem espectadores, mas a tomarem atitudes em defesa do ofendido. Isso não significa discutir com os autores das ofensas, porque isso alimenta os ''trolls'' e é isso que eles querem.

BBC Brasil - Os procedimentos de segurança do Facebook e do Twitter sãosuficientes para proteger os alvos de bullying?
Image copyrightPA


Rutledge - Seria ingênuo esperar que qualquer companhia, mesmo do tamanho do Facebook e do Twitter, seja capaz de monitorar e ajudar neste tipo de situação. E não dá para deixar só para as empresas aquilo que devemos ser responsáveis, nós mesmos. É importante que as pessoas entendam como funcionam as ferramentas e seus mecanismos para privacidade. Se a conclusão for que o Facebook não oferece o suficiente, que as pessoas se posicionem e reclamem: ''Não é suficiente''.

BBC Brasil - Que tipo de doenças são ligadas ao uso da internet ou das redes sociais?

Rutledge - A resposta simples é não, não há doenças causadas pela Internet. Há preocupações recorrentes com o vício em internet ou em redes socais. Mas vícios são doenças bastante sérias e a internet não cria personalidades com vícios. As pessoas usam as redes da mesma forma que usam álcool, jogos, chocolate, ou qualquer outra coisa que mascare problemas maiores.

BBC Brasil - Problemas como...?

Rutledge - Falta de autoestima, depressão. É importante chegar à real causa do vício, apenas cortar a internet não muda nada.

BBC Brasil - Temas como diversidade sexual, racismo e machismo, vistos como tabus até recentemente, são hoje bastante populares online. Como vê estes tópicos ganhando atenção?

Rutledge - É sempre positivo que as pessoas debatam e desenvolvam seu conhecimento sobre temas. Mesmo que a conversa termine de forma negativa, isso ainda vale para que se perceba o que está acontecendo a seu redor. Afinal, tudo isso já acontecia, mas não tínhamos conhecimento – e isso significa que estamos nos aproximando da possibilidade de transformá-las.

BBC Brasil - Quais são os conselhos para os pais ajudarem seus filhos a não embarcarem nas ondas de ódio das redes sociais?

Rutledge - A primeira coisa é conversar com as crianças desde muito cedo sobre tecnologia. Muitos evitam porque não entendem bem a tecnologia. Mas a tecnologia é apenas o "lugar" onde as coisas estão acontecendo; o principal ainda são os valores. Então, se algo está acontecendo em qualquer plataforma que os pais não conheçam bem, a sugestão é que chamem as crianças e peçam que elas deem seu ponto de vista. Aí sim eles poderão entender como as crianças estão lidando com a questão e, a partir daí, decidir quais devem ser as preocupações. A responsabilidade pode ser compartilhada. É importante ensinar os filhos a pensarem criticamente.

BBC Brasil - Muitos acham que ler históricos de conversas dos filhos ou usar apps para controlá-los é a melhor forma de ajudar as crianças. O controle é uma boa saída?

Rutledge - Os pais precisam entender que devem escutar seus filhos. Claro que cada situação tem suas características, mas geralmente controlar significa que você não conversou com eles e não lhes deu oportunidades para tomar decisões.

O problema é que, em algum momento, eles vão precisar tomar decisões por si mesmos e você não vai estar ali, nem o seu "app de controle". Então, é muito melhor dialogar, e isso costuma ser muito difícil para os pais, que tendem dizer o que os filhos devem fazer, sem conversa.

Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150831_salasocial_agressividade_internet_rs

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Foto de menina alagoana é usada para extorquir usuários de rede social

Uma alagoana teve as fotos da sua filha usadas por um suposto estelionatário que pedia doações em dinheiro para os usuários de uma rede social na Internet. De acordo com a psicóloga Larissa Cabús, as fotos da sua filha, Maria Alice, de 7 anos, eram usadas com o nome falso de Maria Eduarda, que seria uma criança que “perdeu a mãe para o câncer”.

