terça-feira, 10 de julho de 2018

Você conhece o Transtorno de Jogo Compulsivo pela Internet?


                                           Assista no youtube!




O site http://www.portalped.com.br/blog/especialidades-da-pediatria/adolescencia/voce-conhece-o-transtorno-de-jogo-compulsivo-pela-internet/ noticiou que a “A Associação Americana de Psiquiatria (APA) recentemente reconheceu o Transtorno de Jogo Compulsivo pela Internet (em inglês, Internet Gaming Disorder – IGD) como um possível diagnóstico e tem juntado esforços para a realização de estudos para melhor definição e conhecimento sobre a patologia e pela sua inclusão na próxima edição do Diagnostic and Statistical Manual – 6ª edição (DSM-6).” 


No artigo consta que “Para tentar padronizar o diagnóstico, a APA sugere que, dentre os 9 critérios expostos abaixo, a criança ou adolescente que apresente ao menos 5, num período de 12 meses, seja classificado como portador de IGD. São eles: 

1. Preocupação frequente com os jogos (sejam jogos pregressos ou vindouros), tornando o jogo uma atividade cotidiana dominante; 

2. Presença de sintomas de abstinência (irritabilidade, ansiedade ou tristeza); 

3. Desenvolvimento de tolerância – precisar cada vez aumentar mais o tempo de jogo diário; 

4. Tentativas frustradas de reduzir a participação em jogos; 

5. Perda de interesse em relacionamentos extra-jogos eletrônicos, hobbies e outras formas de entretenimento; 

6. Manutenção do uso excessivo de jogos eletrônicos, a despeito de reconhecer que há problemas psicossociais; 

7. Já ter enganado familiares ou terapeutas quanto ao uso dos jogos; 

8. Utilização dos jogos como válvula de escape para momentos de estresse ou tristeza; 

9. Já ter comprometido ou perdido um emprego ou relacionamento, assim como prejuízo educacional por conta dos jogos. 

Apesar dessas diretrizes para o diagnóstico, o artigo reafirma que ainda não há uma ferramenta diagnóstica completamente estabelecida, por falta de estudos com robustez.” 

No site https://canaltech.com.br/saude/sinais-do-vicio-em-internet-e-jogos-eletronicos-98242/ o artigo do psiquiatra Cirilo Tissot, descreve que: 

“No momento em que a doença se desenvolve, existe a tendência de isolamento social. O processo traz um vazio existencial, é depressivo e as pessoas perdem as capacidades e sensibilidades sociais. Começa a se confundir os compromissos reais com os da fantasia ali instaurada. Esta lógica fica clara quando um casal sul-coreano, anos atrás, deixa o próprio filho morrer de inanição por conta do vício da internet. O motivo é mais assustador, pois eles relegaram a vida do bebê para alimentar uma fada virtual num jogo on-line. 

Na realidade, o sinal vermelho é dado quando a pessoa perde o controle sobre si. Existe a impossibilidade de fazer ou ser diferente, não há escolha e isto traz problemas concretos como falta de perspectiva de vida futura. Um viciado não entende as regras. Não sabe a hora de jogar e a hora de jantar com a família. Aliás, crianças e adultos têm compromissos sociais de ordens diferentes. Evidentemente, a situação de um adulto que fique até tarde sem dormir para jogar ou navegar pela internet possa ser considerada mais grave e falta de responsabilidade. 

A pessoa sofre, a família sofre. Mas a doença é caracterizada pela incapacidade de fazer diferente. É justamente para a prevenção e cuidados no tratamento desse cenário de vício em jogo que a psiquiatria entrarem cena e, por isso, a medida da OMS é bem-vinda e ajudará muitas pessoas e famílias que lidam com o dilema no seu dia a dia.” 

A pessoa que sofre om a compulsão por jogos poderá ser interditada civilmente, nos termos da lei civil em vigor. 


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