sexta-feira, 28 de abril de 2017

Saiba o que as redes sociais fazem para proteger adolescentes

Listamos itens importantes para os pais observarem quando seus filhos têm contas em plataformas como Facebook e Instagram.


Em tempos de "jogo da Baleia azul", muitos pais têm se preocupado mais com que os filhos veem e fazem na internet. As próprias empresas de redes sociais e aplicativos de troca de mensagens têm suas políticas voltadas para adolescentes e dão orientações sobre como eles e seus pais devem agir para minimizar os riscos dessa exposição de menores de idade na web.

Devido à lei federal dos EUA “Children’s Online Privacy Protection Act” (COPPA), de 1998, a idade mínima para criar uma conta, em qualquer uma dessas plataformas on-line, é 13 anos de idade. Na maioria das redes, há formulários para que usuários e não usuários possam reportar à empresa quando alguém mais novo usa a rede social. Porém, as empresas pedem para que os pais ajudem a monitorar isso de perto, não permitindo que seus filhos menores de 13 anos criem um perfil.

Confira abaixo algumas orientações para pais e mães sobre segurança na internet e alguns serviços criados por essas plataformas para prevenir bullying virtual e suicídio.

Facebook

É possível denunciar a conta de alguém que tenha menos de 13 anos por meio deste formulário. Segundo o Facebook, essas contas, depois de denunciadas, serão removidas.

A empresa criou um Portal para Mães e Pais que reúne dicas sobre segurança na internet e conselhos de especialistas. Existe também uma Central de Prevenção ao Bullying, desenvolvida em parceria com o Centro para Inteligência Emocional de Yale.

O próprio site explica que essa central "oferece planos detalhados, inclusive orientações sobre como iniciar algumas conversas importantes para pessoas que sofrem bullying, para pais que tiveram algum filho que sofreu ou que tenha sido acusado de praticar bullying e para educadores que tiveram alunos envolvidos com a prática de bullying".

O Facebook garante que tem uma equipe que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, para analisar o conteúdo denunciado pelos usuários. Mas destaca que só pode começar a investigar um caso depois que a denúncia for feita. Por isso, conta com o "apoio da comunidade para denunciar conteúdos, perfis, páginas e grupos que possam violar nossas políticas e termos de uso", disse a empresa, em nota. Denúncias podem ser realizadas aqui.

A empresa também tem um serviço para apoiar pessoas, amigos e familiares de alguém que pode estar pensando em suicídio. Veja abaixo um vídeo que explica como isso funciona.

Twitter

A empresa criou uma central de ajuda na qual é possível tirar dúvidas sobre a rede social e denunciar o seu mau uso, por exemplo.

Dentro dessa central, existe uma área com dicas para famílias, voltada para pais e adolescentes. Uma das orientações é para que o adolescente bloqueie pessoas que estejam enviando a ele repetidas mensagens indesejadas. Segundo o Twitter, os pais podem ajudar a monitorar isso com seus filhos acompanhando-os enquanto navegam pela plataforma. Outra dica é encorajar os filhos a reportarem ao Twitter quando se depararem com algo escandaloso ou perigoso. A empresa tem formulários dedicados a denúncias de violações e afirma que os pais também podem fazer essas denúncias em nome dos filhos.

Respondendo a contato do GLOBO, o Twitter enviou uma nota na qual afirma que "criar um ambiente seguro para os usuários é uma missão permanente para o Twitter, que estabeleceu parcerias com especialistas em segurança online em uma ampla variedade de organizações. Isso possibilita à plataforma aprimorar continuamente os mecanismos de segurança em vigor e se adaptar a mudanças mais rapidamente. É importante que os adolescentes estejam cientes dos desafios e problemas que podem ocorrer na internet".

A empresa completa a nota destacando que existe idade mínima para usar a plataforma. "Os serviços do Twitter não são direcionados a pessoas com idade inferior a 13 anos. Qualquer pessoa que tome conhecimento de que alguém menor de 13 anos tem uma conta do Twitter pode denunciá-la por meio do formulário" disponível aqui.

Instagram

Rede de compartilhamento de fotos e vídeos, o Instagram disponibiliza uma central de ajuda, e pode-se denunciar aqui os casos de crianças menores de 13 anos usando a plataforma.

O Instagram orienta para que, quando houver qualquer tipo de abuso, os pais denunciem ou ajudem os filhos a denunciarem dentro do próprio Instagram. E, caso os pais não tenham Instagram e queiram denunciar algum abuso que tenha visto — seja foto, vídeo, comentário ou um perfil inteiro —, eles podem acessar esse formulário.

Se o episódio de abuso se tratar, especificamente, de um bullying virtual, a denúncia deve ser feita por aqui.

Caso alguém faça uma publicação que indique automutilação ou suicídio, esta página do Instagram ensina como se deve agir. Se o perigo físico parecer imediato, é preciso ligar para 190 ou 192 ou entrar em contato com a autoridade policial local para obter ajuda. Se não se tratar de um perigo imediato, é importante denunciar o conteúdo e buscar ajuda para a pessoa com alguma instituição dedicada ao tema, como o Centro de Valorização da Vida (CVV).