Thayanne Magalhães 17 Setembro de 2015 - 12:07



“Eu descobri ontem [16] por acaso, quando uma usuária da rede social comentou uma foto minha perguntando se a minha filha era a tal Maria Eduarda. Fui olhar o perfil pelo qual minha filha poderia estar sendo confundida e descobri que eram minhas fotos que estavam sendo usadas com um nome falso. Fiquei em choque e já acionei a polícia”, conta Larissa.

A pessoa que criou o falso perfil, segundo Larissa, já deve estar arrecadando doações para a “Maria Eduarda” há mais de seis meses.

“Pelo que vi das fotos trata-se de um profissional, porque ele faz montagens e tudo nas fotos. A pessoas que criou o perfil conta uma história triste de uma menina que perdeu a mãe e está sendo criada pela tia. E para meu espanto, nas fotos eu sou a suposta tia. Uma loucura”, relata.

O caso agora será investigado pela Polícia Civil.

Segundo Larissa, o dono do falso perfil já teria excluído a conta quando percebeu que foi desmascarado. Não se sabe quanto a pessoa teria arrecadado em doações usando as fotos da filha da psicóloga para criar a história fictícia.

“O que eu vi é que até pessoas famosas estavam comentando as fotos de ‘Maria Eduarda’ e se comovendo com a história. O que me deixou muito violada é o fato de eu não estar fazendo nada de errado, nenhum exposição desnecess´ria. Eram fotos do nosso cotidiano, de amor e de felicidade, e vem alguém e se apropria disso, faz recortes de um amor tão sagrado que é o de mãe e filha para criar uma história tão triste, com a finalidade de extorquir as pessoas”, desabafa a psicóloga.

“Apesar das fotos serem públicas, eu não posso me culpar pela existência de pessoas como essas. É o mesmo que eu sair na rua e ser estuprada. A culpa é minha? A culpa é de quem se apropriou e cometeu os crimes de estelionato e extorsão”, continuou.

Larissa conta ainda que sua filha não tem acesso à redes sociais, e quando usa a Internet para conversar com familiares ou amiguinhos, usa a conta da mãe sob supervisão de um adulto.

“Maria Alice não tem acesso à Internet. Todas as fotos dela são postadas por mim, nas minhas contas. O que me acalmou ontem foram as palavras dela, quando disse ‘ô mamãe, se copiaram nossa vida é porquê a pessoa não é feliz como a gente’”, relata.

Larissa lamenta ainda pelas crianças que foram expostas a uma história tão triste e que se comoveram com a “personagem” criada com as fotos de sua filha.

“Eu ainda estou triste e assustada por terem usado a imagem da minha filha para comover as pessoas e conseguir dinheiro com uma história falsa. Também me assusta pensar na hipótese de um pedófilo está por trás dessa história. Mas Maria Alice está bem e eu realmente acredito que a polícia irá fazer seu trabalho e encontrará o responsavel", concluiu.

Fonte: http://www.tribunahoje.com/noticia/154975/cidades/2015/09/17/foto-de-menina-alagoana-e-usada-para-extorquir-usuarios-de-rede-social.html

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Uso excessivo de redes sociais por adolescentes gera ansiedade e depressão

O estudo britânico analisou o perfil de jovens que passam horas no Facebook e no Twitter, e descobriu que esse uso das redes sociais também está ligado à baixa autoestima e a problemas de sono

João Paulo Martins - Encontro Digital
Publicação:16/09/2015 12:08Atualização:16/09/2015 13:10

Para quem precisava de um bom argumento para conseguir convencer os filhos a fazerem uma pausa no uso das redes sociais, esta notícia pode ajudar. Apresentada na conferência da Sociedade Britânica de Psicologia, no dia 12 de setembro, uma pesquisa mostra que adolescentes que mais se dedicam emocionalmente ao Facebook e ao Twitter possuem problemas para dormir e sofrem com baixa autoestima, ansiedade e depressão.

