segunda-feira, 21 de agosto de 2017

'Desafio da água quente': Popular no YouTube, 'brincadeira' já causou ferimentos e uma morte

O desafio consiste em jogar água fervendo em um amigo despreparado, ou instigar a beber a água por meio de um canudo


Um desafio que circula nas redes sociais e faz sucesso entre jovens está causando graves problemas. O Hot Water Challenge, ou 'desafio da água quente', consiste em jogar água fervente de surpresa em um amigo, gravar o momento e compartilhar no YouTube. Em outros casos, o objetivo é beber água em altíssima temperatura.

A 'brincadeira', porém, já causou queimaduras graves e, recentemente, levou uma menina de oito anos à morte. No fim de julho, Ki'ari Pope, da Flórida, tinha apenas oito anos quando sua prima a desafiou a beber água fervente por meio de um canudo. Ki'ari queimou a boca e a garganta, teve de ser levada ao hospital, onde passou por uma traqueostomia. Mesmo após a cirurgia, ela teve problemas respiratórios, ficou inconsciente e morreu poucas horas depois.

Na última segunda-feira, 7, a novaiorquina Jamoneisha Merritt, de 11 anos, sofreu queimaduras sérias quando seus amigos jogaram água fervente em seu rosto enquanto dormia. No mês passado, Wesley Smith, de dez anos, também foi queimado quando ele e seu irmão fizeram o desafio.

Os pais das vítimas agora estão se unindo com outros pais, mães e cuidadores para alertar sobre os perigos de reproduzir desafios publicados na internet, principalmente no YouTube. "Pais, falem com seus filhos sobre esses desafios. Não dê um celular para eles e deixe-os sozinhos. Fiquem atentos ao que eles estão fazendo", pediu a tia de Ki'ari, Diane Johnson, à CBS.

REDAÇÃO - O ESTADO DE S.PAULO
11/08/2017, 11:48

Fonte: http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,desafio-da-agua-quente-popular-no-youtube-brincadeira-ja-causou-ferimentos-e-uma-morte,70001932854

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Cuidado: vídeo ou foto íntima sem autorização no celular pode dar cadeia

Quando conteúdo envolve crianças pena é maior


O compartilhamento desregrado de imagens de pessoas em momentos íntimos tem sido cada vez mais frequente no universo virtual. Se você faz parte de alguma rede social, na certa já deve ter recebido fotos ou vídeos inapropriados que expõe terceiros sem nenhuma preocupação com a imagem e privacidade dos envolvidos. Contudo, autoridades alertam que essa prática é crime e pena pode chegar a 4 anos de prisão.

De acordo com a delegada Amarilha de Brito Martins, delegada adjunta da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), quando a prática envolve menores de idade, as consequências são mais severas. Segundo ela, possuir, armazenar ou encaminhar conteúdo envolve crianças em cenas de cunho sexual é crime com pena de até 4 anos de prisão, podendo ser agravada dependendo do caso. 

“As pessoas precisam ter a consciência de que ter um vídeo ou nudes de uma criança no celular ou passar esse isso adiante é crime. Quem recebe esse tipo de coisa deve procurar as autoridades para que não se torne parte disso e para que as providências legais sejam tomadas”, afirma.

Assim que notificada, trabalho de investigação é aberto para identificar os envolvidos nas imagens e os responsáveis por passá-las adiante. Em todos os casos, a delegada relata que é fundamental que as autoridades sejam comunicadas. 

Para quem repassa conteúdo envolvendo adultos, Amarília explica que a pena pode chegar a dois anos de prisão por crime contra a honra, além de indenização por danos morais estabelecida no campo cível.

Aqueles que recebem conteúdo impróprio também podem acionar criminalmente o disseminador por importunação ofensiva ao pudor, que prevê pena de multa estipulada pela Justiça.

“Internet não é campo do ilícito”

A delegada Amarília afirma que, embora as redes sociais transmitem a sensação de que ninguém está vendo, o sentimento de segurança é falso, já que falcilmente é possível fazer o rastreamento dos envolvidos. “Todos os dias trabalhamos com isso, é um engano pensar que crimes cometidos pelo celular ou no computador não serão descobertos. A internet não é um campo onde tudo é lícito”, relata.

Conforme a delegada, a melhor alternativa para se livrar das consequências avassaladoras de ter a intimidade exposta é se precaver. “Pais devem ficar atentos ao que seus filhos fazem no computador e no celular. Já os adultos que se filmam e mandam nudes, é um risco que se corre, é preciso ter cautela”, finaliza.

Cidade em apuros

Nesta semana, imagens de uma criança sendo estuprada por um homem de 57 anos viralizam no whatsApp e o compartilhamento pode colocar em apuros boa parte dos moradores de Nova Andradina, onde o crime aconteceu.

Em relato, o responsável pelo vídeo disse que resolveu gravar as cenas para ‘ter provas’ do abuso, porém, as imagens vazaram e foram parar nas redes sociais, sendo possível, inclusive, que moradores identificasse a vítima menor de idade.

