A proibição, de uso de smartphones e tablets na França existe desde 2010, entretanto, a extensão legal se aplica às salas de aula, pátios e corredores, sendo proibido o uso também durante os intervalos e recreios. A lei é uma promessa da presidencial de Emmanuel Macron e chegou a ser chamada pelo governo de "medida de desintoxicação" contra a distração nas salas de aula.
Para a efetiva aplicação da norma, membros do governo francês já sugeriram o bloqueio do sinal, nos mesmos moldes utilizados em presídios.
A preocupação dos especialistas franceses é que o tempo excessivo em smartphones cause uma dependência cibernética, além de problemas mais graves como a compulsão por jogos (https://www.youtube.com/watch?v=D5fOTy1j828) e cyberbullying.
O ministro de educação da França, Jean-Michel Blanquer, afirmou que os dispositivos móveis podem até ser um avanço tecnológico, mas "não devem monopolizar nossas vidas". O uso exagerado de ferramentas digitais acarreta consequências físicas e psicológicas, isso é incontestável. Entretanto, acreditamos que a educação digital é a melhor aliada na prevenção e combate à violência sistemática.
A relação da educação com a tecnologia não pode significar apenas a preparação de recursos humanos para preencher as necessidades formais do mercado de trabalho. O mundo tecnológico não é apenas uma máquina criada para escravizar a mente humana. A geração alpha (crianças nascidas a partir de 2011) precisam ter subsídios para julgar, analisar e criticar os comportamentos virtuais e presenciais. O objetivo da educação moderna é a reconstrução de paradigmas que tragam equilíbrio social dentro e fora das redes sociais.
A proibição pura e simples, desprovida de informação técnica adequada ao público alvo não surte efeitos, bem como descumpre o artigo 4º, inciso IV da lei 13.185/15.
http://www.escolaparticular.com/jornal/2018/771/?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Jornal+Eletr%26ocirc%3Bnico+SIEEESP+771#/12
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