terça-feira, 22 de setembro de 2015

Boatos entre adolescentes na rede criam polêmica em SG

O desabafo de uma mãe gonçalense no Facebook na última semana, a respeito do episódio vivido pela filha de 13 anos, levantou uma questão importante para as quase 200 pessoas que compartilharam a publicação: com qual intensidade a propagação de boatos prejudica a vida social de uma família? 

Enviado por: Joseph Cunha 20/09/2015 às 22:02h
Por Dayse Alvarenga e Matheus Merlim



Cristina Miranda, fotógrafa de 46 anos, expôs na rede social o problema enfrentado pela adolescente, com o objetivo de alertar pais sobre os riscos, até possivelmente letais, aos quais os filhos podem estar sujeitos quando boatos são divulgados de forma indiscriminada.

De acordo com a publicação, a filha de Cristina foi acusada por colegas de administrar uma conta no Twitter que servia de “megafone” para fofocas de alunos de escolas nos bairros Paraíso, Porto Novo, Porto da Madama e Zé Garoto.

Segundo a fotógrafa, estudantes citados no perfil passaram a ameaçar a adolescente com comentários na Internet que incitavam violência física, psicológica e até sexual.

Para Cristina, os jovens que espalharam o boato não sabem a gravidade das consequências que trouxeram para a vida da menina.

“Os pais acham que orientar os filhos quanto às redes sociais é algo antiquado, esgotado. Mas não é. Eu mesma achei que minha filha já sabia dos perigos, que era madura o suficiente, mas me surpreendi”, relatou.

A partir da reflexão apontada pela fotógrafa, O SÃO GONÇALO procurou especialistas para dar dicas de como os pais podem passar orientações aos filhos em relação ao uso da internet.

Segundo o psicólogo e fundador do Instituto de Saúde Mental e do Comportamento (ISMC), Diogo Bonioli, a propagação de boatos entre adolescentes é um processo inconsciente. Para o profissional, muitos deles não têm noção do impacto que a informação pode causar na vida da vítima, ainda mais quando veiculada na internet.

De acordo com o psicólogo, controlar o uso dos aparelhos eletrônicos não é a melhor maneira de orientar o filho sobre os riscos das atitudes inconscientes nas redes.

“A questão da privacidade está muito ligada ao costume de conversar sobre os problemas. A ‘invasão’ só acontece quando os pais mexem nas coisas dos filhos sem autorização, quando não existe confiança”, destacou.

Segundo Diogo, a opção é tentar educar de forma que o adolescente sinta-se à vontade para dialogar sobre seus conflitos pessoais.

“Os pais que não têm o hábito de perguntar ao filho como foi o dia, o que ele está sentindo, precisam começar a praticar. Existem duas táticas para isso A primeira é ‘criar pretextos’, ou seja, chame seu filho para ver um filme para tocar em determinado assunto. A segunda é fazer com que o jovem opine sobre o tema, para tentar entender como ele pensa e como reagiria na situação”, aconselhou.

Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br/cidades/boatos-entre-adolescentes-na-rede-criam-polemica-em-sg/#sthash.xXlqyKTn.dpuf

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