Curtindo o bloquinho e evitando golpes digitais no
cartão de crédito
Por Ana Paula
Siqueira, sócia de SLM Advogados e coordenadora do Programa Educacional de
Proteção contra Cyberbullying e especialista em direito digital.
Antes
de entrar na folia do seu bloquinho de rua favorito, lembre-se: celular,
documentos, dinheiro e cartão estar guardados em uma pochete ou doleira, e
nunca no bolso de bermudas ou em roupa intima (sutiã ou top).
Na
hora de fazer uma compra, é sempre aconselhável acompanhar todo o percurso do
cartão até o terminal de pagamento (a famosa maquininha) e ficar de olho
no seu cartão de crédito.
Prefira
inserir o seu cartão na maquininha sem a ajuda de terceiros. E antes de digitar
a senha, vale conferir se há pessoas olhando voce digitar a senha.
Confira o valor exato da compra, já que vendedores mal-intencionados
podem digitar quantias bem maiores do que as combinadas, aproveitando-se
da alegria do momento.
Também
é importante conferir se o seu cartão devolvido pelo vendedor. Isso porque
muitos golpes consistem em entregar cartões diversos daquele que foi usado para
efetuar a compra. Por isso é vital conferir seu nome e os detalhes como a cor e
a bandeira.
Os
usuários de cartão virtual também podem ser vítimas de golpes durante o
carnaval. Para esses casos, o seu aparelho celular deve ter, de forma essencial
e obrigatória, senha para desbloqueio. Do contrário, os bandidos poderão
realizar compras e transações financeiras sem o seu consentimento com muita
facilidade. Nunca forneça a senha de nenhuma conta ou cartões de créditos a
terceiros, em nenhuma circunstância. Nenhum funcionário dos bancos está
autorizado a pedir para o cliente falar ou digitar sua senha ao telefone.
Mantenha sigilo sempre, não forneça dados e nem tire fotos de seu cartão de
crédito para comprovar a sua validade.
Nas
redes sociais, jamais acesse o aplicativo do banco ou internet banking em redes
wi-fi desconhecidas ou públicas. Nas compras pela internet, utilize sempre o
cartão virtual.
Jamais
use o celular de desconhecidos para acionar o seu banco, pois a senha ficará
registrada no aparelho e poderá ser usada sem a autorização do correntista.
Caso,
mesmo com todos os cuidados, você exagerou na folia e caiu no “golpe”,
entre em contato o quanto antes com o banco para solicitar o pedido de
contestação do débito. Em seguida, faça um boletim de ocorrência, anote todos
os protocolos de atendimento bancário e guarde os documentos que podem ser
usados como prova em processos judiciais.
Bom
carnaval!