Vaticano e o vício em celulares
Por Ana Paula Siqueira, sócia de SLM Advogados e coordenadora do Programa Educacional de Proteção contra Cyberbullying
Não se discute a utilidade e as facilidades fornecidas pelo smartphone. O que se questiona são o vício e a dependência psíquica que o excesso de uso gera nos jovens e adultos de todas as idades.
O alto grau de dependência digital não pode ser considerado uma doença por si só. É necessário diferenciar exatamente o que é necessidade e utilidade do que é dependência. Somente a partir da constatação de nocividade digital é que podemos estar diante de um quadro grave e que requer tratamento psicológico.
O papa Francisco fez um apelo dia 13 de abril de 2019 para os jovens não terem medo do silêncio e se libertarem da dependência dos telefones celulares. O pedido foi feito durante discurso aos estudantes do instituto público Ennio Quirino Visconti de Roma, na Sala Nervi, em razão do Ano do Jubileu Aloísio. O Papa apelou aos jovens: “Libertem-se da dependência do celular! Por favor!”, salientando que hoje em dia “os celulares são de grande ajuda, são um grande progresso, e é preciso usá-los, mas quem se transforma em escravo do telefone perde a sua liberdade”.
“Não tenha medo do silêncio, de estar sozinho, de escrever seu próprio diário. Não tenha medo das dificuldades e secura que o silêncio pode trazer. O silêncio pode ser entediante, mas livrem-se do vício do celular”, afirmou.
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