Muitos pais se questionam se podem obter acesso à conta dos seus filhos no Instagram, mas a empresa destaca que, mesmo se o dono da conta for menor de idade, basta que ele tenha mais de 13 anos para ser considerado capaz de administrar seu perfil. Portanto nenhuma outra pessoa — nem mesmo seus pais — poderiam ter acesso à conta do adolescente. No entanto, existe a orientação de negociar com o filho a possibilidade de ele ceder sua senha de acesso a seus responsáveis.

Em um informe aos pais dentro da central de ajuda, o Instagram afirma o seguinte. "Compreendemos sua preocupação com relação ao uso do nosso aplicativo pelo seu filho, mas infelizmente não podemos conceder acesso ou adotar medidas em relação à conta mediante sua solicitação. Em geral, somos proibidos pelas leis de privacidade de fornecer acesso não autorizado a outra pessoa que não seja proprietária da conta. Observe que todos os usuários com 13 anos ou mais são considerados proprietários de conta autorizados e estão incluídos no escopo dessa política".

WhatsApp

A empresa encoraja os seus usuários a controlarem quem eles veem no aplicativo de troca de mensagens e com quem eles interagem. A plataforma mostra aqui como bloquear ou desbloquear um contato. A orientação é para que, a qualquer mensagem suspeita ou indesejada, quem enviou o conteúdo seja imediatamente bloqueado.

No entanto, o app não tem um método específico para realizar denúncias de uso realizado por menores de 13 anos. Para reportar qualquer tipo de abuso, deve-se ir até a aba "Ajustes" ou "Configurações" no aplicativo e entrar em "Sobre e ajuda" para fazer uma denúncia.

O WhatsApp mostra, nesta página, como faz a segurança dos usuários, com sua criptografia de ponta-a-ponta — termo usado quando as mensagens trocadas só podem ser vistas por quem mandou e por quem recebeu o conteúdo, e nem o próprio WhatsApp tem acesso.

Uma das principais orientações é para que, quando o usuário receber pelo aplicativo uma promoção, um cupom ou um jogo com um convite para clicar em um link, ele cheque antes no site da loja em questão ou no serviço de busca do Google se a oferta ou o jogo são reais. "Evite acessar links de origem desconhecida ou mensagens que peçam para clicar em um endereço específico", recomenda o WhatsApp em um informe sobre mensagens duvidosas.

Uma regra básica é desconfiar de mensagens que peçam para que o usuário encaminhe o conteúdo para sua lista de contatos ou para "o máximo de pessoas possível".

Quanto ao risco de suicídio, a empresa alerta que quem receber ou ver algum conteúdo que indique que uma pessoa está ameaçando machucar a si mesma deve entrar em contato com o serviço de emergência local ou com um centro de prevenção ao suicídio, e o WhatsApp lista vários ao redor do mundo. No caso do Brasil, a indicação é o Centro de Valorização da Vida (CVV).

26/04/2017 às 00h00

Fonte: Agência O Globo | http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/saiba-o-que-as-redes-sociais-fazem-para-proteger-adolescentes/

Imagem: O Vencedor Digital

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Em reação à Baleia Azul, publicitários criam lista de 'tarefas do bem'



Em reação à Baleia Azul, jogo na internet que incentiva o suicídio, uma dupla de publicitários paulistanos resolveu criar uma versão positiva do game: o Baleia Rosa. "Meu amigo começou a me contar o que era o jogo Baleia Azul. Vi uns vídeos de youtubers falando sobre o assunto e fui atrás da lista (de tarefas). Fiquei muito mal com o que eu li", conta uma das idealizadoras da página, de 30 anos, que prefere não se identificar.

Diante da perplexidade com o "game", ambos tiveram a ideia de criar a Baleia Rosa e fazer posts otimistas com 50 tarefas que façam o bem ao outro e ao próprio jogador. Entre as propostas da "baleia do bem" estão tarefas como "Converse com alguém com quem você não fala há muito tempo" e "Grite na rua: eu me amo". "Fomos lendo a lista da Baleia Azul e tentamos fazer o extremo oposto", diz a publicitária. 


Em apenas 6 dias no ar, a página no Facebook já tem milhares de seguidores e não para de crescer. "Fiz um pequeno anúncio no Facebook e marquei no filtro as pessoas mais propícias a buscar a Baleia Azul. Minha intenção era chegar às pessoas que estavam buscando o 'errado' pra dar outra visão a elas", conta a publicitária.

Desde que a página foi criada, já recebeu mensagens até de professores falando que usariam as novas tarefas com os alunos na escola. "Se tornou uma corrente do bem. A gente viu que tem muita gente copiando os posts e ficamos felizes com isso".