Pesquisadores da Universidade de Glasgow, que fica na Escócia, entrevistaram 467 adolescentes. Eles levaram em conta o uso que os jovens fazem das redes sociais e quanta pressão sentem para se manterem conectados. Além disso, eles foram convidados a descrever seus níveis de autoestima e seus históricos de ansiedade e depressão.


Analisar a forma como os adolescentes são afetados pelas redes sociais é muito importante, segundo os cientistas, já que a mente se torna muito vulnerável durante a puberdade. "Adolescência é um período em que aumenta a chance de se ter depressão e ansiedade, e existe também maior risco de se perder a qualidade do sono", diz o abstract (resumo) do estudo britânico.
"Eu estava interessada em saber porque as pessoas não dormem, e uma das causas que mais aparece na mídia é o uso das redes sociais", diz Heather Cleland Woods, uma das autoras da pesquisa, em entrevista ao portal de notícias The Huffington Post.

De certa forma, vários estudos já apontaram que ficar horas em frente a dispositivos eletrônicos, especialmente na hora de dormir, pode afetar e muito a capacidade de se ter uma boa noite de sono. "Isso me fez pensar: se estamos nas redes sociais e somos uma cultura que vive conectada 24 horas, não estaríamos criando uma geração de crianças que não serão capazes de ter uma noite de sono de qualidade?", argumenta Cleland Woods, que é pesquisadora de padrões de sono no departamento de Psicologia da Universidade de Glasgow.

Não é de se estranhar que os adolescentes que mais se dedicaram emocionalmente às redes sociais, especialmente à noite, foram também aqueles que relataram ter problemas para dormir. Essa dedicação ao Facebook e ao Twitter também se mostrou relacionada à baixa autoestima e aos altos níveis de ansiedade e depressão, conforme o estudo britânico.

Para Heather Cleland Woods, essa pesquisa é apenas o primeiro passo, já que é preciso saber melhor como os adolescentes usam as redes sociais e como elas podem influenciar o estado mental desses jovens. "Obviamente, não estamos dizendo que o Facebook e o Twitter são ruins. O que queremos dizer é que precisamos pensar melhor no modo como os usamos, pois, com certeza, eles estão afetando nosso bem-estar", completa a pesquisadora, na entrevista ao The Huffington Post.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/encontrobh/atualidades/2015/09/16/noticia_atualidades,155083/uso-excessivo-de-redes-sociais-por-adolescentes-gera-ansiedade-depres.shtml

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

10 Coisas que nunca deveríamos publicar

As redes sociais, como sabemos, estão cada dia mais velozes e com mais adeptos espalhados por todo o mundo, assim, o perfil de um usuário pode ser acessado por qualquer indivíduo em qualquer parte do mundo

Para tanto, se você é daqueles que adora compartilhar tudo que passa na sua vida nas redes sociais, saiba que nem todas as informações podem surtir a seu favor, bem ao contrário, muitas delas podem até causar incômodos.

Segunda-Feira, 14 de Setembro de 2015 às 15:21



Confira abaixo 10 dicas do que nunca poderíamos expor nas redes sociais:

1 – Data de aniversário: Todos nós gostamos de ser lembrados no nosso aniversário, não é verdade? Para tanto, as datas expostas nas redes sociais são consideradas um prato cheio para os chamados “ladrões de identidade”, já que essa é uma das principais informações referente a você.

2 – Status do relacionamento: Fornecer qualquer tipo de informação pessoal não é legal. Caso alguém tenha interesse na sua vida, essa mudança de status poderá ocasionar problemas. Por exemplo, se você sempre teve o status “casada” e um belo dia alterar para “solteira”, algum especulador irá deduzir que você costuma ficar sozinha em casa, o que, nos diais atuais acaba sendo perigoso.

3 – Indicar a sua localização: Quando as pessoas viajam ou mesmo vão para algum lugar que julgam interessante, a primeira coisa é compartilhar a sua localização ou mesmo, postar fotos do local onde está, pois bem, essa informação é valiosa, por exemplo, para alguém que esteja de olho na sua casa, saberá que ela está vazia.