Rapidamente o vídeo viralizou, agora, todos que repassaram o vídeo, ou o recebeu e manteve no celular, pode responder na Justiça. O caso do estupro causou grande revolta entre os moradores, mas a exposição da vítima, que infringe o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), só foi 'percebida' depois que as autoridades começaram a alertar.

11/08/2017 16h12 - Atualizado em 11/08/2017 17h43

Foto: Pro Juventude

Fonte: http://www.midiamax.com.br/policia/cuidado-nudes-celular-sem-autorizacao-podem-dar-ate-4-anos-prisao-350337

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Pesquisa mostra que apenas 37% dos pais se preocupam com vida digital dos filhos


Uma pesquisa da Kaspersky Lab revela que apenas 37% dos pais estão preocupados com o que seus filhos podem acessar na Internet. O aumento de dispositivos conectados na rede e disponíveis na família não mudou muito a percepção em relação ao conteúdo que as crianças possam ser expostas, seja ele inadequado ou explícito.

Há mais crianças e adolescentes usando smartphones, games e tablets, mas a atenção dedicada ao comportamento na rede é inversa. Outros dois números comprovam o descuido: 36% dos pais estão atentos à comunicação dos filhos com estranhos e 34% temem o bullying virtual.

Veja outros números que tratam do comportamento dos pais em relação à vida digital dos seus filhos:

  • 38% conversam sobre os perigos da Internet;
  • 27% verificam o histórico de navegação;
  • 21% estão conectados às redes sociais dos filhos.

No quesito segurança, a situação também não é muito animadora. O estudo mostra que somente 26% dos pais utilizam algum tipo de software de controle das atividades on-line. 

E entre aqueles que não usam programas que limitam o acesso a determinados conteúdos na rede, 21% acreditam que as crianças devem aprender sozinhas a usar a Internet com segurança.

Número de vítimas na rede

A pesquisa foi além e investigou o número de vítimas de alguma ameaça digital. De acordo com o levantamento, 41% das crianças estiveram expostas a intimidações no período de um ano anterior ao estudo. As ameaças englobam conteúdo inadequado, bullying virtual, contato com pessoas perigosas, acesso a pornografia, entre outras.

Para Andrei Machola, chefe de negócios ao consumidor da Kaspersky Lab, "os pais precisam ajudar seus filhos a conhecer melhor os computadores e implantar métodos de segurança". A consciência do perigo on-line é a melhor solução para evitar que os filhos sejam vítimas de algum crime.

Por Redação | 11.08.2017 às 17:18

Imagem: Getty Images

Fonte: https://canaltech.com.br/internet/pesquisa-mostra-que-apenas-37-dos-pais-se-preocupam-com-vida-digital-dos-filhos-98774/

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Colégio em Porto Alegre é condenado a pagar indenização a vítima de bullying

De acordo com o processo, aluno de 10 anos era alvo de agressões por parte dos colegas; pais acusam a direção de ter se omitido diante da situação.


A 9ª Câmara Cível do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) condenou um colégio de Porto Alegre (RS) a pagar indenização no valor de R$ 6 mil a um aluno que foi vítima de bullying. O estabelecimento também terá de ressarcir gastos referentes à mudança de escola (como uniforme e material escolar) e tratamento psicológico da criança, que tinha 10 anos quando os fatos ocorreram, em 2013.

A ré falhou no dever de cuidado que lhe cabia, decorrente do serviço educacional prestado, ao não ser capaz de adotar as providências necessárias (ferramentas pedagógicas investigativas e inibidoras adequadas) para evitar que o autor, um de seus alunos, sofresse agressões físicas, verbais e comportamentais de colegas ( bullying ) e, por conta disso, precisasse trocar de escola para voltar a ter um ambiente escolar saudável e desenvolvedor”, diz trecho da sentença.

De acordo com os autos, as agressões contra o garoto começaram em fevereiro de 2013, logo após o início do ano letivo. O menino sofria agressões durante as aulas de educação física e inglês. Em uma ocasião, colegas de classe bateram a cabeça da vítima contra a porta de um banheiro. Em outro episódio de violência, teve um lápis cravado nas costas e na mão.

Ainda segundo o processo, o parecer de uma psicóloga confirmou os problemas emocionais gerados, tais como mudança de comportamento do aluno, que não mais realizava as tarefas escolares, teve baixa no desempenho escolar, e recusava participar de passeios da turma e em fazer festa de aniversário.

Os pais da vítima destacaram que o colégio foi negligente, pois apesar das várias conversas mantidas pela família com a equipe pedagógica, não houve ação efetiva. Na Justiça, ingressaram com pedido de ressarcimento dos gastos com mudança para outra escola, além de indenização pelos danos morais sofridos.

