Não é de hoje que os internautas têm sido alertados para os perigos que a Internet, principalmente as suas redes sociais, pode causar a pessoas e instituições. Uma vez postada, uma mentira acaba sendo replicada como verdade e prejudica o caluniado quase sempre de forma permanente, uma vez que a postagem, mesmo que deletada pelo seu responsável, continua circulando na rede em razão dos chamados “reposts” e compartilhamentos. Os traços persistem e podem continuar destruindo a reputação e o moral das vítimas.
O mesmo ocorre com o chamado “cyberbullying”, que já provocou o suicídio de jovens e adultos, em razão de postagens maldosas e desmoralizantes. Um boato disseminado pela Internet, principalmente nas redes sociais como Facebook e Twitter, funciona como um rastilho de pólvora impossível de impedir. Anos depois ainda continuam ativos no ciberespaço e prejudicando suas vítimas. Quaisquer ações policial e judicial, embora possam responsabilizar o seu autor, não são capazes de apagar completamente o texto mentiroso.
Recentemente, o caso da morte de uma criança depois de consumir um achocolatado ganhou dimensões de calúnia. As postagens se disseminaram em redes sociais, como Facebook e Whatsapp, usando o nome da principal marca no Brasil e até postando fotos com vermes dentro do produto. No final, a verdade: o achocolatado tinha sido envenenado por um aposentado e a criança foi vítima inocente desta trama. Depois de divulgada a verdade, nenhum dos que dispararam as mensagens caluniosas desmentiu sua versão original. Esta é mais uma demonstração de que nem tudo o que está na Internet, principalmente nas redes sociais e blogs, é verdade. Antes de compartilhar ou comentar, é preciso que o internauta use o discernimento e busque informações a respeito. Se não há dados em portais noticiosos, ligados a um veículo de informação sério, não passa de boato ou mentira.
As páginas da Internet estão cheias de teorias da conspiração e de tentativas de negar fatos históricos, como o holocausto judeu na Segunda Guerra Mundial. Por isso, não se deve acreditar em tudo o que se lê na rede. Notícias falsas, mentirosas e caluniosas superam em muito as verdadeiras, principalmente nas redes sociais. Se todos permitirmos que este tipo de informação circule sem freio, por nada pessoas e entes, comerciais ou não, continuarão sendo atingidos sem que tenham chance de apagar os traços destas postagens verdadeiramente criminosas. A Internet, embora seja um instrumento poderoso e útil, reunindo um grande volume do conhecimento humano, caso seja usada de forma errada provocar um estrago muito difícil de recuperar.
Data: 04/09/2016
Fonte: http://gcn.net.br/noticias/331904/opiniao/2016/09/assassinato-de-reputacoes
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