4 – Jamais compartilhar que está sozinho em casa: Algumas pessoas não conseguem dar um passo sem antes notificar em alguma rede social. Algumas comentam até com quem estão acompanhas e mais, se estão sozinhas. O ideal não é comunicar nas redes sociais que está sozinho ou mesmo que ficará sozinho em algum momento, pessoas de má índole podem se aproveitar desse fato para ter acesso mais fácil a sua casa.

5 – Evite expor a imagem e nome de seus filhos: Sabemos que os orgulhosos pais adoram encher as redes sociais com inúmeras fotos de crianças, o que não sabem é o risco que estão correndo. Colocar o nome completo de crianças nas redes sociais é um perigo, como também, postar certas imagens dos pequenos. Então, como não sabemos quem está vendo, quem está copiando as imagens, melhor mesmo é não expor as crianças. Muitos pedófilos acabam encontrando fotos de crianças e repassando para sites de conteúdo impróprio, assim, o melhor mesmo é guardar as fotos dos anjinhos para você e seus amigos ou, no máximo, compartilhar apenas para os amigos mais chegados.

6 – Conversas pessoais: As redes sociais servem para debater ideias, trocar informações, entre outras ações, porém, cuidado para não esquecer que está em uma mídia social e transformá-la em um bate-papo repleta de conversas de cunho pessoal.

7 – Inserir informações da empresa em que trabalha: Não é interessante postar comentários sobre a rotina de trabalho dentro de uma empresa. Muitas, inclusive, acabaram bloqueando o acesso as redes sociais para evitar que certos conteúdos acabem sendo expostos. Caso seja seu casso, prefira usar mesmo o tradicional e-mail para trocar informações.

8 – Não compartilhe imagens ou mesmo conteúdos que estejam denigrindo alguma pessoa: Sabemos que temos o direito de nos expressar, para tanto, mesmo que você concorde com determinado assunto, tenha o cuidado de se manifestar sobre ele, não use palavras de baixo calão, tampouco acuse alguma pessoa sem provas. Você poderá ser acionado judicialmente sobre isso e responder processo por difamação e calúnia, então, cuidado com os comentários, tudo que é dito, na internet ou não, precisa ser provado.

9 – Atenção com as imagens postadas: As pessoas costumam postar fotos que consideram engraçadas nas redes sociais, dançando, bêbadas, em situações estranhas, etc. Pois bem, estas mesmas fotos podem acabar caindo nas mãos de seu chefe, de seus alunos, de seus colegas de trabalho ou mesmo de outras pessoas do seu convívio e não acabarem não sendo bem interpretadas. Lembre-se, uma boa reputação conta muito no meio empregatistico.

10 – Quanto menos expor detalhes da vida melhor: É muito bom dividir algum resultado positivo da nossa vida. No entanto, reserve aqueles mais íntimos somente para os amigos mais chegados e, de preferência, bem longe das redes sociais. Assim, não espalhe que teve um aumento de salário, uma nova promoção, que o namorado ou namorada lhe presentou com um maravilhoso e caro presente ou até mesmo toda a felicidade que está vivendo. Estas informações, além de gerar a cobiça de terceiros, poderá ser usada para que seu nome ou sua imagem possa ser aplicado em algum golpe. Então, fica a dica, quanto menos informações postadas, melhor para a sua privacidade!

Fonte: Oficina da Net | http://www.rondoniaovivo.com/noticia/redes-sociais-10-coisas-que-nunca-deveriamos-publicar/136442

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O que os pais precisam saber antes de dar um celular aos filhos


Embora não haja uma idade certa, especialistas salientam que o mais importante é que o filho tenha maturidade suficiente para saber usar corretamente.


Foto: PixaBay

‘Pai, mãe, posso ter um celular?’ Antes que surja a pergunta – ou no caso de a ainda não existir uma resposta – é preciso ponderar alguns aspectos. 

