quinta-feira, 21 de julho de 2016

Jovem brasileiro é mais conectado à Internet do que a média global

Pesquisa mostra que adolescentes, se pudessem, implantavam até um chip. Para esta geração conectada, um emoji vale mais que mil palavras.


A gritaria com o bloqueio no WhatsApp mostra que o jovem brasileiro é um dos mais conectados do mundo. Uma pesquisa mostra que nossos adolescentes não desgrudam do celular. Se pudessem, implantavam até um chip no corpo.

Para esta geração, um emoji vale mais que mil palavras. Todo mundo usa aquelas carinhas para expressar o que quer dizer. É uma febre, mas até mesmo os jovens sabem que essa mania de ficar no celular o tempo todo precisa ter limites.

Cada um no seu mundo particular, sozinhos. Mas não solitários. Em contato com os outros. Grudados no celular. Uma pesquisa feita com adolescentes brasileiros entre 15 e 18 anos mostrou que 68% deles se sentem ansiosos e solitários quando estão sem internet. Mais do que os 65% que se sentem assim longe da família.

A pesquisa foi realizada em dez países e mostrou que os jovens brasileiros são mais conectados do que a média global. Os brasileiros também estão mais acostumados a checar as redes sociais logo que acordam.

O celular hoje é uma extensão do corpo. E acredite: 88% dos entrevistados gostariam de ter um dispositivo conectado à internet dentro do braço. Uma coisa que nem passava pela nossa cabeça um tempo atrás.

Um telefone público mostrado na reportagem fica no pátio de um cursinho de pré-vestibular em São Paulo. Ele já está lá há muitos anos, mas não é sequer notado pelos alunos. Praticamente metade dos jovens brasileiros entrevistados na pesquisa nunca usou um desses na vida.

Mas os brasileiros sabem muito bem como usar os emojis. De novo: mais do que a média dos jovens do mundo. “O fato de você receber mensagem, haver a troca de mensagens numa maneira bastante frequente, ele impacta, ele afeta uma parte do cérebro, uma região do cérebro que tem a ver com o prazer, o que, na verdade cria o quê? Uma dependência. Então, existe todo um mecanismo biológico por trás que explica esse fenômeno. Portanto, de vez em quando, acho importante também a gente pensar e fazer um detox disso”, diz Kan Wakabayashi, diretor da Amdocs Brasil.

Essa é a pergunta que fica: mas qual é o limite dessa conectividade? “Tem a questão de você dar atenção à pessoa que está do seu lado. A gente esquece que a pessoa está ali e fica mexendo no celular, isso é ruim também”, diz a estudante Camila Portela Venturini.

Na hora da aula, uma consulta no celular pode até ajudar. Mas o professor lembra que a vida real não tem replay. “Ele pode assistir a um vídeo várias vezes, mas aquela aula, daquele momento, ela é única”, afirma Lilio Paoliello Júnior, diretor Pedagógico do Cursinho da Poli.
Um em cada quatro entrevistados brasileiros acredita que um robô ainda vai ser seu melhor amigo.

O estudo foi realizado nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Índia, Cingapura, Filipinas, México e Brasil.

A maioria dos jovens brasileiros acha que o acesso à internet deveria, inclusive, ser considerado um direito humano.

20/07/2016 08h53 - Atualizado em 20/07/2016 11h05

Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/07/jovem-brasileiro-e-mais-conectado-internet-do-que-media-global.html

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