Um debate, uma conversa com professores e alguns amigos que atuam na área da educação esta semana me despertou interesse em um assunto que volta e meia vem sido questionado e polemizado:
Como a grande maioria dos nossos ouvintes são alunos, professores ou pais de alunos, resolvi pesquisar e falar do tema.
É incrível e indiscutível, o avanço e a influência da tecnologia e das redes sociais em nossas vidas, no país e no mundo todo. E entre as crianças, jovens e adolescentes, então, nem se fala, aliás, nossos alunos de hoje, são considerados nativos digitais, a tal da geração “Y”. Já no meio acadêmico, o uso da tecnologia está pouco a pouco sendo adaptado aos métodos de ensino.
Em meio a este ritmo alucinante das redes e recursos multimídia, muitas questões vêm à tona. Uma delas debate a relação entre aluno e professor nas redes sociais e em primeiro lugar, é necessário ter bom senso no limite do pessoal e do profissional, entendendo que a repercussão da exposição da sua imagem, lembrando que as redes sociais são um espaço público frequentado pelos alunos.
O fato é que é preciso saber tirar o melhor proveito da tecnologia, especialmente com relação ao ensino. A escola ainda é um ambiente conservador em sua maioria, eu sei, mas as fórmulas caíram. É preciso aproveitar esta qualidade do brasileiro, que é a de se relacionar. Esta é uma ótima chance de o professor trabalhar as relações interpessoais. É uma ótima oportunidade, uma ótima maneira de refletir sobre o que mais pode ser feito na escola além de dar aulas. Pense bem, hoje, consideramos o celular como um ‘superlápis’, com o qual você produz, registra, fotografa, troca. A tecnologia, porém, é ainda subutilizada nas escolas pela falta de controle, de discernimento talvez dos alunos e também dos professores.
Sobre a presença dos professores nas redes sociais, os estudiosos reforçam que, mais do que nunca, o professor deve exercer o papel de educador, aquele que compartilha e ajuda. As redes sociais abrem um caminho admirável para isso. É possível fazer uma aula presencial com continuidade na nossa vida digital. Já temos nas escolas as competências para lidar com a tecnologia e eu não estou falando de estrutura, mas sim de criatividade, de conhecimento, de motivação, de vontade...
Enquanto conversávamos lá no “banquinho da verdade” fui questionado sobre a questão da impessoalidade. Podem ser que você que está me ouvindo não concorde, mas o professor não deve permitir que a pessoalidade influencie de maneira negativa no contexto escolar. Entendeu?? Eu explico e exemplifico. Pode ser muito confuso para uma criança, um jovem adolescente diferenciar o professor “figura profissional” da “figura pessoal”. Tipo assim, você acabou de postar fotos do ENEM e em seguida 290 fotos de sunga em uma festa na piscina ou numa festa super íntima e particular com os amigos... Sim, acredite! Isso acontece.
Sim, é preciso manter o profissionalismo e fazer uma separação clara entre a amizade no contexto pessoal e o papel de professor no profissional. Aluno e professor podem ser amigos virtuais, respeitando as diretrizes de idade de cada rede, mas isso não pode impactar na relação em sala de aula. O ambiente virtual pode, sim, ser uma excelente forma de trabalhar as relações humanas e o civismo. A tendência é que a tecnologia melhore a relação entre o educador e o estudante.
Na prática, muitas escolas utilizam redes sociais próprias para a educação, onde não há tanta exposição do perfil pessoal e se não há esta plataforma, o professor deve utilizar os meios que tem para fortalecer a relação com os alunos, reforçar conteúdos, compartilhar bons exemplos, disponibilizar conteúdo e até promover discussões on-line...
Antes de terminar, é importantíssimo salientar a questão da idade mínima para a inscrição em cada rede social.
Um perfil no Facebook, por exemplo, a idade mínima é de 13 anos. Sendo que, se o perfil for criado com uma idade falsa, os pais respondem por qualquer problema ocorrido na rede social. Portanto, é preciso respeitar este limite e, assim, não expor a criança a redes inadequadas para a sua idade e, muito menos, incentivar a sua entrada em redes sem uma finalidade pedagógica.
Vale também comunicar os pais ou responsáveis sobre as ações propostas pelo professor, pela escola nas redes sociais durante as reuniões periódicas e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.
E para você, educador, como deve ser a relação entre professores e alunos nas redes sociais?
Por: Glauber César Rodrigues | Data: 6 nov 13h33
Fonte: http://paracatu.net/view/7084-o-impacto-das-redes-sociais-na-relacao-professor-aluno
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