Publicações de pessoas em depressão e pedidos de ajuda também aparecem, segundo a publicitária. Para atendê-las de forma profissional, a dupla procurou uma amiga psicóloga que lê os textos e responde. "Em alguns casos, orientamos para procurar o CVV (Centro de Valorização da Vida)", destaca.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

"13 reasons why" da vida real: jovem se mata por bullying e irmão se vinga

Nyah James, de 14 anos, era alvo de bullying na escola quando se suicidou, em fevereiro; irmão da garota enfrentou processo por vingar morte de Nyah.


Um jovem britânico está enfrentando consequências jurídicas depois de se vingar de um grupo de garotas que, supostamente, foram responsáveis pelo bullying que, por sua vez, levou sua irmã de 14 anos a cometer suicídio. Jordan Clements, de 20 anos, culpou as meninas pela morte de Nyah James e, por isso, começou a ameaçá-las com mensagens, inclusive dizendo que "cortaria em pedaços" os pais de uma delas.

Depois que Nyah James, de 14 anos, foi encontrada morta em sua casa, em Swansea, no País de Gales, Clements culpou um grupo de garotas pelo suicídio de sua irmã. Ele passou a mandar ameaças violentas às adolescentes pelo Facebook e pelo Snapchat. 

Acusando uma das meninas de estar envolvida no bullying, o jovem disse que ela deveria “ser pendurada ao lado das vacas mortas no açougue”. “Vai brincar com vidro quebrado na sua boca”, disse a outra das garotas.

Nyah morreu em fevereiro, depois de supostamente ser vítima de bullying. O caso está sendo investigado. Culpando as adolescentes, o irmão escreveu em uma mensagem: “Eu sei o que vocês fizeram. Vocês vão se arrepender disso pelo resto de suas vidas”.

Processo na Justiça

Durante as investigações, foi declarado que as ameaças de Jordan estavam deixando as garotas assustadas e nervosas. Ele admitiu ser culpado por duas acusações de assédio e duas acusações de comunicação indecente ou ofensiva.

À polícia, ele afirmou ter enviado as mensagens “quando estava bravo e chateado” porque queria que as meninas sentissem o que sua irmã sentiu quando foi alvo de bullying. Entretanto, as adolescentes afirmam não ter feito nada de errado e dizem ter sentido medo de Clements.

Jordan Clements foi liberado de sentença, mas deve seguir duas condições impostas pelo juiz: o jovem não pode mais fazer uso de redes sociais e, em situação alguma, deve entrar em contato com as garotas novamente.

Bullying

A mãe de Nyah James, Dominique Williams, de 46 anos, falou ao “Daily Mail” sobre o bullying sofrido por sua filha. “Eu só descobri o que estava acontecendo depois que ela morreu”, disse. “Eu sabia que ela recebia mensagens no Facebook e no Snapchat. Desde então, várias pessoas me procuraram para falar que era um alvo na escola”.

“O celular dela foi levado pela polícia, que está investigando. Quem quer que seja responsável por isso precisa perceber o que causou – nós precisamos de justiça”, falou Williams sobre o suicídio de sua filha.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Não vaza: Facebook vai punir quem divulgar pornografia de vingança


O Facebook está combatendo a pornografia de vingança e, agora, anuncia novas ferramentas que vão ajudar os usuários quando imagens íntimas próprias ou de pessoas conhecidas forem compartilhadas sem permissão. A ação atinge tanto o Facebook quanto o mensageiro Messenger e a rede social de fotos Instagram.

"Esta novidade é parte de nossos esforços para ajudar a construir uma comunidade mais segura, tanto no Facebook como fora dele", notou a rede social em declaração. "De acordo com um estudo conduzido nos Estados Unidos com vítimas do compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento, 93% das pessoas afetadas por esse compartilhamento relataram angústia emocional, e 82% afirmaram sofrer prejuízos em aspectos sociais, profissionais e outras importantes áreas de sua vida".

Agora, se você encontrar alguma imagem que se encaixe em pornografia de vingança, você poderá denunciar a foto clicando em uma seta no canto superior direto dela — o botão "..." também oferece essa opção.

"Membros especialmente treinados do nosso time de Operação de Comunidade irão revisar os conteúdos, e removê-los caso violem nossos Padrões de Comunidade. Em muitos casos, nós também vamos suspender a conta de que compartilhou essas imagens íntimas sem permissão", deixou claro a rede social. Medidas cabíveis: O que fazer se as suas fotos e vídeos íntimos forem divulgados na internet?

A foto denunciada também vai "sumir" do Facebook, já que a plataforma vai impedir que ela seja compartilhada. "Se alguém tentar compartilhar a imagem depois que ela foi denunciada e removida, nós vamos alertar essa pessoa que a imagem viola nossas políticas e que nós vamos impedir sua tentativa de compartilhamento".

POR FELIPE PAYÃO
Data: 05/04/2017

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/facebook/115592-nao-vaza-facebook-punir-divulgar-pornografia-vinganca.htm