Relações eletrônicas #ficaadica
Por Dra. Ana Paula Siqueira para o jornal do SIEEESP
No Brasil existem políticas públicas para a inclusão digital nas escolas, fato que é confundido com educação digital. Na inclusão, empresas, governos, instituições de ensino etc. unem-se para investir em tecnologia, permitindo que pessoas possam usá-la. Elas terão acesso ao conhecimento, bom ou ruim, moral ou imoral, independentemente de formas de pensamento.
Já a educação digital trata do uso correto e ético desse relacionamento. A conscientização dos direitos e deveres, privacidade etc. derivam da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, art.12, incisos IX e X, que exigem políticas e estratégias pedagógicas para promover a cultura de paz.
A internet foi a única forma de conhecimento e comportamento que chegou ao mesmo tempo para todas as idades. Não foi algo transmitido de gerações, não houve tempo hábil para a discussão de valores e limites. A ética digital deriva do comportamento e precisa se basear nas leis vigentes. Ela depende dos parâmetros da escola ou do órgão público e da definição de como será o futuro do indivíduo que abraça a educação digital.
Ninguém nasce com ética ou com moral, que são construções culturais e conceitos adquiridos com a experiência, por regras jurídicas ou educação. Quais são as nossas responsabilidades nas redes sociais? A conduta digital pode e deve ser mediada por princípios morais. Professores capacitados poderão garantir uma gestão escolar eficaz para transformar todos os envolvidos com a comunidade discente e enfrentar os novos desafios.
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