Embora não haja uma idade certa para que o aparelho passe para as mãos das crianças, os especialistas ouvidos pelo jornal português Diário de Notícias (DN) salientam que o mais importante é que o filho tenha maturidade suficiente para saber usar corretamente o celular. 

Antes dos dez anos, nem pensar, a não ser que os pais estejam divorciados, diz a psicóloga na área do comportamento Teresa Paula Marques, explicando que, nestes casos, o celular vai facilitar o contato com o pai e com a mãe. 

No entanto, como nos dias de hoje um celular não é apenas um celular, é um complexo equipamento com acesso ilimitado a Wi-Fi, é fundamental os pais terem noção dos riscos e estipularem algumas regras de uso. 

Deste modo, antes de presentearem o filho com um celular, os pais devem avaliar a necessidade de o menor ter o equipamento. Se existir, então, essa necessidade, os pais precisam saber se o filho tem ou não maturidade suficiente para usar o equipamento. 

Em caso negativo, a criança deve esperar mais uns meses; em caso afirmativo, os pais devem, assim, estipular um plano máximo para o preço do celular e escolher com o filho o modelo mais adequado. A reportagem do jornal explica que é bom deixar de lado os modelos mais recentes, uma vez que o uso é mais complexo e a segurança do menor pode ser colocada em risco. Ter em conta a possibilidade de boqueio de determinadas funcionalidades é também importante. 

Assim que a criança já sabe que vai ter um celular e qual será o modelo, são os pais que decidem o plano a ser contrato (pré ou pós pago). Porém, a opção mais indicada é o pré-pago e sem acesso à rede móvel. 

Dessa forma, os pais conseguem controlar melhor o uso do saldo e, não tendo as crianças acesso à internet, não há o risco de visitarem páginas indevidas. O acesso à internet deve apenas acontecer em casa – via Wi-Fi – e sob a vigilância dos pais, que devem se manter a par do que os filhos fazem com o equipamento. 

Mas, antes de vigiar o uso do celular, são necessárias regras e limites de utilização. Decidir a que horas é usado, e com que fim, as pessoas com quem podem trocar mensagens e os dias/horários em que podem conectar à Internet são alguns dos controles necessários.

Fonte: http://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/137301/o-que-os-pais-precisam-saber-antes-de-dar-um-celular-aos-filhos

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O WhatsApp e o “Fim” da Interação Humana

Trabalho com Internet desde 1994 quando ela ainda não havia sido lançada comercialmente no Brasil. Desde então é óbvio que quanto mais desenvolvemos o mundo digital mais alteramos as relações humanas. Junte-se a isto o advento e proliferação dos telefones celulares e a possibilidade de usarmos dados através dos mesmos e voilá, chegamos a uma nova maneira de nos relacionarmos com as pessoas. Mais intensa em termos de quantidade, menos intensa talvez, em sua qualidade.

afagen / Foter / CC BY-NC-SA
Hoje todo mundo compartilha algo, se não compartilha parece que não fez. Um simples almoço com um prato de comida diferente e lá estamos nós vendo no Facebook o que a pessoa está comendo. Foi a um lugar diferente, checkin no Foursquare! Negócios? Todos usando o LinkedIn. Mas definitivamente a ferramenta que mais aproximou e ao mesmo tempo afastou as pessoas nos últimos tempos se chama WhatsApp.

É simplesmente impressionante o impacto dele em nossas vidas. Estamos chegando ao momento que tantas vezes falamos em tom de brincadeira de uma pessoa estar ao lado da outra mas falando pelo WhatsApp. Já vi isto acontecer com adolescentes, mas confesso que ultimamente as coisas começam a acontecer comigo. Já recebi desde convites para ir ao cinema até solicitações para fazer algo em minha casa pelo WhatsApp. De pessoas que estavam na mesma casa no mesmo momento! 