No Juízo do 1º grau, o pedido foi considerado parcialmente procedente, sendo negado o ressarcimento de valores gastos com a mudança de escola. Foi determinada indenização por danos morais no valor de R$ 6 mil, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros. Houve interposição de recurso tanto do autor quanto da escola ré ao Tribunal de Justiça .
Recurso

No TJ-RS, o relator do recurso foi o Desembargador Eugênio Facchini Neto, que manteve a condenação afirmando que a prova oral deixa claro que as agressões sofridas pelo autor não foram "atos isolados" e que o que se passava não eram "meros desentendimentos" normais entre crianças. Para o magistrado, houve negligência por parte da escola.

O desembargador destacou também que os profissionais sequer cogitaram a existência de bullying, tratando o caso com medidas rotineiras e convencionais, demonstrando despreparo da instituição. Com relação ao ressarcimento dos gastos com a nova escola, o magistrado concedeu o pedido de indenização.

Por iG São Paulo | 04/08/2017 17:07

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2017-08-04/bullying.html

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Sarahah: novo aplicativo de mensagens anônimas pode gerar prática de cyberbullying


Mais um aplicativo que tende a ser polêmico virou febre nos Estados Unidos e em outros países. No Brasil, essa “moda” ainda não pegou muito, mas em Maceió alguns usuários já baixaram o aplicativo ‘Sarahah’ cuja finalidade é de enviar feedbacks de forma anônima. Entretanto, a psicóloga Ana Éryka França alerta para os riscos que a nova rede pode causar, entre eles, a prática de cyberbullying.

O aplicativo funciona da seguinte forma: após criar uma conta usando apenas um e-mail válido e um nome de usuário, você é redirecionado para o seu perfil. Nessa página, é possível ver mensagens recebidas e enviadas, além do link da sua conta.

O professor especializado em mídias sociais, Raphael Araújo, deixou a curiosidade de lado e baixou o aplicativo nesta quinta-feira (27). Para ele, já é possível ter uma pequena visão do funcionamento do app. Com a tradução árabe de “emitir comentários honestos sobre você”, o aplicativo não permite a opção de resposta sobre o que foi dito.

“A raiz dele é para ajudar no comportamento do outro, dando feedbacks, porém há uma banalidade sobre o anonimato, que segue a linha de apelos sexuais e até cyberbullying”, destacou Raphael.

Alguns aplicativos já tentaram seguir o mesmo estilo, mas acabaram sendo suspensos e caídos no esquecimento. Formspring, Ask.FM e Secret eram plataformas que também foram modinhas de suas épocas, mas que geraram consequências até judiciais devido aos comentários que envolviam nudez, xingamentos e até ameaças a outros perfis.

“No Sarahah, apesar de não ter o poder de resposta, a censura é até controlada. Apesar de o perfil ser anônimo, você pode bani-lo de seu perfil, bloqueando e apagando o comentário que foi feito” contou Raphael, que em apenas um dia de uso, já recebeu mensagens de conteúdo sexual.

Na visão do especialista, o aplicativo pode não durar tanto. Como não existe a opção de interatividade e de encontrar pessoas conhecidas em sua rede, é necessário que para comentários, você tenha que divulgar seu perfil em outros sites.

“É trabalhoso, apesar de toda novidade e curiosidade sobre autocritica, a estratégia é a pessoa divulgar seu perfil em outras redes sociais e até para responder, ter que tirar um print e todo movimento que cansa. As pessoas hoje em dia querem aplicativos práticos e ágeis, acredito que seja mais uma moda”, ressaltou.

Lado psicológico

Por outro lado, apesar do aplicativo ser de uma maneira anônima e com a ideia de que as críticas tenham impacto positivo nas pessoas, a psicóloga Ana Éryka enfatizou que já que a maioria do público é de adolescente e que estão em um processo de descobrir o seu eu, o que ele quer e quais as pretensões de vida, os comentários negativos podem afetar os jovens.

“Um adolescente não está com o Ego totalmente formado e toda notícia que chega para o jovem é tudo muito novo, isso pode afetar negativamente porque eles podem não ter um suporte para receber críticas negativas”, disse Ana Éryka.

A psicóloga também informou que as consequências de comentários negativos podem ser inúmeras. “Pode baixar a autoestima deles, o adolescente pode ter uma distorção da imagem e não aceitação do corpo, uma sensação de inadequação e o mais grave ainda que é um insulto gratuito a violência”, ressaltou.

Ana Éryka também destacou que outro ponto grave no anonimato é que o adolescente pode não assumir as responsabilidades do que ele faz. “Ele vai lá, escreve o conteúdo e não assume nada. O jovem pode crescer com uma distorção do que é certo e errado. Ele vai achar que pode tudo, mas existe limites na vida”, finalizou.

Por Raíssa França com Amanda Falcão* 28/07/2017 às 12:06 Maceió
*estagiária

Fonte: http://www.cadaminuto.com.br/noticia/307509/2017/07/28/sarahah-novo-aplicativo-de-mensagens-anonimas-pode-gerar-pratica-de-cyberbullying#