E os grupos então? São a nova caixa de correio ou as novas atualizações da timeline do Facebook. Você não dá conta de ler a quantidade de coisas que se escrevem ali. De coisas importantes a bobagens incomensuráveis. Quando as pessoas se encontram quase não conversam, pois já sabem tudo que ocorreu na última semana nas vidas umas das outras. Ou pior, comentam os posts do WhatsApp. Aí é dose!

Não estou aqui sonegando a importância do WhatsApp enquanto ferramenta de comunicação que facilita muito inúmeras coisas que precisam ser ditas, mas que não necessitam uma resposta imediata. Tão pouco ignoro o poder de comunicação que um grupo tem ao entregar ao mesmo tempo para N pessoas uma mesma mensagem. Mas hoje as pessoas já começam a achar que o simples envio de um whatsapp já lhes garante o direito de uma resposta imediata a assuntos muitas vezes importantes e que mereceriam um pouco mais de atenção e contato humano para sua solução.

Fala aqui uma pessoa de tecnologia que vive disto e que trabalha diariamente pensando nas necessidades das pessoas e que tipo de serviço podemos oferecer a elas. Mas confesso, tenho sentido um pouco de falta de mais interação humana.

Por: Rafael Kuhn - trabalha no Terra desde 1999. Diretor de Tecnologia desde 2006, assumiu a função de CTO da empresa em julho de 2013.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/na-terra-da-tecnologia/blog/2015/08/30/o-whatsapp-e-o-fim-da-interacao-humana/

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Quatro em cinco crianças têm perfil em redes sociais no Brasil

Foto: SATC

Crianças e adolescentes brasileiros usam o celular para acessar a Internet muito mais do que as de diversos países europeus. Além disso, a preocupação com a privacidade está bem menos presente no País do que em nações daquele continente.

São alguns dos resultados que aparecem em um relatório que compara a conectividade entre usuários de 9 a 16 anos no Brasil e em sete países europeus, com dados tirados, respectivamente, de um levantamento de 2013 do Comitê Gestor da Internet brasileiro e do projeto Net Children Go Mobile, apoiado pelo programa de Internet segura União Europeia. Para a pesquisa brasileira, foram entrevistadas 2.261 crianças e adolescentes.

Os países europeus incluídos na pesquisa da Net Children Go Mobile são Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Itália, Portugal, Romênia e Reino Unido.

Em comum entre todos os países pesquisados está o fato de que a casa da criança ou adolescente é o local mais utilizado para acessar a Internet. Mais da metade dos brasileiros entrevistados declararam ficar online nessa situação.

Os jovens brasileiros se destacam no uso de aparelhos móveis para acessar a Internet, hábito de 33%, batendo países da Europa como Romênia (15%), Irlanda (13%), Portugal (13%) e Bélgica (11%).

Privacidade

Outro forte nacional é a presença em redes sociais. De acordo com o estudo, 78% das crianças e adolescentes do País que se dizem usuárias da Internet tem um perfil próprio em redes como Facebook ou Instagram, entre outras. Esse número compara com os índices da Romênia (78%) e Dinamarca (81%). Esse índice é bem superior a nações como Reino Unido (58%) e Itália (64%).

Na divisão por faixa etária, as crianças de 9 e 10 anos constituem o grupo com maior presença nesse tipo de site, totalizando 52%, número maior que todos os países europeus pesquisados. Algumas das localidades da Europa ficaram bem abaixo do índice brasileiro, como por exemplo Itália, com 15%, e Irlanda, com 14%.

A preocupação com privacidade não parece estar presente nos usuários brasileiros de menor idade. Segundo a pesquisa, 42% mantém perfil em rede social totalmente aberto ao público, perdendo apenas para a Romênia, com 55%. No Reino Unido, o total é 19% e na Itália, 14%.

O Brasil fica atrás dos países europeus no uso educacional da rede. Apenas 36% das crianças e adolescentes do País tem esse tipo de acesso. Em comparação, o número vai a 88% no Reino Unido e 80% na Dinamarca.

Por: Camilo Rocha | 08/09/2015
Fonte: http://brasilemfolhas.com.br/noticias/6e6f746963696173.php?id=75085